sexta-feira, 27 de março de 2009

Skype é maior operadora de ligações internacionais do mundo, diz estudo

Por IDG News Service/Suécia
Publicada em 25 de março de 2009 às 08h39

Estocolmo - Segundo TeleGeography, 8% de todas as chamadas de longa distância do mundo foram feitas a partir do serviço de VoIP, em 2008.

O Skype foi usado para realizar 33 bilhões de minutos em ligações internacionais em 2008, ou 8% de todo o tráfego de voz, de acordo com a TeleGeography, empresa que pesquisa o mercado de telecomunicações. O resultado mostra que a empresa cresceu 41% em relação a 2007 e se tornou a maior operadora de chamadas internacionais do mundo.

De acordo com Stephan Beckert, analista da TeleGeography, esse crescimento não se reverteu em uma receita maior para a companhia, pois os preços das ligações estão em queda. Ironicamente, o próprio Skype, que entrou competindo pesado com as operadoras de longa distância, é responsável pela queda nas tarifas.

Como um todo, o tráfego de voz internacional está crescendo. Em 2008, o crescimento registrado foi de 12%, contra 14% de aumento em 2007, segundo a TeleGeography. Uma explicação é que, apesar das novas tecnologias de comunicação (como mensagens instantâneas), o número de ligações em conferência tem crescido muito, de acordo com Steve Blood, vice-presidente do Gartner. As empresas vão cada vez mais economizar com passagens aéreas e se valer de conference calls para resolver problemas em escritórios internacionais.


Mikael Ricknäs, editor do IDG News Service, em Estocolmo

quinta-feira, 26 de março de 2009

Planejamento de carreira: você já pensou nisso?

por Vitor Cavalcanti InformationWeek Brasil

25/03/2009

Poucas empresas têm processos definidos de preparação de executivos para ocupar cargos de chefia

É muito comum utilizar datas como a virada do ano ou o dia do aniversário para estabelecer diretrizes e objetivos para a vida pessoal e profissional. Alguns listam em uma folha, outros montam planilhas no computador e há ainda aqueles que apenas mentalizam e saem em busca do eldorado. Diferente das metas pessoais, que muitas vezes (e infelizmente) são deixadas de lado para serem retomadas apenas em momentos oportunos, o planejamento da carreira profissional, independentemente de qualquer data, requer comprometimento contínuo. É preciso ter paciência para galgar cada degrau e respeitar o tempo necessário que normalmente esta escalada requer. Um crescimento meteórico pode vir acompanhado de uma queda fatal.

Se ainda assim você pensa que basta planejar metas e ponto final, há outras lições ensinadas pelos executivos entrevistados por InformationWeek Brasil e endossadas pela especialista no assunto Aline Zimermann Franco, sócia da consultoria Fesa. Por exemplo, antes de optar pela mudança de corporação, Aline destaca que o profissional tem de conhecer o negócio, avaliar o momento da empresa e como está posicionada. "Tudo exige uma minuciosa programação."

Paulo Bonucci, presidente da Unisys; Ítalo Flammia, que acaba de assumir a posição de CIO na Sodexo, e Mauro Negrete, coordenador de cursos de TI e de gestão de negócios no IBTA, professor do IBMEC e diretor de operações da Gravames.com, têm em comum características fundamentais para o sucesso profissional: são apaixonados pelo que fazem, construíram uma história de sucesso desde o início da carreira e trabalham duro.

De forma bem descontraída, o atarefado presidente da Unisys no Brasil, afirma que, desde cedo, almejou posições de destaque e colocou como meta pessoal alcançar um cargo de gerência aos 30 anos. "Com 28 cheguei lá. Fui colocando metas e tentando me desenvolver para progredir e atingir os meus objetivos", relembra Bonucci, que nunca fez um diário ou planejamento formal.

Claro que nada funcionou apenas com o poder da mente. Bonucci iniciou a carreira na Andersen Consulting (hoje Accenture) como trainee em 1984. Para sua surpresa, a companhia estimulava o desenvolvimento profissional por meio de um planejamento. "Comunicavam as etapas, cursos necessários e colocam como o Olimpo chegar à posição de ‘partner". Isto me estimulou a passar por cada etapa de forma sólida, construindo uma carreira de conteúdo e resultados", resume.

Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, João Baptista Brandão, reconhece que esta não é uma prática comum nas empresas. Apenas as mais maduras tendem a fornecer esse tipo de estrutura aos profissionais. "Seria correspondente ao sujeito que tenta evitar que sua companheira veja ou conheça outros homens, eventualmente mais interessantes, para não correr o risco de ser passado para trás", contextualiza, fazendo referência ao que normalmente ocorre nas companhias. (Leia artigo do professor Brandão)

Além do eventual estímulo dentro da corporação, Brandão ensina que o profissional precisa estabelecer alguns pontos para o desenvolvimento de sua carreira, como verificar as habilidades que têm de ser melhoradas, avaliar como estão seus relacionamentos (inteligência interpessoal) e também o que é necessário desenvolver em termos de conhecimento para hoje e amanhã.

