Empresa poupou US$ 600 milhões e multiplicou em oito vezes as iniciativas em alta tecnologia após a mudança de comportamento
Leo King, Computerworld (RU)
Publicada em 24 de outubro de 2008 às 18h28
O CIO da Procter & Gamble disse ao Computerworld RU que uma mudança dramática na forma como a área de TI da companhia interage com seus fornecedores tem significado entregar melhores resultados de negócio.
Filippo Passerini disse que a companhia de bens de consumo - que no Reino Unido é dona das marcas Gillete, Pampers, Wella e Ariel - está trabalhando mais próxima dos fornecedores para traçar seus planos de negócio e começou dando a eles melhores incentivos de longo prazo.
Uma mudança se fez necessária porque os diálogos existentes “estavam na maioria das vezes focados demais em apertar o máximo possível os fornecedores” mas havia preocupação de que isso nem sempre nutriria parcerias de sucesso no longo prazo, ele disse.
Passerini disse que a P&G baseada no SAP, que emprega 138 mil funcionários em 80 países, oferece agora mais incentivos para fornecedores e trabalha próxima deles em suas metas de longo prazo.
“Queremos parceiros colaborativos, não só obter o máximo deles”, diz durante o Sourcing Fórum em Londres. “Com a colaboração correta, nós podemos reduzir custos, elevar a qualidade e escalabilidade e melhorar nossa capacidade de inovar”.
A P&G poupou US$ 600 milhões nos últimos três anos, diz Passerini, e dirige oito vezes mais iniciativas de alta tecnologia do que em 2006.
Em 2003, a P&G assinou uma série de termos de longo prazo, acordos de TI multibilionários, com a HP para gerenciamento de infra-estrutura e controle transacional; com a IBM para serviços de recursos humanos e com a Jones Lang LaSalle por gerenciamento de produção. Ela também trabalha com a BT para gerenciamento de infra-estrutura e com a Infosys e a Tatá para gerenciamento de processos de negócio.
Os três mil funcionários do poderoso departamento interno de TI trabalham em cima de arquitetura, design, gerenciamento de projetos e relação com fornecedores, entre outras tarefas.
Questionado sobre a possibilidade de, aos fornecedores terem voz, a P&G perder controle e poder, Passerini disse que a companhia assegurou que ainda teriam “medidas claras para alcançar o sucesso” que deveria ser alcançado pelos fornecedores. A diferença, diz ele, é que fornecedores podem agora contar com termos de revenda de longo prazo, com revisões regulares e isso encoraja melhor trabalho de equipe.
A colaboração adequada possibilitou que a companhia integrasse com sucesso a TI da Gillete a sua plataforma SAP em 15 meses, argumenta, “em vez de os dois ou três anos necessários se fizéssemos por nossa conta”. A Gillette foi adquirida pela P&G em 2005 e Passerini que a sinergia alcançada foi da ordem de bilhões de dólares. O executivo se encontra a cada três ou seis meses com os gerentes dos serviços terceirizados da P&G, para fazer planejamento conjunto, acordos ou metas e rastreamento de resultados.
A companhia usa o ERP SAP permeando toda a empresa, assim a base de dados e CRM da Oracle. Ela tem um centro de serviços compartilhados em Newcastle e outros centros de processamento no mundo.
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