terça-feira, 28 de abril de 2009

Saiba quais são as certificações que garantem destaque no mercado

São Paulo - Obter atestados de qualificação de alto nível e grau de dificuldade é um dos caminhos para alavancar a carreira.

Por Rodrigo Afonso, repórter do COMPUTERWORLD
27 de abril de 2009 - 07h00


As certificações são muito importantes para o profissional brasileiro de tecnologia. Além de serem o primeiro filtro de muitas das organizações que contratam, elas podem garantir postos melhores e prestígio no mercado de trabalho. No entanto, não é qualquer tipo de certificado que garante tais predicados, mas aquelas que exigem bastante do candidato e que realmente atestam a sua capacidade profissional.

Segundo Robert Andrade, especialista em recrutamento da Robert Half, quanto mais difícil e restrita for a certificação, no que diz respeito à exigência de experiência profissional, mais alto será seu padrão e reconhecimento. “Muitas pessoas nem terminaram a faculdade, mas já tiverem uma trajetória profissional e assumem bons postos por conta dessas certificações”, diz.

Para Nilson Ramalho, gerente de tecnologia da informação da Impacta Tecnologia, as certificações de alto nível, como as da linha Master da Microsoft e as principais da Cisco são muito importantes para quem já tem uma certa trajetória profissional. “Muitas delas exigem experiência e mostram que os candidatos estão prontos para os melhores cargos”, afirma.

A busca autônoma por certificações, no entanto, não é o único caminho. Na hora de escolher o lugar onde vai trabalhar, o profissional pode priorizar os locais que oferecem treinamentos e certificações como benefício. Fazer um curso e obter uma certificação individual custa caro (em média, 5 mil reais por treinamento, mais 150 dólares para fazer a prova), mas as empresas costumam firmar parcerias com fabricantes e conseguem preços menores.

É o caso da IP Connection, que tem uma política de formação de força de trabalho para certificá-la nos principais níveis da Cisco. “Como a empresa é integradora, consegue subsídios e tem maiores condições de formar os profissionais”, afirma Alexandre Otto, CEO da organização. Como contrapartida, os profissionais assinam um acordo de permanência, no qual têm de reembolsar a companhia caso deixem a empresa antes de um determinado prazo.

A escolha do profissional que vai se certificar, no entanto, é baseada na competência, no seu desempenho e na avaliação de metas atingidas. “Cada treinamento custa em torno de 5 mil reais e são muitos treinamentos para se chegar ao nível ideal. Temos de realizar uma escolha adequada”.

A FDM, consultoria em redes, também aposta na qualificação dos profissionais para se tornar uma empresa com diferencial no mercado. É a Systimax Tier 2, que habilita para a instalação de produtos Avaya. “São apenas 10 empresas no mercado que possuem pessoas com essa certificação. Os profissionais que estão aqui e as obtêm com certeza ganham muitos diferencias no mercado, ainda que não estejam aqui”, atesta Fábio Sidney, CEO da FDM.

César Gabardo, engenheiro da Sofhar, resolveu investir os próprios recursos para obter a certificação MCM (Microsoft Certified Master) em Exchange 2007. César é o único profissional brasileiro a obter tal título e percebeu que ganhou uma grande valorização no mercado e dentro da própria empresa. “Além do aprendizado, ganhei uma exposição que vale a pena o investimento e pode levar a outras oportunidade”, comemora.

Conheça algumas das qualificações de alto nível do mercado

CCIE (Cisco Certified Internetwork Expert) – Certificação Cisco que sempre é uma das mais cotadas e é das mais difíceis. Somente 26% das pessoas que prestam a prova passam. Quem a possui ganha salários acima dos 10 mil reais.

MCSD (Microsoft Certified Solution Developer) – Certificação .NET obtidas pelos principais desenvolvedores do Mercado.

PMP (Project Management Professional) – Uma das principais certificações para gerentes de projeto. Quem a obtém, conquista um grande valor no mercado.

RHCE (Red Hat Certified Enginner) – É concedida após um teste baseado em desempenho após mais de 5 horas de testes e qualifica o profissional a assumir os mais altos cargos técnicos em ambientes Linux.

CISSP (Certified Information Systems Security Professional) – Certificações de segurança estão em alta. A CISSP habilita o profissional a lidar com os mais complexos ambientes de sistemas de informação.

Roubo de notebook pode custar quase US$ 50 mil

Estudo encomendado pela Intel aponta que computador de um diretor ou gerente é mais valioso que o de CEO

por AméricaEconomia.com.br

Santa Clara. Um estudo recente encomendado pela Intel revelou que o prejuízo das empresas na perda ou roubo de notebooks chega a US$ 49.246, tendo em vista os dados, muitas vezes sigilosos, que são armazenados nos aparelhos, e apontou para a necessidade de aprimorar a segurança para evitar mais perdas.

O Instituto Ponemon analisou 138 casos de aparelhos roubados em aeroportos, hotéis e táxis do mundo todo e estabeleceu como critérios para chegar ao valor a substituição do equipamento, detecção, ciência forense, brecha de dados, perda de propriedade intelectual, perda de produtividade e despesas jurídicas, regulatórias e de consultoria. Apenas a brecha de dados representa 80% do custo, segundo comunicado da Intel.

Quem perde um notebook ou o tempo até descobrir o furto também pressionam ou aliviam o custo. De acordo com o estudo, o computador de um diretor ou gerente é mais valioso que o de um CEO, por exemplo. O aparelho de um executivo sênior está avaliado em US$ 28.449, enquanto o de um diretor ou gerente vale US$ 60.781 e US$ 61.040, respectivamente. Em relação à notificação do furto, o custo médio é de US$ 8,950 se for avisada no próprio dia do delito. Depois de uma semana, o valor número pode chegar a US$ 115.849.

O estudo indicou que a criptografia de dados tem uma forte influência no custo médio do equipamento. Um notebook perdido com um disco rígido criptografado está avaliado em US$ 37.443, em comparação aos US$ 56.165 de uma versão não criptografada.

“As empresas precisam estar cada vez mais atentas e com maior controle dos seus dados corporativos, assegurando que seus sistemas de segurança estão aptos para o trabalho”, disse, em comunicado, Mooly Eden, vice-presidente e gerente geral do Grupo de Plataformas Portáteis da Intel.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Acabou! Fim da cobrança do ponto-extra é publicada no Diário Oficial

Por: Gladys Ferraz Magalhães
22/04/09 - 11h05
InfoMoney


SÃO PAULO - Foi publicada na edição desta quarta-feira (22), no DOU (Diário Oficial da União), a Resolução de número 528 da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que acaba com a cobrança pela programação no ponto-extra de TVs por assinatura.

