Por Fabiana Monte, editora-assistente do Computerworld
Publicada em 28 de outubro de 2008 às 08h12
Atualizada em 28 de outubro de 2008 às 12h39
São Paulo - Em meio a alterações em regras do mercado de telecomunicações, feira discute leis aprovadas recentemente pela Anatel.
A décima edição da Futurecom, principal feira de telecomunicações do Brasil acontece pela primeira vez na cidade de São Paulo em meio a um momento de ebulição do setor de telecomunicações, a começar pelas mudanças no PGO (Plano Geral de Outorgas) e no PGR (Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações no Brasil) aprovadas pela Anatel no dia 16 de outubro.
As alterações no PGO são alvo de críticas de especialistas, que ponderam que as medidas permitirão maior concentração econômica no mercado de telecomunicações nacional. Em São Paulo, os consumidores vivem um momento de especial competição na telefonia móvel, já que agora o Estado tem quatro operadoras com atuação em todas as cidades, e cinco na capital. A Oi chegou ao mercado paulista com ofertas agressivas tanto de planos pré-pagos quanto pós-pagos.
> Acompanhe cobertura completa no Computerworld
A expectativa de Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, é que as operadoras entrantes – caso da Oi e da Aeiou – invistam em tarifas reduzidas. Quem já estava no mercado deverá se defender, apostando em ofertas integradas com 3G.
“A entrada da Oi no mercado paulista e da própria Aeiou tem condição de intensificar a competição. Acho que a briga vai começar agora, a portabilidade será mais um elemento”, analisa o diretor da Teleco, referindo-se à implementação da portabilidade numérica na capital paulista, que acontece após o carnaval.
A convergência tecnológica e a oferta integrada de serviços, os chamados pacotes "bundle", são a aposta das operadoras para criar diferenciais e evitar o churn de clientes. Inúmeras operadoras adotaram essa estratégia, como é o caso da Telefônica, com produtos que reúnem serviços de telefonia fixa, internet banda larga e TV por assinatura.
A TIM lançou recentemente seu serviço de telefonia fixa, como mais uma opção em um mercado que já tinha a oferta da NET como concorrência à tradicional Telefônica. A Oi também intensificou a convergência de serviços, oferecendo bônus para ligações entre números fixos e móveis como parte da estratégia da entrada em São Paulo.
“Você vê uma demanda do mercado coincidente e concomitante com a movimentação econômica”, pondera Anderson Ramires, analista sênior da PricewaterhouseCoopers, que defende que os pacotes bundle são uma tendência irrevogável.
A terceira geração de telefonia celular, que desembarcou no Brasil recentemente e ainda ganha força para crescer em capilaridade e número de usuários, é apontada por alguns analistas como alternativa para promover a competição direta com o ADSL e o cabo.
Outra tendência que parece ganhar força este ano é a de Comunicações Unificadas. A Embratel anunciou um produto que integra soluções de fornecedores e serviços da concessionária para apresentar a clientes corporativos uma plataforma de Unified Communications.
A estimativa da companhia é que 10 mil empresas no Brasil tenham necessidade desse tipo de serviço. "Nosso mercado alvo são médias e grandes empresas, a partir de 100 funcionários, com necessidade de integração de pontos remotos", conta Mauricio Vergani, diretor executivo da Embratel".
Nenhum comentário:
Postar um comentário