Aos 48 anos, sendo 25 deles dedicados à profissão, Bonucci reconhece que há uma pitada de sorte nas estradas do mundo corporativo. O executivo, que hoje pensa no longo prazo e já não planeja o passo-a-passo como antes, reforça a importância de vivenciar todas as etapas da carreira, alertando que ascensões meteóricas podem ter fins trágicos. "O planejamento é muito útil neste sentido. Me preparei para melhorar meu conhecimento nas áreas jurídica e de finanças. É preciso ter muita paciência também. As empresas cometem injustiças, mas algumas reparam", ensina. Até assumir a presidência da Unisys, em 2005, Bonucci atuava como diretor para América Latina da empresa. Ele conta que, antes de aceitar o cargo, avaliou as oportunidades e os desafios que o aguardavam. "Confesso que acertei na carreira; o desempenho nos últimos anos foi super bom e minha missão foi cumprida", comemora.

Quando começa o planejamento

Avaliar o mercado, as oportunidades que surgem e ainda saber optar por aquela que mais agregará ao seu futuro não é tarefa fácil. Tanto que o ato de planejar a carreira nem sempre faz parte dos primeiros passos do profissional. Isto requer tino e um pouco de experiência. Tal avaliação é referendada por Mauro Negrete. "Quando você está na universidade, não sabe o que quer da vida. No meio (do curso), você pode gostar muito ou parar."

Ele fala por experiência própria. Negrete ingressou na faculdade aos 22 anos e só saiu aos 27. Tentou estudar física, mas desistiu. Daí, cursou administração e fez como opção de carreira buscar a TI aplicada ao negócio. "Nunca estabeleci metas, mas sou muito racional e intuitivo. Como tenho claro aonde quero chegar, tomo minhas decisões", explica, confessando que não formalizou seus planos logo no início. "Meu planejamento começou a acontecer com cinco anos de carreira em TI. Fiz administração, porque senti que, para trabalhar com tecnologia, precisava entender de negócios", relembra o profissional, que por cinco anos atuou na Eucatex, onde alcançou seu primeiro cargo de coordenador.

O executivo acredita que trabalhar e estudar ao mesmo tempo possibilita uma visão melhor de direcionamento de carreira. Foi assim que desistiu da física. "Percebi que não teria perspectiva", assume. Negrete, que já foi CIO da Cotia Trading e deixou a empresa para se dedicar a projetos de consultoria, avalia que, quanto maior a vivência, mais bem-estruturado será o processo.

Embora não seja de formalizar seus planos ou estabelecer metas, Negrete acredita que as pessoas devem sempre ter uma visão de futuro, mas reconhece que há uma dificuldade geral para isto. "Se você tem, erra menos e, quando erra, percebe qual foi o erro. As pessoas têm dificuldade para montar uma visão de longo prazo e com isso [o estabelecimento da visão] fica mais fácil determinar investimentos em sua carreira", aconselha. Assim como Bonucci, Negrete não vê benefícios nas expectativas de curto prazo, o que é bastante comum, sobretudo, quando está em jogo um salário mais elevado. Além disto, ele reforça a necessidade de se construir uma carreira sólida e com bom histórico, de forma que isto reflita positivamente no futuro.

Ter os objetivos traçados, entretanto, não significa que você terá de ficar estagnado neles. Negrete sempre quis (e se preparou para) uma vida acadêmica, mas, quando estava com esta outra carreira em pleno vapor, recebeu uma proposta para voltar para a vida executiva. "É um projeto que me atraiu profissionalmente e vai me proporcionar novos conhecimentos. Isto aumenta meu valor como consultor e professor", analisa, lembrando que esse tipo de situação é bastante comum ocorrer e requer atenção especial.

Abandonando o barco

A construção de uma carreira dificilmente acontece em apenas uma empresa e talvez a parte mais complicada no percurso seja a troca de trabalho, especialmente quando se ocupa uma posição de destaque, como CIO ou CEO. Isto porque, ao deixar uma corporação, projetos podem ficar pelo caminho e o ambiente deixado não necessariamente será sadio. "A negociação da demissão tem de ser bem trabalhada e factível para os dois lados", reforça Aline Zimermann Franco, sócia da Fesa. Ítalo Flammia deixou a Natura depois de 12 anos de casa e assumiu, em janeiro último, o cargo de CIO da Sodexo. O profissional de 20 anos de carreira contou que, antes de anunciar de fato que deixaria a empresa de cosméticos, passou quatro meses avaliando a situação para estar seguro de sua decisão. Até a família esteve envolvida no processo. "Depois da decisão, conversei com três headhunters, com o objetivo de avaliar o mercado para uma pessoa com o meu currículo", lembra. Ele reforça que isto não teve nada a ver com a busca de oportunidades, mas foi uma forma de autoavaliação.

A partir da decisão tomada e comunicada à empresa, o trabalho se tornou mais árduo. O profissional fez um verdadeiro esquema de comunicação para o que mercado soubesse que ele estava deixando a companhia onde, por 12 anos, teve uma posição de destaque. Busca por aconselhamento profissional em consultorias também fez parte do processo. "Tive reuniões com consultores e comecei a aperfeiçoar o meu plano. Estes momentos de mudanças são importantes para reflexão", reconhece. Além da contratação de ajuda, Flammia também abordou headhunters, enviou cartas, e-mails, ligou e insistiu em encontros, mesmo quando não havia vagas com objetivo de fazer relacionamento com o mercado. "Fiz 60 entrevistas em seis meses", contabiliza.