De acordo com o texto publicado no DOU, a medida é necessária para o atendimento do interesse público e desenvolvimento das telecomunicações no Brasil.

A partir desta quarta-feira, as operadoras de TV a cabo só poderão cobrar pela instalação e eventual reparo da rede interna e dos conversores ou decodificadores de sinal ou equipamentos similares, desde que tais serviços estejam devidamente discriminados no documento de cobrança.

Além disso, a Resolução determina que os valores cobrados pelos serviços mencionados não podem ser superiores àqueles cobrados pelos mesmos serviços referentes ao ponto-principal.

Outras medidas
O documento traz ainda outras medidas favoráveis ao consumidor na relação com as empresas de TV por assinatura. Uma delas é a proibição à prestadora de cobrar do assinante o valor relativo à emissão do boleto bancário ou título de cobrança similar.

A outra diz respeito à fidelização, cujo prazo máximo passa a ser igual ou inferior a um ano, sendo que as regras e os valores decorrentes dela devem constar no contrato de prestação de serviços.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Definição de LOL

LOL (também escrito lol ,Lol ou LoL) é um elemento comum no internetês, historicamente iniciado no Usenet mas atualmente disseminado em outros meios de comunicação mediados por computador tais como IRC, mensageiros Yahoo!, MSN e muito utilizado também dos jogos de MMORPG, geralmente utilizado para representar risos. Lol é um acrónimo para "lots of laughs"[1][2][3][4] (que em português significa algo como "muitas risadas") ou, "laughing out loud" (algo como "rindo muito alto")[3].

LOL não é uma mania do "internetês", é apenas uma abreviação criada pelos próprios americanos - assim como OMG (Oh My God, "Ó meu Deus"), ou seja são termos existentes que apenas são citadas as iniciais de cada palavra.

Referências
↑ Matt Haig (2001). E-Mail Essentials: How to Make the Most of E-Communications. Kogan Page, 89. ISBN 0749435763.
↑ Louis R. Franzini (2002). Kids Who Laugh: How to Develop Your Child's Sense of Humor. Square One Publishers, Inc., 145–146. ISBN 0757000088.
↑ 3,0 3,1 (2005) American Heritage Abbreviations Dictionary 3rd Edition. Houghton Mifflin. Retrieved on 2007-08-03.
↑ Michael Egan. Email Etiquette. Cool Publications Ltd, 32,57–58. ISBN 1844811182.

Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 17 de abril de 2009

TIM compra Intelig

por IT Web*

17/04/2009

Adquirida possui cerca de 500 mil quilômetros de fibras óptica, um backbone de 14,5 mil km de cabos e uma rede metropolitana em 18 capitais


A TIM Participações, com interveniência da Docas Investimentos, anuncia acordo com a JVCO Participações e formaliza a aquisição da Intelig Telecomunicações. A compra se dará por meio da incorporação da Holdco Participações e, ao final da transação, 100% do capital social da empresa de telefonia fixa passará ao controle da TIM. O acordo de fusão foi concluído na quinta-feira (16/04), quando executivos das duas operadoras estavam reunidos no Rio de Janeiro. A transação ainda será submetida à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.

"A transação trará grandes perspectivas de crescimento e infraestrutura", comunicou a TIM por meio de fato relevante ao mercado. A operadora acredita que o movimento trará mais competitividade e pode acelerar sua estratégia na oferta de serviços convergentes que englobam telefonia móvel, fixa, banda larga e transmissão de TV.

Com receita de R$ 13,1 bilhões e lucro líquido de R$ 180 milhões no ano passado, a TIM atua no mercado de telefonia móvel, reúne clientela de 36,4 milhões de pessoas e registra receita média por usuário de R$ 29,90.

Ao incorporar a Intelig, que possui rede de fibra óptica no Brasil inteiro, a TIM planeja economizar despesas com conexão, uma vez que deixará de pagar pelo tráfego nas redes de terceiros, ampliando sua competitividade ante as demais operadoras Vivo, Claro e Oi, com as quais divide ambiente de concorrência acirrada. Além disso, a operadora de telefonia móvel terá subsídios para ampliar sua oferta corporativa.

O acordo firmado entre as partes prevê que, em virtude da incorporação do acervo líquido da Holdco Participações e do subsequente aumento de capital social da TIM Participações, a JVCO receberá um percentual de até 6,15% do total das ações ordinárias e até 6,15% das ações preferenciais emitidas pela TIM Participações à época da operação. Esses percentuais podem ser ajustados em função de eventual divida líquida da Intelig quando a operação for concluída.

A Intelig possui cerca de 500 mil quilômetros de fibras ópticas, um backbone de 14,5 mil km de cabos de fibra óptica e uma rede metropolitana em 18 capitais. Está previsto ainda que a fusão das duas operadoras selecione um dos códigos de longa distância - 41 da TIM ou 23 da Intelig, aquele que possuir marca mais valiosa -, a fim de cumprir regulamentação da Anatel que impede sobreposição de licenças.

*Com informações da Gazeta Mercantil

Brasil sobe de 10º para 5º lugar como destino global para outsourcing

Por Redação do COMPUTERWORLD
Publicada em 16 de abril de 2009 às 18h31

São Paulo - Estudo da A.T. Kearney mostra que País avançou cinco posições de 2005 a 2007; mercado de terceirização vai gerar US$ 101 bi em 2009.

O Brasil ocupa a quinta posição muncial como destino para offshore outsourcing, avançando cinco lugares em relação a 2005, quando estava no décimo lugar. A informação é parte de estudo realizado pela consultoria A.T. Kearney, a pedido da Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação).

A análise ressalta que o País está qualificado para competir com China, México, Argentina, Chile e outros países emergentes - à exceção da Índia - para receber recursos destinados a offshore nos próximos anos, cujas principais regiões contratantes são América do Norte e Europa.

De acordo com a consultoria, o mercado mundial de serviços offshore outsourcing atingirá 101 bilhões de dólares no próximo ano - 31 bilhões de dólares a mais que o alcançado em 2008. E o Brasil poderá disputar metade deste valor com outras economias emergentes.

No entanto, o estudo constata também que, para se posicionar entre os três principais players globais em termos de destino de offshore, o Brasil deve dar atenção especial à questão tributária neste e nos próximos anos.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

AL vai ser região com maior crescimento nos orçamentos de TI

Consultoria estima que este ano investimento em tecnologia da informação no território latino-americano avançará a uma taxa de, em média, 2,1%, contra 0,16% no resto do mundo.

Fabiana Monte, editora-assistente do COMPUTERWORLD
Publicada em 15 de abril de 2009 às 08h25

O orçamento de tecnologia na América Latina crescerá acima do nível mundial em 2009, segundo estimativas da consultoria Gartner. De acordo com Donald Feinberg, analista emérito da consultoria, em média, o budget de TI da região vai avançar a uma taxa de 2,1% neste ano, contra 0,16% previsto globalmente.

