quarta-feira, 8 de abril de 2009

Nova função do CIO: cuidar da imagem corporativa

Os executivos de TI precisam buscar o apoio de prestadores de serviços especializados em monitorar o ambiente de redes sociais, blogs e sites de relacionamento. Além disso, devem buscar formas de contornar a situação

Meridith Levinson, CIO EUA
Publicada em 07 de abril de 2009 às 08h00


A era da colaboração é uma realidade e, da mesma maneira que todos podem postar informações pessoais e conteúdos de seu interesse na web, alguns usuários das redes sociais passaram utilizar a internet como forma de difamar ou criticar marcas, empresas, produtos e pessoas.

Quando se trata de executivos, essa prática pode prejudicar um processo de recolocação profissional ou até provocar uma demissão. No entanto, quando as críticas atingem as companhias em si, os danos conseguem ser ainda maiores e difíceis de se contornar. Assim, além de monitorar redes sociais e comportamento de usuários internos, os CIOs devem ter certeza de que sabem de toda e qualquer menção da organização feita na web.

A tarefa pode parecer impossível, mas não é. Atualmente já há prestadores de serviços especializados nesse mercado de monitoramento de comunidades, blogs e sites de relacionamentos. Os relatórios resultantes de tal trabalho devem ser endereçados pelo gestor de TI à área de marketing da companhia para avaliação.

Quando uma ocorrência negativa ou mentirosa acontecer, então, o problema precisa ser controlado pelo CIO. Como? Apagando ou corrigindo tal informação na rede.

Para realizar essa tarefa, os executivos de TI precisam entrar em contato com o administrador do site em questão para solicitar uma resposta ou a retirada do conteúdo em casos extremos. Se a página for anônima, podem buscar o provedor que mantém a página e tentar resolver a questão. No caso de informações extremamente ofensivas, a companhia pode, até, processar o autor da publicação.

No Brasil, atualmente, não existe uma lei específica para os crimes digitais, mas sites, blogs e outras interfaces públicas são aceitas como provas em casos de difamação, calúnia e assédio moral, por exemplo.

É importante ressaltar que a reputação da companhia representa um bem de todas as suas áreas corporativas e que, para mantê-la do modo desejado, deve haver a interação do CIO e o alto comando das outras áreas de negócio.

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