A atitude de Flammia vai ao encontro dos aconselhamentos de Aline, da Fesa, que ressalta a importância do networking, principalmente quando está em jogo cargos de alto escalão. "Conversei com CIOs, consultores, executivos e outros colegas que tinham negócios a ver com o meu", informa o atual líder de TI da Sodexo. O longo processo pelo qual Flammia passou antes de aceitar a proposta da empresa especializada em soluções de benefícios e serviços ao trabalhador envolveu ainda listagem das empresas onde gostaria de trabalhar para focar as investidas, construção de uma planilha para organizar os contatos e registrar os encontros, estabelecer prazos, principalmente, em relação ao tempo que você pode se manter sem um emprego e avaliação das propostas.

"Em média, um executivo demora de seis a oito meses para se recolocar, não pode desanimar. Depois de contratado, é preciso agradecer a todos que contribuíram com você durante o processo, sobretudo os que participaram ativamente. No novo emprego, tenha o controle da ação e estabeleça objetivos", ensina o profissional de 45 anos, alertando que é preciso estar preparado para o recomeço, já que os ciclos profissionais estão cada vez mais curtos.

Por onde começar?

Aline Zimermann Franco, sócia da consultoria Fesa, empresa especializada em buscar executivos para grandes corporações, explica que profissionais em início de carreira podem buscar oportunidades pelas vias comuns, ou seja, enviar currículo para o RH e consultorias que trabalhem com cargos técnicos. Já para cargos mais altos, principalmente quando o executivo já tem em mente a empresa para a qual quer trabalhar, o processo é mais complicado. "As estruturas seniores estão montadas, quando tem vaga as empresas olham para dentro ou partem para network e consultoria. O executivo precisa ter contatos ou tentar via consultoria", confirma.

Casa nova?

- Se for um novo setor, aprofunde seu conhecimento sobre ele

- Estude o momento da empresa, como ela está posicionada

- Objetivos e metas precisam estar claros

- Conheça a relação entre os setores internamente

Decidiu levantar voo? Veja o que fazer:

- Avalie bem a saída

- Certifique-se de que não há projetos importantes pela metade

- Negocie bem a demissão para que o processo seja bom para as duas partes

- Durante o processo de saída, não participe de reuniões estratégicas

- Antes de aceitar o novo emprego, tenha certeza que a remuneração e o pacote profissional são o que você realmente quer

- Decisão tomada, não volte atrás

- Honre sua palavra, aceitar contraproposta te coloca em posição complicada

quarta-feira, 25 de março de 2009

Saiba como fazer mais em TI com menos recursos - Parte 1

Além de focar em projetos de curto prazo, CIOs devem abandonar tarefas relacionadas a SLAs, reavaliar estrutura de storage, apostar em virtualização e eliminar redundâncias e sistemas legados desnecessários

Dan Tynan, InfoWorld
Publicada em 18 de março de 2009 às 08h00


Tempos difíceis exigem atitudes extremas. Mesmo para aqueles CIOs que não tiveram os orçamentos afetados por conta da crise, há uma exigência comum nas organizações: que todas as áreas façam mais com menos recursos.

O corte de pessoal, normalmente, aparece como a primeira e única opção aos CIOs que precisam adequar-se à nova realidade. Mas, embora não seja simples, há outras saídas para reduzir custos de TI sem dispensar membros da equipe. Seguem aqui algumas dicas de como alcançar esse objetivo:

1. Transforme achismos em números: calcule o quanto de recurso financeiro e pessoal é necessário para manter sua infraestrutura funcionando de forma eficiente. No caso de ter mais funcionários cuidando dessa parte operacional do que deveria, selecione os mais eficientes e aloque os demais na execução de outras tarefas – certamente haverá algum gargalo para ser resolvido e esses colaboradores poderão ajudar. Além disso, avalie todos os projetos da área e selecione apenas os mais importantes para continuar em pauta.

2. Foque em projetos de curto prazo: por muito tempo, os CIOs foram orientados a pensar estrategicamente no futuro da área, desenvolvendo assim muitos projetos de longo prazo. Porém, para grande parte das companhias, a necessidade atual é superar a crise. Nesse cenário, as empresas precisam de programas com retornos imediatos, capazes de melhorar, agora, os resultados corporativos.

3. Não perca tempo com SLAs: para lidar com solicitações tecnológicas das áreas de negócios, muitas vezes os CIOs ficam em situações inconvenientes, em que negar um pedido pode ser considerado rude. Por isso, o executivo de TI deve nomear um funcionário específico como responsável pela avaliação das solicitações de suporte. Além de evitar mal-entendidos, essa iniciativa deixa o CIO com mais tempo livre para tratar de assuntos estratégicos da organização.

4. Avalie sua estrutura de storage: mesmo que suas necessidades de armazenamento estejam aumentando, é normal que o momento não seja adequado a novos investimentos. Para otimizar a operação sem muitos gastos, avalie o quanto do data center está sendo utilizado e elimine arquivos que não sejam estritamente necessários. No caso de a empresa possuir estrutura virtual de storage, reveja o contrato e negocie melhores condições de pagamento com o fornecedor.

5. Adote os padrões abertos: investigue os benefícios e riscos que o open source pode trazer ao negócio e avalie em quais áreas eles seriam eficazes e não representariam grandes brechas de segurança à empresa.

6. Virtualize: aposte na virtualização de, pelo menos, uma parte de seu data center. A mudança trará economia de energia, manutenção de hardware e menor ocupação de espaço físico.