"As empresas querem fazer negócio aqui porque, embora o crescimento de 2,1% seja pequeno é maior do que em outros lugares", avalia Feinberg.

Apesar do otimismo do levantamento do Gartner, um recente estudo conduzido pela CIO Brasil, com mais de 170 líderes de TI, mostra que 78% adiaram ou planejar atrasar projetos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Blog diz que YouTube dará prejuízo ao Google

por Eric Zeman | InformationWeek Brasil

14/04/2009

Citando levantamento do Credit Suisse, autor do post informa que perdas com o serviço chegariam a US$ 471 milhões em 2009


O Google ainda não recuperou o valor investido na compra do YouTube, informou blog da InformationWeek EUA. De acordo com o Credit Suisse, cita o post, o YouTube levará do Google cerca de US$ 711 milhões em custos operacionais, enquanto a receita com publicidade deverá render, pelas projeções, US$ 240 milhões.

A analista de TI Carmi Levy pontuou algumas questões sobre o futuro do YouTube com o Google. Veja algumas delas:

- O YouTube tem custo operacional elevado

- O YouTube não traz muita receita se comparado com os custos operacionais

- Maioria das ações para alavancar a receita falhou

Com tantos pontos contrários, fica difícil ver um motivo para que o Google queira continuar rodando o serviço. Acordos com reconhecidos provedores de conteúdo, como Disney e Universal Music Group, podem fazer com que o YouTube se converta em um serviço lucrativo no futuro.

Hulu.com é um bom exemplo de sucesso nessa área de vídeos na web. O site hospeda conteúdo de cinema e televisão da Fox, NBC e outras emissoras e tem atraído anunciantes. O Google parece estar levando o YouTube para a mesma direção, mas há um longo caminho a percorrer.

Com o YouTube dando prejuízo de US$ 471 milhões para os cofres do Google neste ano, não deve demorar para que acionistas comecem a questionar e demandar respostas para a situação.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Globo investe em mobilidade

Emissora vai ampliar audiência com sinal em ônibus, metrô, trens e telefones celulares e prevê crescimento de 8%.

A transmissão para novas plataformas que se tornaram possíveis com o advento da televisão digital está na pauta da Rede Globo, que inicia nesta semana testes finais para levar seu conteúdo para telas em ônibus, metrô, trens, táxis e telefones celulares.

O diretor geral da emissora, o executivo Octávio Florisbal explicou que a exposição do conteúdo e da forma ainda depende de estudos definitivos. A emissora está mantendo negociações com as empresas que exploram mídias com mobilidade e portabilidade para definir modelo de negócios cuja base de remuneração será a publicidade. Nos telefones celulares, basta o consumidor ter aparelho com acesso ao sinal de TV para ter a programação à disposição. Nas telas em ônibus, por exemplo, ainda se discute o tempo da programação, mas elas têm capacidade para exibir a programação completa, como destacou o engenheiro Fernando Bittencourt, diretor da área de tecnologia da Rede Globo.

“Vamos ampliar a audiência com essas novas plataformas podendo transmitir a nossa programação que já chega a 55 milhões de lares em todo o País. Existem alguns desafios, como a qualidade do som, mas os estudos estão bem avançados. Temos que entender que o Brasil tem atualmente 12 milhões de lares com acesso à internet com banda larga e 150 milhões de celulares. A portabilidade e a mobilidade exigem que as TVs estejam com seus conteúdos disponíveis nesses meios”, disse Florisbal que afirmou que a Rede Globo teve crescimento de 13% no exercício de 2008 e que espera que as receitas tenham elevação de 8% neste ano, com a inflação já embutida.

Florisbal disse ainda que o barateamento dos celulares com acesso à TV vai ser divisor de águas na estratégia. “Para o Dia das Mães, têm fabricantes prometendo o equipamento por R$ 390. E a tendência é de baixar ainda mais o valor do produto”, acrescentou.

Florisbal comentou o balanço da Globo Comunicações e Participações, holding que controla a Rede Globo de Televisão, no qual a emissora exibe receitas de R$ 7,6 bilhões com publicidade “Foi um ano muito bom. Neste ano queremos ter desempenho semelhante, mas já sabemos que as despesas serão maiores. Por isso, estamos estimulando maior qualidade nos orçamentos para não comprometer o resultado. O primeiro trimestre deste ano, contrariando uma série de previsões negativas, foi excelente.

O segundo trimestre deverá ser mais moderado e o segundo semestre vai dar o equilíbrio final”, ressaltou o diretor geral da Rede Globo durante a apresentação da programação de 2009, que terá início na próxima segunda-feira com a novela “Caras & Bocas” e retorno de programas como “Casseta & Planeta” e “Toma lá da cá”.

Audiência é ponto nevrálgico na estratégia das emissoras de televisão. A Rede Globo quer recuperar a média de 22% do share obtido entre 1997 e 2007 nos mercados que integram o PNT (Painel Nacional de Televisão) composto por 14 mercados auditados com o aparelho people meeter do Ibope/Nielsen e que a partir do segundo semestre passará a contar com a cidade Goiânia. O pico de audiência desde que o PNT foi implantado na década de 90 foi o ano de 2006 com média de 24%. No ano passado a Rede Globo teve 19% do share de audiência.

“Este ano queremos chegar a 21%, mas o sonho é repetir 2006. Estamos atentos à concorrência e a melhor arma é fazer uma grade de programação com maior qualidade ainda. Essa diminuição, porém, não teve interferência na performance comercial. As agências fazem seus planos de mídia com base nas audiências por target”, justificou Florisbal.

A saudabilidade financeira é destacada por Floribal. Ele lembra que no início do ano 2000 a empresa chegou a cancelar seus pagamentos para promover reestruturação. Os débitos, segundo ele, foram provocados pelos investimentos na implantação da rede a cabo. “Devíamos US$ 2,6 bilhões, mas já pagamos U$ 2 bilhões. O restante pode ser pago até o ano de 2022. Temos US$ 2 bilhões em caixa e poderíamos quitar, mas como temos a alternativa de pagar US$ 5 milhões a cada mês, optamos pelo escalonamento”, ponderou Florisbal que vai manter o plano de investimentos de US$ 100 milhões por ano como prevê o plano trienal. A Rede Globo vai construir até 2011 um novo prédio no Rio de Janeiro, outro em Brasília e também em São Paulo.


Por Paulo Macedo
Fonte: PropMark (http://www.propmark.com.br/)
09/04/2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

As várias faces da Cisco

A empresa promove uma revolução em sua gestão - e com ela se aproxima do consumidor final

ROBERTA NAMOUR


Ganhamos relevância localmente e isso chamou a atenção da matriz"
RODRIGO ABREU, PRESIDENTE DA CISCO NO BRASIL, NA SALA DE TELEPRESENÇA DA COMPANHIA

O Brasil voltou ao centro das atenções da Cisco. E, desta vez, o motivo não tem nada a ver com o escândalo ocorrido em 2007. Na época, a companhia foi alvo de uma megaoperação da Polícia Federal, por suspeita de sonegação fiscal. Pedro Ripper, então presidente da empresa no Brasil, chegou a ser preso. Aliás, trata-se de um assunto que o novo presidente, Rodrigo Abreu, recusa-se a comentar. As luzes sobre a Cisco do Brasil se devem ao fato de que ela entrou na lista de prioridades pessoais de John Chambers, CEO da companhia. Isso porque a filial brasileira foi uma das mais aplicadas discípulas de uma filosofia desenvolvida por Chambers. O executivo promoveu uma profunda mudança cultural na companhia, implantou um sistema de gestão participativa e poucas subsidiárias absorveram a novidade com tanta rapidez quanto a brasileira. "Nossa estratégia fez com que ganhássemos mais relevância localmente e isso chamou as atenções da matriz", conta Abreu. No ano fiscal de 2008, o Brasil obteve o maior crescimento dentre todas as filias da Cisco no mundo - o faturamento aumentou em 48%. Trata-se de uma nova Cisco. A empresa democratizou seu poder - antes concentrado em um seleto grupo de dez executivos. O objetivo foi trazer ao mercado mais produtos em menos tempo. Esse modelo rendeu frutos que já podem ser encontrados no mercado. (leia o quadro na página 42) "Você não terá de depender do CEO nunca mais", disse Chambers. Na visão do professor de administração da FEA Hélio Teixeira, no entanto, o sistema não deixa de ser hierarquizado. "Apenas abre espaço para uma maior participação", diz.

A origem dessa reviravolta na companhia encontra-se no estouro da bolha da internet em 2001. Um ano antes, a Cisco havia conquistado uma proeza até então impensável: superou a Microsoft e alcançou o posto de empresa mais valiosa do mundo - seu valor de mercado atingiu US$ 579,2 bilhões, US$ 1 bilhão a mais que a Microsoft. Seu momento de glória, no entanto, durou pouco. Meses depois, com o estouro da bolha, enfrentou a pior crise de sua história, vendo suas ações despencarem para US$ 10 - chegaram a valer mais de US$ 77 no ano anterior. Na época, a empresa vendia apenas roteadores de grande porte para o segmento corporativo. Hoje, quase oito anos depois e num cenário de recessão mundial, a companhia possui US$ 29 bilhões em caixa. A grande virada, de acordo com Chambers, foi possível graças a duas lições aprendidas no passado: nunca mais depender de uma linha reduzida de produtos e saber socializar o poder. Uma grande mudança para uma empresa comandada por um republicano conservador assumido. "Ele sempre foi uma pessoa comando - controle", afirma Abreu. "Mas sua capacidade visionária fez com que pudesse preparar a companhia para uma transição antes do resto do mercado." Atualmente, ao menos 500 executivos espalhados pelo mundo têm autonomia para votar a aprovação de projetos. "Esse é um movimento natural para acompanhar a pressão da globalização, da sede por inovação. Para sobressair diante da concorrência, uma gestão mais participativa, com mais cabeças pensando, se torna fundamental", analisa Teixeira, da FEA. O professor explica que este modelo foi criado pelos japoneses em 1970 e ganhou o mundo em 1990. "No setor automobilístico, um dos pontos-chave do sucesso da Toyota foi a maior participação dos funcionários na gestão", lembra. Na Cisco, a estratégia foi facilitada pelo uso das ferramentas de comunicação integrada - como videoconferência holográfica - criada pela companhia. Desde o início do ano, o presidente da Cisco no Brasil já participou de três telepresenças com Chambers. Além da tecnologia fabricada pela empresa, a web 2.0 se tornou uma peça central nesse modelo de gestão participativa. Hoje, praticamente todos os principais executivos da companhia possuem um blog ou fazem parte de alguma rede social. A medida facilita a comunicação entre os tomadores de decisões e permite que todos os seus mais de 63 mil funcionários contribuam com ideias para o desenvolvimento de produtos.

"Projetos que antes demoravam seis meses para serem formulados, agora levam de 15 minutos a uma semana", afirma Chambers. No ano fiscal de 2008, a empresa aumentou dez vezes o número de novos projetos. Em contrapartida, as despesas operacionais diminuíram de 38% - índice da época do boom da tecnologia - para 35% e 36% atualmente. A presença da Cisco na internet também aproxima o consumidor final, uma quebra de paradigma em se tratando de uma empresa de sistemas e não de equipamentos eletrônicos. A Cisco usa a rede para ensinar as pessoas a utilizar os produtos que vende.

No Brasil, as novas faces da companhia têm um alvo certeiro. "Hoje a Cisco tem tudo para ajudar o Brasil a atingir seu desenvolvimento econômico", diz Rodrigo Abreu. "E essa é minha missão pessoal."

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Nova função do CIO: cuidar da imagem corporativa

Os executivos de TI precisam buscar o apoio de prestadores de serviços especializados em monitorar o ambiente de redes sociais, blogs e sites de relacionamento. Além disso, devem buscar formas de contornar a situação

Meridith Levinson, CIO EUA
Publicada em 07 de abril de 2009 às 08h00


A era da colaboração é uma realidade e, da mesma maneira que todos podem postar informações pessoais e conteúdos de seu interesse na web, alguns usuários das redes sociais passaram utilizar a internet como forma de difamar ou criticar marcas, empresas, produtos e pessoas.

Quando se trata de executivos, essa prática pode prejudicar um processo de recolocação profissional ou até provocar uma demissão. No entanto, quando as críticas atingem as companhias em si, os danos conseguem ser ainda maiores e difíceis de se contornar. Assim, além de monitorar redes sociais e comportamento de usuários internos, os CIOs devem ter certeza de que sabem de toda e qualquer menção da organização feita na web.

A tarefa pode parecer impossível, mas não é. Atualmente já há prestadores de serviços especializados nesse mercado de monitoramento de comunidades, blogs e sites de relacionamentos. Os relatórios resultantes de tal trabalho devem ser endereçados pelo gestor de TI à área de marketing da companhia para avaliação.

Quando uma ocorrência negativa ou mentirosa acontecer, então, o problema precisa ser controlado pelo CIO. Como? Apagando ou corrigindo tal informação na rede.