7. Limpe a casa: crises são boas oportunidades para acabar com redundâncias e sistemas legados desnecessários. Identifique as aplicações que não são utilizadas e ainda ocupam espaço em sua infraestrutura e elimine-as.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Microsoft Brasil abre inscrições para programa de capacitação em TI

Por Redação do IDG Now!
Publicada em 18 de março de 2009 às 15h52
Atualizada em 18 de março de 2009 às 15h53

São Paulo - Students to Business oferece treinamentos gratuitos para estudantes em infra-estrutura, banco de dados e desenvolvimento.

A partir desta quarta-feira (18/03), os interessados em tecnologia podem se inscrever para o programa gratuito Students to Business, da Microsoft Brasil, que capacita jovens do ensino médio, técnico e universitário gratuitamente.

A ideia é preparar os participantes para o mercado de trabalho, facilitando seu acesso a vagas nas áreas de desenvolvimento, infra-estrutura e, em alguns locais, também em banco de dados.

Esta é a ‘quarta onda’ do programa de capacitação, que abrange 11 Estados do Brasil. O treinamento é dividido em três etapas e possui carga horária de 84 horas. O número de vagas não é definido e depende de cada região.

As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de março pelo site do Students to Business - http://www.programas2b.com.br/ .

Em fevereiro, a Microsoft lançou o projeto Elevate America, cujo objetivo é capacitar em tecnologia cerca de 2 milhões de norte-americanos gratuitamente.

Cisco confirma compra de fabricante de filmadoras e câmaras digitais

quinta-feira, 19 de março de 2009, 11h42

Agora é oficial. A Cisco anunciou nesta quinta-feira, 19, que assinou contrato intenção de compra com a fabricante de câmeras e filmadoras digitais Pure Digital Technologies. Segundo os termos do acordo, a Cisco pagará cerca de US$ 590 milhões pela empresa.

"A aquisição da Pure Digital é a chave para a estratégia da Cisco de expandir a atuação para segmentos de equipamentos eletrônicos e atingir o mercado de consumidores que estão em transição para redes visuais", disse Ned Hooper, vice-presidente sênior de desenvolvimento corporativo e grupos de consumo da Cisco.

Após a conclusão do negócio, a Pure Digital passará a fazer parte da equipe da Cisco Consumer Business Group, que já inclui a Linksys, que fabrica roteadores sem fio para residências e pequenas empresas.

De acordo com a Cisco, a aquisição está sujeita a aprovações de praxe e de órgãos reguladores, mas a expectativa é que seja concluída no quarto trimestre do ano fiscal de 2009 da Cisco.

Com a compra da Pure Digital, a Cisco dá mais um passo na estratégia de ampliar a atuação no segmento de equipamentos eletrônicos de consumo, já que tem como objetivo ingressar em novos mercados, como fez recentemente anunciou também a sua entrada no mercado de servidores.

A aquisição vai acirrar a disputa com a Sony, Canon, Olympus e Samsung no segmento de câmaras e filmadoras digitais. (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).

http://www.tiinside.com.br/News.aspx?ID=125317&C=264

sexta-feira, 20 de março de 2009

Internet Explorer mantém domínio no ambiente corporativo

São Paulo - Especialistas e usuários apontam facilidade de gestão e integração com outros sistemas como motivo pela preferência das empresas pelo navegador.

Por Redação do COMPUTERWORLD
19 de março de 2009 - 09h22

O lançamento da nova versão do Internet Explorer, IE8, é vista como uma resposta da Microsoft ao avanço de outros browsers no mercado de usuários domésticos. No mercado corporativo, o navegador da Microsoft continua dominante e muito desta liderança ocorre em função da facilidade de gestão e de integração com outros aplicativos, de acordo com especialistas e usuários ouvidos pelo COMPUTERWORLD.

Rinaldo Angelicola, diretor da FTI Consulting, lembra que nos últimos anos a Microsoft focou-se muito na integração de seus produtos, principalmente com foco em aumentar o nível de segurança. “Hoje se fala muito mais em ‘plataformas’ do que em produtos isolados. Um bom exemplo é o Forefront, ferramenta de antivírus, que é uma plataforma”, ressalta.

Neste sentido, o analista acredita que Internet Explorer oferece hoje melhores condições de gestão dos controles de acesso à internet pelos administradores de ambiente, devido a sua integração com as diretrizes de segurança definidas nas GPOs do Active Directory e controles de acesso do ISA. “O Firefox, por exemplo, burla uma série destes controles”, diz.

Além disso, Angelicola lembra existir uma maior interoperabilidade entre o IE e demais produtos da Microsoft. “Eu, por exemplo, tenho o Firefox como browser primário o Firefox, mas não é possível realizar 100% de navegação sem recorrer ao IE. Os sites que possuem um alto nível de segurança em componentes desenvolvidos em Java da MS, não rodam no Firefox”, afirma.

Do lado das empresas usuárias, as justificativas para o domínio do IE coincidem com a opinião do analista. A Universidade Metodista, por exemplo, enfrenta duas realidades. Na área acadêmica, a instituição de ensino utiliza todos os principais navegadores. “Temos máquinas com diversos sistemas operacionais”, justifica Wilson Baraban Filho, gerente de telecomunicações e redes da empresa. Agora, nas máquinas do pessoal da administração, somente o Explorer é permitido.

Segundo o gerente, o sistema de gestão da universidade está homologado apenas para o navegador da Microsoft. Mas o departamento de tecnologia da instituição está trabalhando para adaptar o software, desenvolvido internamente, para trabalhar com os outros browsers. “Não temos nenhuma restrição de segurança, a diferença dos outros navegadores está na visualização”, explica.