Para realizar essa tarefa, os executivos de TI precisam entrar em contato com o administrador do site em questão para solicitar uma resposta ou a retirada do conteúdo em casos extremos. Se a página for anônima, podem buscar o provedor que mantém a página e tentar resolver a questão. No caso de informações extremamente ofensivas, a companhia pode, até, processar o autor da publicação.

No Brasil, atualmente, não existe uma lei específica para os crimes digitais, mas sites, blogs e outras interfaces públicas são aceitas como provas em casos de difamação, calúnia e assédio moral, por exemplo.

É importante ressaltar que a reputação da companhia representa um bem de todas as suas áreas corporativas e que, para mantê-la do modo desejado, deve haver a interação do CIO e o alto comando das outras áreas de negócio.

Mainframe chega aos 45 anos

São Paulo - Equipamento passa das quatro décadas no mercado respondendo por 70% das aplicações de missão crítica do mundo.

Por Vinícius Cherobino, editor-assistente do COMPUTERWORLD
07 de abril de 2009 - 06h30

Nesta quarta-feira (07/04), a IBM comemora os 45 anos do mainframe. A data marca o início da comercialização do equipamento pela fabricante e a comemoração é justificada. Passados mais de 40 anos, o mainframe continua mostrando seu vigor junto ao mercado corporativo.

Mas sua história começa algumas décadas antes, com a criação do primeiro computador, o ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Calculator) para o Exército dos Estados Unidos, em 1946. Mais avançado do que as caixas registradoras e máquinas eletromecânicas, este novo produto usava válvulas, ocupava salas inteiras e pesava 27 toneladas.

A segunda geração da computação, na década de 60, foi marcada pela oferta comercial, utilização de transistores e pela conquista de clientes empresariais além das universidades e agências do governo. Diversas companhias como IBM, Burroughs, UNIVAC, NCR, Control Data, Honeywell, General Electric e RCA iniciavam a disputa por um mercado que amadureceu, e muito, ao longo deste período.

Após a revolução da computação local, que começou na década de 70 e ganhou corpo nos anos 80, a arquitetura cliente-servidor promove a descentralização dos recursos, possibilitada pelo desenvolvimento de servidores mais baratos em x86 ou Risc, entre outras mudanças. Naquele momento, muitos sentenciaram: “o mainframe está morto”.

Hoje, na entrada do século 21, o mainframe continua indiscutivelmente vivo. De acordo com Share, grupo independente de usuários IBM, 70% das aplicações de missões crítica no mundo rodam em plataforma alta. Já a consultoria Ovum afirma que sua capacidade de processamento cresce 20% ao ano, enquanto as empresas consumem em média mais 35% MIPS (milhões de instruções por segundo) por ano. Isso significa compra de máquinas e mercado em expansão.

Para se ter uma ideia, a IBM tem 25 bilhões de dólares de receita de vendas, software, serviços e financiamento originados destas máquinas. O montante significa um quarto do faturamento total da fabricante.

O mainframe não só não está morto como alguns defendem que ele está renascendo em pleno século 21. “A plataforma alta está atraindo os grandes clientes de volta. A possibilidade de usar código aberto, como Linux e Java, reforça o interesse no mainframe”, diz Olímpio Pereira, gerente de vendas de mainframe para América Latina da BMC Software.

A empresa de software, que possui 47% da sua receita mundial de 1,9 bilhão de dólares vinculada ao mainframe, acredita que a plataforma alta está sendo encarada até como concorrente de projetos de virtualização em x86. “As empresas já descobriram os custos ocultos da computação distribuída. Se o cliente tem uma nova aplicação e quer alta disponibilidade e segurança ao mesmo tempo em que mantém um baixo custo de operação, o mainframe é ótima opção”, defende o executivo.

Amilcar Silveira, engenheiro da Attachmate, ressalta que o mainframe está na base de diversos projetos modernizadores nas empresas. “Seja com aplicações como a arquitetura orientada a serviços, SOA, ou com a integração de banco de dados e servidor de aplicações, a plataforma alta não é só legado”, garante.

Silveira conta que a Attachmate tem até 80% do seu faturamento anual, na casa dos 10 milhões de reais, vinculados ao mainframe. “Em nenhum momento, os bancos e operadoras de telecom deixaram de investir na plataforma”, defende.

Mainframe no mundo atual
Paulo Biamino, gerente de TI da Kimberly-Clark, destaca a evolução da área de tecnologia desde a época do mainframe. Ainda que naquele período houvesse “maior disciplina em relação aos processos internos, talvez pelos preços dos equipamentos serem maiores”, o executivo destaca que “não faz qualquer falta o isolamento que a área se submetia, ficando à margem do negócio”.

O CIO ressalta a diferença na quantidade de cursos que formam profissionais especializados em tecnologia. “Naquela época, a maioria dos profissionais saia de engenharia eletrônica, administração, matemática ou ainda física. Hoje, temos uma oferta muito maior e a formação é mais específica”, complementa.

Essa grande variedade de especializações em tecnologia pode, no final, ser nociva ao mainframe. Diversas linguagens de programação clássicas para esse ambiente como Cobol ou Basic não contam com a formação de novos especialistas. “Muitas empresas estão se esforçando para ter novos profissionais em Cobol. Há um risco grande de que a mão-de-obra fique velha e todo o conhecimento fique nas mãos de uma pessoa”, alerta Pereira, da BMC.

Resta saber se os esforços serão suficientes para atender a demanda de profissionais, especialmente se o mainframe estiver renascendo. Dados da Associação Brasileira de Profissionais de Cobol (ABPC), apontam que 80% dos profissionais na linguagem no Brasil têm mais de 15 anos de experiência. Apenas com esta questão resolvida, será possível defender um verdadeiro renascimento do mainframe.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Redes sociais: corporações esbarram em questões técnicas e comportamentais

Entre os problemas enfrentados pelos executivos de TI em relação à adoção dos projetos estão questões de métricas de produtividade, políticas e controles, papéis e responsabilidades, modelos de participação dos empregados e cultura dos usuários

ComputerWorld/China
Publicada em 06 de abril de 2009 às 14h29


Mesmo que já apontadas como uma tendência da qual as empresas não podem fugir, as redes sociais ainda estão longe de ser uma realidade em grande parte das companhias do mundo. De acordo com levantamento realizado pelo Burton Group - consultoria norte-americana de negócios e TI -, os CIOs e outros responsáveis pela implementação dessas iniciativas de colaboração ainda enfrentam dificuldades técnicas e comportamentais na busca pelo sucesso desses projetos.

Segundo a pesquisa, até mesmo companhias que têm negócios voltados à inovação continuam tendo um notável nível de incerteza em relação ao uso das redes sociais. O estudo ainda aponta que as questões gerenciais são os maiores desafios das organizações que pretendem fazer uso das iniciativas.

Entre os problemas enfrentados pelos executivos de TI estão questões de métricas de produtividade, políticas e controles, papéis e responsabilidades, modelos de participação dos empregados e dinâmicas culturais.

Ainda de acordo com o Burton Group, o núcleo do problema também está na falta de conexão entre rede social e a cultura corporativa tradicional. As iniciativas de colaboração precisam ser vistas menos como uma questão tecnológica e mais como uma ferramenta de negócios. Para isso, é necessária uma mudança de comportamento, afirmam os especialistas.

Pelo diagnóstico da consultoria a adoção das redes sociais nos negócios será lenta. Muitas companhias não implementarão projetos relacionados ao tema até que consigam enxergar claramente os benefícios alcançados por outras empresas.


Robert Clark, editor da Computerworld, da China

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Redes sociais podem tornar funcionários até 9% mais produtivos, diz estudo

Por PC Advisor/Reino Unido
Publicada em 02 de abril de 2009 às 15h06
Atualizada em 03 de abril de 2009 às 09h24

Londres - Universidade de Melbourne indica que aqueles que navegam em sites como Facebook, Twitter e Orkut são mais produtivos no escritório.O uso de redes sociais e serviços online, como Twitter, Facebook e Orkut, no trabalho podem fazer de você um funcionário mais produtivo, afirma estudo divulgado pela Universidade de Melbourne nesta quinta-feira (02/04).

Segundo o estudo, 70% dos funcionários usam a internet no escritório para fins pessoais. Este grupo se mostrou 9% mais produtivo e criativo em comparação àqueles que não usavam a internet para fins de diversão.

"A navegação corporativa para fins pessoais pode melhorar a concentração dos funcionários", afirmou Brent Coker, do departamento de marketing da universidade. "As pessoas precisam relaxar um pouco para terem de volta sua concentração".

A navegação para fins pessoais inclui atividades como procurar informações online, ler sites de notícias, jogar games, se atualizar sobre seus amigos ou ver vídeo no YouTube.

"Intervalos curtos para navegar na internet permitem que a mente descanse, levando a uma concentração maior durante as horas de trabalho, o que aumenta a produtividade", detalha.

"Empresas gastam milhões em softwares para bloquear vídeos, redes sociais ou sites de e-commerce para seus funcionários partindo da premissa que tais atividades lhes custam milhões de dólares em produtividade. Este não é o caso", continua.

Cooker afirmou que as particularidades do estudo dizem respeito a funcionários que navegam, no máximo, um quinto de seus horários.

"Aqueles que tenham tendências ao vício de internet terão níveis de produtividade menos daqueles que não têm", afirmou.

Google negocia aquisição do Twitter

Por Redação do IDG Now!
Publicada em 03 de abril de 2009 às 08h44
Atualizada em 03 de abril de 2009 às 09h41

São Paulo - Negócio envolveria valor em dinheiro e em ações, diz blog TechCrunch.O Google está discutindo uma possível aquisição do Twitter, segundo fontes ouvidas pelo blog TechCrunch, de acordo com post publicado nesta sexta-feira (03/04).

Caso a negociação se confirme e avance, o Google oferecerá dinheiro e/ou ações públicas próprias como forma de pagamento, afirmam as fontes. Os envolvidos não souberam citar o preço discutido.

No final de 2008, o Facebook tentou comprar o Twitter por um preço estimado de meio bilhão de dólares, mas as negociações não avançaram. O pagamento seria feito em participação na rede social.

As duas pessoas próximas ao negócio afirmam que as negociações estão em estágio avançado, muito embora o blog admita ter ouvido uma terceira fonte que afirma que o processo ainda está no seu início.

Além da compra, ambas as companhias pleiteiam também a possibilidade de trabalharem juntas em um sistema de busca em tempo real.

Caso as fontes do TechCrunch estejam certas, essa seria o segundo produto criado por Evan Willians que o Google compraria - o primeiro foi a plataforma de blogs Blogger, adquirida em 2003.

Orange cria ferramentas para ampliar eficiência das múltis

São Paulo, 2 de Abril de 2009 - Acelerar a rede, criar um serviço próprio de mensagens instantâneas, usar o telefone celular fora do País sem arcar com uma tarifa elevada e ter a possibilidade de substituir reuniões de executivos de vários países por uma teleconferência de alta fidelidade são providências que as clientes multinacionais da operadora de redes corporativas Orange passaram a contar para colaborar no enfrentamento da crise.

Segundo o principal executivo da subsidiária responsável pela América Latina da Orange Business Services, Mauro Cruzeiro, as grandes empresas precisam economizar onde for possível para enfrentar a turbulência trazida pela crise financeira internacional.

Porém, não podem perder eficiência, sob risco de ver os efeitos da crise agravados.

Acelerador em ação

O acelerador de redes constitui-se numa das mais produtivas medidas de melhorar o tráfego. Trata-se de um equipamento que, uma vez instalado na rede corporativa, enxerga o conteúdo que está sendo trafegado. "Por ter a condição de discriminar os conteúdos, o acelerador permite à empresa estabelecer prioridades, segurando um email por cinco minutos e passando na frente o envio de um aplicativo, um pacote importante para a operação do negócio em si", afirmou Cruzeiro.

"É comum as empresas, até mesmo as grandes multinacionais, não identificarem o que está sendo levado por dentro de suas redes corporativas, assim como é frequente os funcionários acessarem sites de vídeos e outros endereços na web que consomem banda significativa em horários de pico, em detrimento do que é essencial", segundo Cruzeiro.

Por isso, a adoção do acelerador funciona como otimização importante da rede. O acelerador é produzido por empresas como Cisco, Packeetea (Blue Coat), Junniper e Riverbed. A Orange faz a instalação e presta serviços de gerenciamento, disse o diretor de marketing Renato Leite.

Ele acredita que todas as grandes empresas terão acesso ao acelerador, pelo grau de eficiência atingir ganhos de 20% a 30%. "É uma forma de ampliar a rede sem precisar contratar novos circuitos", resumiu.

Mensagens instantâneas

A criação de um serviço de mensagens instantâneas privativo também tende a contribuir para a segurança e eficiência das grandes multinacionais, acredita Cruzeiro, o principal executivo da multinacional francesa para a região da América Latina.

"É sabido que operações de milhões de dólares têm sido fechadas por executivos do mercado financeiro e de capitais por meio de troca de mensagens do MSN, o popular comunicador instantâneo da Microsoft. Estamos criando um ambiente privativo para que essas operações sejam fechadas em segurança, com criptografia, gravação de histórico", disse Cruzeiro.