Em relação ao gerenciamento de atualizações dos sistemas, Baraban afirma que, na Metodista, não há muita diferença entre os navegadores, mas que isso só é possível porque a instituição utiliza um sistema de gerenciamento de ativos que permite atualizar todos os sistemas de forma centralizada. Sem o software, seria mais fácil gerir as atualizações do Explorer. “Nós temos instalado o Windows Server Update Server (WSUS), que permite fazer esse tipo de gerenciamento”, explica.

Na Kimberly-Clark, o Explorer é o navegador padrão. A empresa está na versão 6 do software, mas deve atualizar o sistema em breve, quando completar a migração para o Windows Vista. “A razão de utilizarmos o IE é que temos uma imagem distribuída globalmente na qual o navegador é o IE, assim como toda a suíte Microsoft; essa definição foi realizada já há algum tempo e levou em consideração a expertise da empresa, e a otimização do TCO”, explica Paulo Biamino, gerente de informática da companhia.

A atualização para a versão 7 do Explorer está atrelada à implantação do Vista. Como a empresa não vai investir em atualização de máquinas para fazer a migração, ela só deve concluir a mudança no final de 2010. “Os equipamentos não compatíveis com o Vista serão substituídos naturalmente”, declarou Biamino.

CIO ou técnico: como descobrir a verdadeira vocação

Para consultor, nem sempre a posição de gestor representa a melhor opção para os executivos que, em muitos casos, têm saído da diretoria de TI para cargos menos estratégicos e mais técnicos

Patrícia Lisboa, repórter da CIO Brasil
Publicada em 19 de março de 2009 às 08h00

Trabalhar como analista de sistemas, coordenador de área, gerente de núcleo e, então, enfim, seguir para a liderança da TI, reportando-se diretamente ao alto comando da companhia e participando da tomada de decisões estratégicas. Essa parece ser a trajetória ideal para um profissional de tecnologia, certo? Nem sempre.

De acordo com Fernando Feitoza, superintendente comercial da Across – consultoria especializada em desenvolvimento organizacional com foco em gestão de pessoas – muitas vezes os profissionais que iniciam suas carreiras em áreas técnicas são seduzidos pelos benefícios e pelo status trazidos por um cargo de gestão.


“Em postos de CIO, por exemplo, há casos de executivos que, ao analisar mais profundamente seus desejos e aspirações profissionais, percebem que gostariam de ter permanecido na área técnica”, conta Feitoza.

O consultor explica que isso acontece devido a pressões do próprio mercado e até pela falta de autoconhecimento dos profissionais. “Quando estão envolvidos em projetos interessantes e têm a chance de prosperar na área em que atuam é muito difícil que consigam avaliar que esse próximo passo não vai ao encontro de suas vontades mais legítimas”, complementa ele.

Segundo Feitoza, a sensação de insatisfação dos executivos quanto aos rumos de suas carreiras só é percebida quando esses profissionais atingem certa maturidade e passam a analisar as escolhas feitas ao longo da vida. “No entanto, mesmo que não seja fácil, é possível voltar atrás e conseguir uma posição técnica tão bem remunerada e reconhecida como o cargo de gestor”, garante o consultor.

Ele ressalta que, para tanto, o executivo precisa passar por um processo de recolocação profissional e estar disposto a aceitar propostas iniciais com salário inferior ao pago para um CIO.

“Além disso, e até mais importante, o profissional precisa estar atualizado quanto às tendências do segmento", afirma Feitoza, que analisa: "Depois que se mostrar um especialista, certamente conseguirá atingir o mesmo patamar financeiro que ocupava como executivo.”

Para concluir, o consultor defende que quanto antes o profissional conhecer suas reais aspirações, mais rapidamente atingirá seus objetivos. Para chegar a essa decisão, ele dá as seguintes dicas:

Preste atenção aos feedbacks: tanto para a vida profissional quanto pessoal, ouvir opinião dos outros é muito importante e pode revelar faces da nossa própria personalidade que não enxergamos ou tentamos, inconscientemente, esconder;

Lembre-se de seus sonhos de juventude: faça esse exercício e tente adequar seus antigos anseios às suas atuais necessidades e angústias;

Compare seus objetivos individuais com os da empresa na qual está inserido: e descubra se ambos estão trabalhando na mesma direção. Assim é possível mensurar se o problema profissional é com a companhia em si ou, realmente, com a função desempenhada;

Busque o autoconhecimento: por meio de coaching, terapia, ou qualquer outro meio, esse é a única forma de conhecer seus reais objetivos.

terça-feira, 17 de março de 2009

Stefanini anuncia início das operações em Chicago

www.segs.com.br - Fonte ou Autoria é : Vanessa Morais – Cátia Aiello
17-Fev-2009

Quarta filial americana reforça presença da consultoria no território norte-americano

São Paulo, fevereiro de 2009 — Dando continuidade a estratégia de expansão, a Stefanini IT Solutions, uma das principais consultorias de serviços na área de TI, anuncia abertura de sua quinta unidade na América do Norte, desta vez em Chicago. Esta será a quarta filial atuante nos Estados Unidos, juntando-se as de Fort Lauderdale, Atlanta e Nova York, além da recém inaugurada operação da Stefanini em Montreal, no Canadá.