O primeiro ambiente restrito está em produção e se refere a uma operadora financeira. A tendência é de proliferação devido à facilidade de comunicação, e o cerco de segurança. "Usamos esse expediente internamente na Oracle e com ele evitamos tráfego de voz internacional", afirmou Leite, do marketing.

Investimentos

A operadora não especifica valores investidos, mas conta que acaba de concluir um projeto que multiplicou por duas vezes e meia a capacidade de trafegar dados de sua rede latino-americana, a fim de poder captar novos clientes ou novas demandas dos clientes existentes.

A Orange disputa mercado com Telefónica, Telmex, BT e AT&T, e no ano passado, apesar de um último trimestre abalado pela crise internacional, constatou crescimento de 1% em suas receitas, totalizando € 7,7 bilhões.

A expansão da rede regional ocorreu pela contratação de novos serviços de fibra óptica, nos quais foram instalados equipamentos de gestão da rede. Entre os fornecedores estão Embratel e Global Crossing, disse Cruzeiro. E na clientela há empresas como a Souza Cruz, Alcoa, Weg e outras locais.

Telepresença

A telepresença é uma ferramenta muito apropriada às empresas que têm operações espalhadas pelo planeta. Trata-se de um equipamento de alta fidelidade que permite reuniões quase "presenciais" entre executivos, com áudio e vídeo sincronizados em tempo real.

Para obter o ambiente adequado, as empresas têm de investir de R$ 200 mil a R$ 300 mil, além de ter de contar com largura de banda elevada em redes corporativas. "Enquanto uma videoconferência utiliza 512 kbps, uma reunião de telepresença precisa de 5 Mbps", afirmou Cruzeiro. Trata-se de uma diferença importante, mas o resultado também é muito melhor. "É como comparar uma TV de tubo e uma de LCD", brincou o executivo.

Sensatez na conta celular

Outra providência de ecnomizar com aumento de eficiência está sendo lançado pela Orange e se trata de um aplicativo que permite usar o celular fora do País sem enfrentar os gastos costumeiros de roaming. "O executivo brasileiro vai aos Estados Unidos e recebe ligações em seu celular. Tais chamadas serão roteadas pela Oracle para uma linha local americana, de tal forma que a conta subsequente será de ligação local e não de longa distância". Segundo Cruzeiro, o serviço será competitivo ao Skype, que pertence ao Google e completa chamadas pela internet, cobrando tarifas muito menores quando as completa em telefones fixos ou celulares, e sem nenhum custo quando de computador a computador. O serviço vai ser chamado de "Business Talk Mobile". No Brasil a previsão de entrada em operação desse novo meio é maio, quando a licença solicitada pela empresa tiver sido concedida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), conforme Cruzeiro.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)(Thaís Costa)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Cloud Computing: sabe o que é isso?

Conheça as vantagens da computação nas nuvens

A denominação Cloud Computing chegou aos ouvidos de muita gente nos últimos anos, mas tudo indica que ouviremos esse termo cada vez mais. Também conhecido no Brasil como Computação em Nuvem, Cloud Computing se refere à idéia de utilizarmos, em qualquer lugar e independente de plataforma, as mais variadas aplicações através da internet com a mesma facilidade de tê-las instaladas em nossos próprios computadores. Saiba mais!


Extraindo valor nas redes sociais

Brasileiros investem 34% do tempo em blogs ou redes sociais. Veja opiniões sobre as oportunidades nestes ambientes.

Assunto do momento, as redes sociais estão atraindo cada vez mais a atenção, diante da audiência crescente de comunidades e fenômenos de conectividade como o Twitter (rede social que mais cresce nos Estados Unidos e que no último ano saltou de 600 mil para 6 milhões de usuários).

No País, o TGI/Ibope já apontou que hoje os brasileiros investem 34% do tempo em blogs ou redes sociais. Entre outros aspectos, a discussão envolve como as marcas podem se relacionar com o público de comunidades, blogs de uma forma não intrusiva e trazer resultados positivos a partir da criação de estratégias baseadas nas novas mídias.

O tema foi um dos mais abordados no Web Expo Fórum 2009, realizado em São Paulo Paulo Cesar Queiroz, vice-presidente executivo da DM9DDB, destacou que as marcas podem extrair valor das redes sociais, mas não através de um formato tradicional de publicidade.

Para o executivo, existem três formas:
• uma delas é monitorar o que se fala sobre as marcas nesses ambientes (que tem um efeito multiplicador);
• a segunda é estabelecer um relacionamento interativo, mas ele observa que a empresa tem de estar preparada para dar uma resposta que reverta uma situação negativa, por exemplo, sempre com clareza e transparência num tom institucional;
• por último, funcionar como prestador de serviço, criando ferramentas tecnológicas com informações sobre previsão de tempo, por exemplo, entre outros gadgets.

Sobre a publicidade em redes sociais, Queiroz afirma que é contra. “Eu sou contra, porque esses ambientes não são espaços comerciais e a publicidade pode ser tornar invasiva. Acho que as marcas podem prestar serviço, assinar algumas comunidades. Existem outras formas de monetizar as redes, é possível até tratar uma rede social como um evento, convidando as pessoas a se divertirem e ter uma experiência efetiva com a marca”, afirmou Queiroz.

Marco Gomes, sócio da Boo-box, empresa que faz gestão de publicidade em mídia online, discorda da visão do publicitário. Para Gomes, dependendo do formato adotado, o anúncio não é invasivo. “Desenvolvemos formatos em que a publicidade aparece no meio do texto e o usuário só clica se quiser”, explicou ele. A boo-box lançou na última semana um sistema de publicidade para mídias sociais, com o objetivo de auxiliar as marcas a utilizarem espaço publicitário na web.

Como medir

Marcelo Coutinho, diretor de análise de mercado do Ibope, falou durante o Web Expo Fórum sobre como medir as ações nas redes sociais e das metodologias desenvolvidas pelo Ibope. Para ele, no ambiente da web 2.0 o essencial para uma marca é sua relevância, prestígio e capacidade de liderar e influir na opinião dos outros. “Estamos desenvolvendo no Ibope métricas e metodologias de pesquisa, entre elas uma metodologia de análise de conteúdo e identificação de formadores de opinião em redes sociais”, contou Coutinho.

O executivo destacou que o uso da internet no processo de compra de imóveis, como fonte de informação, superou até os classificados dos jornais. A pesquisa “Tendências Imobiliárias” realizada pelo Ibope em São Paulo com mais de 2 mil pessoas das classes A, B e C, interessadas em comprar imóveis, mostrou que 49% delas citaram a internet como fonte de informação na busca por imóveis, 44% os classificados de jornais e 27% as imobiliárias e corretores.