A expansão da Stefanini na América do Norte é considerada estrategicamente importante e o desenvolvimento de novos negócios em Chicago - terceira maior metrópole dos EUA - é um dos elementos chaves para que a Stefanini cumpra sua meta de crescimento de 50% nas receitas geradas pela empresa nos Estados Unidos em 2009. “O número de clientes vem aumentando no Midwest americano e a inauguração da unidade em Chicago abre muitas oportunidades já que é uma região muito forte em dois dos setores mais atendidos pela Stefanini: o financeiro e de manufatura”, ressalta Antônio Moreira, responsável pelas operações da Stefanini na América do Norte.

Com a aberturada nova unidade, a Stefanini também abre caminhos para o estreitamento de relacionamentos com novas companhias norte-americanas, abrangendo os setores automotivos, farmacêuticos, tecnológicos, financeiros, entre outros. Hoje, a Stefanini já atende mais de 30 clientes na América do Norte e a região já responde por 9 % do faturamento da consultoria. A empresa fechou 2008, registrando crescimento de 60% na região norte-americana, em relação ao ano anterior.

O modelo de desenvolvimento e distribuição global da empresa possibilita a atuação simultânea em diversos países, atendendo um largo escopo de clientes e otimizando os custos das soluções.

Expansão

A operação da empresa na região foi iniciada em 2001, com a abertura da unidade da Flórida. A cidade escolhida foi Fort Laderdale por ter uma concentração maior de empresas de tecnologia na região. A segunda filial em território norte-americano foi inaugurada em Atlanta, em 2002, a partir da assinatura de um contrato de Help-Desk (SAP) para a Kimberly-Clark. A inauguração foi considerada estratégica porque era conveniente uma proximidade maior com a parceira e, além disso, a região possui uma economia forte e é logisticamente estratégica nos Estados Unidos. Dois anos depois, Nova York foi a cidade escolhida, já que os negócios da Stefanini se intensificaram na região.

A expansão na América do Norte se estendeu ao Canadá, que em 2008, inaugurou sua primeira filial, em Montreal. A empresa identificou o crescimento da demanda de soluções nearshore e a carência de empresas com este tipo de oferta no mercado canadense.

De acordo com o diretor das unidades da Stefanini nos Estados Unidos, Antonio Moreira, ultrapassados os primeiros obstáculos do inicio da atuação, especialmente a falta de reconhecimento do Brasil como potencial parceiro em TI, graças ao apoio da Apex, foi iniciado um forte trabalho de divulgação das competências do Brasil e, atualmente, o País é reconhecido como um dos lugares mais competitivos para projetos offshore.

Sobre a Stefanini IT Solutions:

Fundada em 1987, a Stefanini é considerada uma das principais consultorias de serviços na área de tecnologia da informação da América Latina. A empresa possui escritórios em importantes localidades do País como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, São Paulo e Ceará. No exterior está presente na Argentina, Chile, Peru, Colômbia, Venezuela, México, EUA, Espanha, Portugal, Itália, Inglaterra, Canadá, Índia e Angola.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Cisco declara guerra à HP

Por Camila Fusco 16/03/2009 - 12:11

Ok, o título pode parecer exagerado, mas em termos de competição é exatamente o que a Cisco promete fazer. A companhia lança hoje uma linha própria de servidores, desenvolvida em segredo ao longo dos últimos dois anos e com alvos bem claros: as máquinas da HP.

Em entrevista ao Wall Street Journal, a diretora técnica da Cisco, Padmasree Warrior deu o tom de como será essa briga. "Vamos competir com a HP. Não quero mascarar isso. Existem fronteiras a mudar em relação a quem você concorre e com quem você firma parcerias", disse.

As duas companhias já foram parceiras muito próximas de negócios para o segmento corporativo, mas com o passar do tempo cada uma optou por seguir carreira solo no desenvolvimento de novos sistemas. Até que se tornaram rivais declaradas. O lançamento dos servidores blade deve apenas apimentar essa convivência. Recentemente, as brigas entre ex-parceiros se tornaram mais acirradas no mercado de tecnologia, como mostra o WSJ. A HP desafiou a supremacia de serviços de TI da IBM ao comprar a EDS no ano passado. A Microsoft mira o Google com suas investidas no Yahoo. A Sun Microsystems está se movendo em direção ao software, para brigar com a gigante Oracle.

A Cisco mudou substancialmente sua estratégia de negócios desde o início da década. A companhia, que nasceu em 1984, cresceu expressivamente durante a época da bolha vendendo roteadores e switches, entre outros equipamentos de rede. Nos últimos anos, esses equipamentos desaceleram na composição da receita, dando lugar a novas áreas como redes wireless e comunicação unificada, na era 3.0, como diz seu CEO, John Chambers.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Kimberly-Clark Corporation nomeada parceira Energy Star do ano pela EPA

Qui, 12 Mar, 04h27
DALLAS, 12 de março /PRNewswire-FirstCall/ -- A Kimberly-Clark Corporation (NYSE:KMB) foi nomeada parceira Energy Star do ano de 2009 pela Environmental Protection Agency (EPA) dos EUA. O prêmio reconhece os esforços contínuos da K-C para aumentar o consumo eficiente de energia e reduzir as emissões de gases do efeito estufa em suas operações. As conquistas da K-C serão reconhecidas na cerimônia de premiação em Washington, DC, em 31 de março.

A Kimberly-Clark compromete-se a atingir as metas de eficiência em energia nos processos de fabricação, tendo definido metas de conservação de energia para todas as instalações. A K-C estima que melhorou o consumo mundial eficiente de energia de 2008 em 3,2% sobre 2007, ao mesmo tempo em que reduziu as emissões de gases do efeito estufa em 2,2%. A iniciativa de consumo eficiente de energia da empresa é gerar economia dos custos anuais de mais de $80 milhões em comparação com os níveis de consumo eficiente de 2005.

Fonte: Kimberly-Clark Corporation

quinta-feira, 12 de março de 2009

Transforme sua letra de mão em uma fonte para o computador

Basta preencher uma tabela. O site faz o resto por você.

Com este site AQUI, basta preencher uma tabela com o alfabeto escrito à mão, scannear e fazer o upload. O resto é por conta deles. Em instantes, será disponibilizada a sua própria fonte, com a sua letra à mão. Aí, basta que você a associe ao seu sistema operacional (Windows, ou Mac, ou Linux) para utilizá-la em todos os aplicativos que você quiser.

Demanda em alta: gerente de relacionamento em TI

Esse profissional tem a missão de quebrar as barreiras existentes entre áreas de negócios e o departamento de tecnologia da informação

Rodrigo Afonso, repórter do COMPUTERWORLD
Publicada em 09 de março de 2009 às 12h1

A batalha entre as unidades de negócios e de tecnologia da informação das empresas já representa uma questão quase histórica. O relacionamento entre as áreas é difícil graças à discrepância de pensamento. Assim, enquanto os profissionais da tecnologia abusam da linguagem técnica, as pessoas de áreas de negócios têm certa dificuldade em explicar a demanda de uma forma prática.

Com o cenário, alguns profissionais passaram a ser destacados para realizar essa interface. Esta pessoa deve compreender bem de questões técnicas, mas precisa ter habilidades melhores ainda para entender o business da empresa e relacionar a ele as demandas por tecnologia.

Segundo Ione de Almeida Coco, analista do Gartner, o melhor gerente de relacionamento é aquele com formação tanto em cursos de tecnologia quanto de negócios. No entanto, como este perfil é muito difícil de ser encontrado, o profissional geralmente tem formação muito boa em negócios e conhecimento suficiente de tecnologia.


“Quem é formado em tecnologia tem uma tendência a usar funções tecnológicas para resolver todos os problemas. Esse é um fator que pode complicar a negociação. Aquele formado em negócios, no entanto, consegue reunir uma visão geral das duas áreas”, afirma Ione.


Conheça profissionais da área
Christiano Hage é gerente de desenvolvimento de negócios da consultoria de TI Altran, mas na prática ele gerencia relacionamento interno entre departamentos de negócios e de tecnologia e entre técnicos da empresa e clientes. “Internamente, é um trabalho mais reativo. Converso com áreas de negócios para identificar problemas e demandas e procuro deixar o pessoal de tecnologia bem alinhado com as reais necessidades”.

Hage também trabalha com clientes, atividade que julga ser mais pró-ativa. “Muitas vezes algumas empresas poderiam otimizar seus negócios com determinados tipos de soluções, mas não sabem disso. Meu papel é mostrar essa necessidade dentro da estratégia da empresa”, explica Hage.

Renato Müller, diretor de relacionamento da Linx, cuida de uma equipe inteira de gerentes de relacionamento. Segundo ele, são profissionais que devem estar o tempo todos atentos à necessidade dos clientes. “Uma de suas atribuições é identificar demandas e mostrar que soluções já existentes podem atendê-las”, assinala.

Para Müller, o gerente tem de ter muito conhecimento dos negócios dos clientes, capacidade de relacionamento e de geração de empatia, além de agilidade, pragmatismo e excelente conhecimento das soluções. “Além disso, deve desenvolver uma boa capacidade de liderança, pois precisa fazer a articulação com diferentes perfis de profissionais”, completa.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Grupo UOL finaliza aquisição do data center DHC com foco corporativo

Por Vinicius Cherobino, editor-assistente do COMPUTERWORLD
Publicada em 10 de março de 2009 às 19h22

São Paulo - Com a compra, UOL cria um braço para atuar no setor corporativo. Segundo fonte próxima às negociações, a marca DHC será mantida.


O grupo UOL fechou a compra da DHC, empresa que atua no mercado corporativo e faturou 44,2 milhões de reais em 2008, de acordo com fontes de mercado.

Com a compra da DHC, o UOL cria um braço para atuar no setor corporativo. Segundo fonte próxima às negociações, a marca DHC será mantida pelo UOL e vai se focar em clientes corporativos.


Procuradas pela reportagem do COMPUTERWORLD, as duas empresas, por meio de suas assessorias de imprensa, não comentaram o assunto.

Movimentação em data center
O UOL está caminhando agressivamente no setor de data center. A empresa anunciou a criação do UOL Host em fevereiro do ano passado, focado em varejo, com a compra das carteiras da Plug-In e Digiweb.

Ela reforçou o seu braço de varejo com a compra da carteira de clientes da SouthTech Data Center em novembro do ano passado.

Agora, com a DHC, a companhia garante atuação também no setor corporativo.

terça-feira, 10 de março de 2009

LTE: conheça a tecnologia que promete ser a "banda larga móvel de verdade"

Por Guilherme Felitti, editor-assistente do IDG Now!
Publicada em 10 de março de 2009 às 07h00
Atualizada em 10 de março de 2009 às 07h42


São Paulo – Nada de WiMax e 3G. Programado para estrear em 2013, LTE se mostra como potencial tecnologia para redes 4G pela velocidade de acesso.