Por Kelly Dores
Fonte: PropMark (www.propmark.com.br)
01/04/2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Executivo ou sacerdote? O que é melhor?

O executivo eficaz não deve ter vocação sacerdotal. Veja artigo de consultor que faz provocações sobre os tipos de lideranças existentes dentro de uma organização.

O fato da realidade é que o livro “O Monge e o Executivo”, classificado na revista Veja na categoria de auto-ajuda e esoterismo, ocupa por mais de três ou até quatro anos consecutivos a relação dos mais vendidos.

Impressiona-me a quantidade de pessoas com quem convivo nos eventos que coordeno sobre “Gestão de Pessoas e Liderança”, que mencionam os conceitos transmitidos pelo seu autor James Hunter.

O dado da realidade comprova que realmente além de continuar relacionado entre os mais vendidos, as lições têm trazido grandes repercussões e impactos nos profissionais das empresas brasileiras. No entanto, sinto-me extremamente constrangido e consternado com as ilações e interpretações que a grande maioria dos leitores fazem dos ensinamentos transmitidas nas 139 páginas deste livro.

Já ouvi, ninguém me contou, afirmações que induzem nivelar as responsabilidades do verdadeiro líder com as de um sacerdote, monge, bispo ou assemelhado.

Prestando muito cuidado, atenção e zelo com o conteúdo e o tom de minhas palavras, para não desrespeitar ou ofender os valores privilegiados pelos alunos, não devo me furtar o direito de fazer algumas observações sobre a realidade objetiva e concreta do nosso dia-a-dia.

Faço as seguintes explicações:

• As diferenças entre executivo e sacerdote não existem apenas no plano conceitual/teórico, mas notadamente nas concepções, princípios, valores e, principalmente, nas motivações.

• Um dos principais compromissos das instituições religiosas e seus líderes são com a vida depois da morte.

• Um dos principais compromissos das empresas e de seus executivos são com resultados positivos (lucro) enquanto vivos e, simultaneamente, desenvolver o talento das pessoas que lideram, criando um ambiente de trabalho descontraído, alegre e produtivo.

• As atribuições de um verdadeiro líder gestor de pessoa parecem ser incompatíveis com a de um sacerdote.

• Os objetivos sacerdotais são o pregar e catequizar as “verdades inquestionáveis”, contidas na Torá (Livro sagrado da Lei. A tábua eterna do Sinai, pergaminho imenso e venerável) no Corão ou na Bíblia.

• Os verdadeiros líderes têm dúvidas suficientes para questionar, desafiar, colocar em cheque e testar novas idéias e posições (Warren Bennis).

• O tempo para o sacerdote é elástico, pois suas missões não têm necessariamente prazo nem custo para serem cumpridas.

• O dinheiro é arrecadado de seus devotos, praticantes e crentes.

• O tempo para o executivo é inelástico, é de reposição impossível, pois suas missões têm sempre prazos e custos envolvidos.

• O dinheiro das empresas é captado através dos acionistas que precisam ter retorno, pois se trata de uma responsabilidade social, que é a única maneira de promover o desenvolvimento da sociedade, gerando novos empregos na busca incessante de diminuir a miséria gerando riqueza e bem estar social ao mesmo tempo.

• Para as principais religiões o “sofrimento” é purificador. Exemplo: “Chorai e gemei neste vale de lágrimas, porque o vosso reino será dos céus”, não é o que pregam?

• Hoje as empresas estão investindo muito dinheiro com pesquisas de clima organizacional para garantir a criação de uma cultura em que seus colaboradores não “sofram” com comportamentos inadequados e autoritários de seus lideres.

• Os executivos estão cada vez mais buscando a diversidade de opiniões, valorizando as diferenças e não as semelhanças.

• Os sacerdotes convivem com o silêncio e a obediência de seus seguidores.

• A única resposta que os verdadeiros líderes devem se negar a receber de seus colaboradores é o silencio, não a divergência. (Warren Bennis).

Obediência não, disciplina sempre

Obediente, segundo Aurélio, significa: submisso, vassalo, dócil e humilde. Dócil e humilde, quando apresentados como sinônimos de submisso e vassalo, adquire significado diferente. É extremamente agradável e gratificante conviver com pessoas dóceis e humildes, ao contrário de agressivas e arrogantes. Submissão e obediência significam aceitar, passivamente, verdades inquestionáveis.

Confesso ter enorme dificuldade em aceitar repartir o mundo entre as pessoas com base em princípios que exigem obediência. A visão maniqueísta do mundo não deve existir na realidade das organizações de sucesso. A “tirania do ou”, (viva a “genialidade do e”), conforme consta nas páginas 74, 75 e 76 do livro “Feitas para durar”, de James Collins e Jerry Porras. Eles comprovam cientificamente esta minha afirmação.

Se você, como gestor e líder de pessoas, estiver em busca apenas da obediência, recomendo que mude de profissão, pois ainda a tempo suficiente para se tornar um Sacerdote. Há uma enorme diferença entre pessoas “obedientes” e “disciplinadas”. Defendo e admiro, ardorosamente, os disciplinados e desobedientes / questionadores, jamais os indisciplinados e obedientes / vassalos.

Os simplesmente obedientes merecem minha indiferença, que é um sentimento difícil de brotar no meu coração, mas não posso negar que sinto.

Indivíduos que cumprem ordens sem saber porque as estão cumprindo são absolutamente dependentes não merecendo, no meu entender, estar na folha de pagamento da sua empresa. Nem mesmo o líder deles. Nos momentos de crise, que nunca na história da humanidade foram eternas e permanentes, podemos admitir a “obediência consciente”, lúcida, em benefício do bem comum.

Quem é excessivamente obediente, sempre faz tudo sem saber o que está fazendo. São verdadeiros “paus mandados”, na maioria das vezes adoradas e idolatrados pelos seus “chefetes”, não líderes, pois não lhe estimulam o pensamento divergente na busca de sufocar qualquer situação de conflito, que, no meu entendimento, é algo inerente na vida de qualquer ser vivo e em crescimento.

Questionamento final: qual é, no fundo mesmo, a sua vocação: executivo ou sacerdote?

Danuza Leão, em seu artigo na Folha de S.Paulo de 15 de março de 2009, afirma que “não se incomodaria nem um pouco se fosse excomungada”. Pegando carona nesta frase eu também “não me incomodaria nem um pouco se fosse exonerado de uma organização que tivesse valores determinísticos e prescritivos na gestão de pessoas”.

Aliás, solicitaria demissão antes que isto viesse acontecer, mesmo com toda crise por que estamos passando.



Por João Alfredo Biscaia (Consultor Sênior do Instituto MVC. Website: www.institutomvc.com.br)
HSM Online
31/03/2009