Tal qual o telefone celular, há uma mudança de paradigma em curso para as redes de telefonia móvel: elas já não servem apenas para falar. Cada vez mais, são os dados de chamadas por vídeos, conteúdo multimídia e navegação online que tomam o espectro.Na inversão de papéis entre o consumo de chamadas por voz e o de dados, uma nova tecnologia promete ser a ponte para que a web móvel se torne prioridade dentro das operadoras de telefonia.


Na inversão de papéis entre o consumo de chamadas por voz e o de dados, uma nova tecnologia promete ser a ponte para que a web móvel se torne prioridade dentro das operadoras de telefonia.


O Long Term Evolution (LTE) deverá ser oficializado como padrão de rede para banda larga móvel neste mês, quando o 3rd Generation Partner Program (3GPP) publica as especificações finalizadas em dezembro, e dá um empurrão na adoção do potencial primeiro sistema 4G do planeta.


E porque tanta expectativa a respeito do LTE, que já conta com redes em testes no Reino Unido e planos de investimentos por operadoras nos Estados Unidos e na Suécia? Sem grandes surpresas, a atenção dada ao LTE tem relação com sua capacidade de navegação.


Enquanto os padrões por trás das redes 3G que você usa hoje, como HSPA ou UMTS, atingem velocidades máximas de 14 Megabits por segundo (Mbps), testes com o LTE indicam picos de navegação de até 120 Mbps, quase 10 vezes mais rápido.


“Trata-se de uma quebra de paradigma. Redes LTE são projetadas para a troca de dados”, e não ao redor das chamadas de voz, explica José Geraldo Alves de Almeida, gerente de desenvolvimento e negócios da Motorola.

Movimentações para que o LTE tome a definição no mercado para si não faltam.

Após a confirmação pelo 3GPP que tinha finalizado o esboço da especificação, a Verizon anunciou que começaria a procurar parceiros para estrear a primeira rede comercial LTE dos Estados Unidos entre o final de 2009 e o começo de 2010.

Simultaneamente, a TeliaSonera anunciou em janeiro que selecionou parceiros para desenvolver sua rede do padrão na Suécia, que deverá ser lançada comercialmente também no começo de 2010.

Os prazos, no entanto, são flutuantes principalmente pelo impacto da crise econômica mundial nos investimentos reservados pelas operadoras em novos equipamentos.

Como José Geraldo explica: “cada nova geração (de telefonia) significa duas coisas: mais velocidade pra dados e capacidade de colocar o usuário no sistema; e necessidade de dinheiro para trocar todos os equipamentos de acesso”.



A tendência das redes é essa agora. Mesmo que a voz ainda seja o grosso (do faturamento pelas operadoras), o crescimento futuro está ao redor de serviços” oferecidos seja pelas operadoras ou por desenvolvedores independentes, explica o executivo.

A popularização do 4G, com chances cada vez maiores de ser personificado pelo LTE, fomentará um novo mercado de aplicações e serviços móveis, principalmente que envolvam conteúdo multimídia e aplicações de geoposicionamento.

Mais que isso: o LTE representa a primeira "banda larga móvel de verdade", um conceito que o mercado se cansou de relacionar ao WiMax mas que, pela falta de investimentos no padrão pelo mundo, ainda não chegou a se concretizar.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Redução da Selic pode gerar economia de R$ 43 bi

A Nota Técnica “A gravidade da crise e a despesa de juro do governo”, apresentada, nesta segunda-feira (09/03), pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), apontou que a redução da taxa básica de juros a 7% em 2009 traria economia de até R$ 43 bilhões de recursos públicos.




O documento, produzido pela Diretoria de Estudos Macroeconômicos (Dimac), e apresentado pelo diretor da Dimac, João Sicsú, analisou as expectativas empresarias de investimento diante da crise e apresentou projeções de economia fiscal em simulações para reduções graduais da taxa dos atuais 12,75% até 7% ou um corte só de 5,75 pontos já na reunião da próxima semana.

No cenário de crise, a redução de juros deve interferir pouco no crescimento, defendeu o diretor. “Na crise o que faz a economia crescer é demanda, compras governamentais”, disse Sicsú.

Para o diretor, a grande vantagem da redução de juros agora é fiscal. Acarretaria economia de recursos públicos. “Diante da crise, tanto faz para o empresário a redução de um, dois ou três pontos de juros, porque as expectativas do empresariado não são boas. Repito que a grande importância neste momento da redução da taxa é o ganho fiscal”, disse ele.

A nota afirma que “é esperada uma queda na arrecadação em 2009” e aponta que cortar investimentos e gastos sociais pode aprofundar a crise.

“A melhor política é a do corte das despesas com juro que remunera o carregamento da dívida pública. Cortar gastos sociais, correntes ou de investimento significa reduzir a demanda da economia e reduzir ainda mais as possibilidades de crescimento. Com menor crescimento, haverá menos arrecadação. Portanto, cortar gastos públicos cujos multiplicadores de renda e emprego são relevantes significa ampliar as dificuldades de arrecadação, criar um problema fiscal e aprofundar a crise de demanda que se instalou no setor privado da economia”, conclui o documento.

Fonte: IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
HSM Online
09/03/2009