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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Aproveite o tempo para ser estratégico

CIOs de sucesso compartilharam suas técnicas para aproveitar o tempo para pensar estrategicamente.


Junho de Drewry, Madeline Weiss, CIO
Seu dia já está abarrotado e a longo prazo. No entanto, cada comentarista diz que você precisa ser mais estratégico. Como encontrar tempo para pensar estrategicamente sobre o posicionamento de sua empresa para ganhar e sustentar uma vantagem competitiva?
Em reunião recente da Sociedade para a Gestão da Informação do Advanced Practices Council (APC), CIOs de sucesso compartilharam suas técnicas para aproveitar o tempo para pensar estrategicamente.

Faça disso um hábito


Dois membros da APC reservam um tempo livre em suas agendas: um após o horário comercial e outro antes do horário comercial - para o pensamento estratégico. Outra novidade é a inclusão do trabalho externo na agenda, pelo menos um dia por semana, para evitar ser surpreendido em questões táticas.
Um deles usa seu tempo em uma aula programada de gestão para se perguntar questões estratégicas, tais como, "O que eu perdi?"
Encontre colegas
Muitos CIOs patrocinam a formação de Câmaras de TI para incentivar o pensamento estratégico entre os gerentes de TI e, em alguns casos, todo o pessoal de TI.
Adrian Gardner, CIO do NASA Goddard Space Flight Center, procura ideias de pensadores estratégicos e faz questão de incluir o pessoal com menos de dois anos de mandato nas sessões de estratégia de TI.
Steve Heilenman, CIO da Computer Aid, mantém um programa semanal Inovação, àssextas-feira, para o qual convida um grupo de "pensadores loucos e depravados", rotativo.
Outras técnicas são:
1 - Marcar três reuniões por semana com colegas de fora para aprender o que eles estão pensando.
2 - Leve os líderes empresariais para jantar fora regularmente para ouvir suas ideias e aprender sobre seus pontos críticos. E não esqueça da "lista de cerveja" - ideias para o futuro que são exploradas no bar.

Procure perspectivas fora


Participe de reuniões da associação com grandes oradores e cultive relacionamentos com CIOs que já se destacaram pelo "pensamento estratégico". Vários membros da APC enfatizam também o valor da conexão com empresas de capital de risco.


Simon Gauthier, CIO do Banco Interamericano de Desenvolvimento, envolve um professor da Universidade Georgetown como facilitador de seus encontros trimestrais de estratégia com sua equipe para garantir que eles conheçam as perspectivas de mercado.
Junte tudo
Lembre-se:



Em primeiro lugar, adote as práticas que se ajustem à sua personalidade e ao seu estilo de vida. Se o pensamento por si só não funciona para a sua personalidade extrovertida, não lute contra ele.
Segundo: você não pode ter todas as respostas estratégicas. Recrute uma ampla rede de insiders e outsiders para fornecer novos insights - e desafiar o seu pensamento.
Terceiro: encontre maneiras para empurrar-se para fora de sua zona de conforto.

(*) Madeline Weiss é diretora da Sociedade para a Gestão da Informação do Conselho avançada Práticas (APC). Drewry junho é o ex-CIO da Chubb e um conselheiro contribuindo para a APC.

Fonte: CIO Online

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Os dez perfis de profissionais mais demandados em 2011

Levantamento da Computerworld detecta que 23% dos CIOs querem aumentar as equipes no próximo ano.

Por Computerworld US
14 de setembro de 2010 - 07h00

O Natal chegou mais cedo para a diretora de sistemas de informação da Health Alliance – prestadora de serviços de saúde que atua no mercado norte-americano –, Nicole Thompson. Graças à exigência da implementação do prontuário eletrônico, o orçamento de sua área para 2011 prevê a contratação de 11 novos funcionários de TI.

Uma pesquisa global realizada pela Computerworld, entre junho e julho de 2010, detectou que, assim como Nicole, 23% dos CIOs pretendem incrementar suas equipes nos próximos 12 meses. Em contrapartida, 22% querem reduzir o número de profissionais e a maioria (55%) pretende manter o atual quadro de funcionários.

“As empresas voltaram a falar em contratação”, avalia o diretor-executivo do segmento de TI da consultoria em recrutamento Robert Half, Dave Willmer. “Organizações que cortaram equipes ou congelaram vagas estão percebendo que precisam de novos funcionários para melhorar os sistemas e se preparar para um potencial crescimento dos negócios”, complementa.

A seguir, acompanhe as dez áreas que mais demandarão profissionais de TI em 2011, de acordo com o estudo da Computerworld.

1. Programação e desenvolvimento de aplicação
Entre as empresas que pretendem contratar, cerca de 47% estão em busca de pessoas com experiência em programação ou desenvolvimento de aplicações. Na mesma linha, um estudo da empresa de recrutamento Monster.com mostra que 75% das vagas em aberto na área de TI demandam profissionais com experiência em aplicação.

Para o CEO e principal executivo de pesquisas da consultoria em TI Foote Partners, David Foote, essa demanda reflete a necessidade das empresas se reposicionarem no mercado e utilizarem a tecnologia para aumentar negócios.

2. Gestão de projetos
A vice-presidente de TI do banco Comerica, Kathleen Kay, colocou a contratação de gestores de projetos na lista das prioridades para 2011. Com 140 iniciativas de TI programadas para o próximo ano, ela informa que precisará de pessoas com conhecimento nas áreas de internet, mobilidade, gestão de soluções financeiras e administrar aplicativos legados.

Kathleen ressalta, no entanto, que a contratação de profissionais será acompanhada por uma política agressiva para retenção dos atuais talentos de TI. “Acreditamos que o sucesso depende do investimento no conhecimento das pessoas”, complementa a executiva.

A capacidade em gerenciar projetos aparece como uma característica desejada por 43% das empresas que responderam à pesquisa da Computeworld e que planejam realizar novas contratações em TI.

3. Help desk/suporte técnico
Só 20% dos usuários da Microsoft migraram para o Windows 7 até julho de 2010. “Isso significa que existe espaço para que 80% realizem essa mudança. E não é uma questão de escolha”, avalia o diretor da Robert Half, Dave Willmer. Por conta disso, existe uma espectativa de que profissionais especializados em help desk e suporte técnico sejam altamente demandados em 2011.

Outra questão que justifica o fato de que 42% das corporações que responderam ao estudo da Computerworld buscam profissionais com esse perfil é que muitos segmentos, como o caso de saúde, precisam se adequar a novas regras, o que exigirá mudanças nos sistemas.

4. Rede
O conhecimento em networking (rede) será uma exigência para 38% das empresas que planejam realizar contratações em 2011. E esse perfil representa a principal demanda para 1,4 mil CIOs consultados em uma pesquisa da consultoria em recrutamento Robert Half.

“Isso está muito ligado à tendência de virtualização”, justifica Willmer, da Robert Half. Para ele, existe um número crescente de empresas que buscam suprir a lacuna por profissionais capacitados a fazer a migração para ambientes virtuais.

5. Segurança
“Segurança é a única área na qual não houve uma desaceleração na demanda por profissionais capacitados, mesmo durante a recente crise”, analisa David Foote, da Foote Partners. Para ele, esse cenário tem sido motivado pelo próprio cenário de mercado, que exige das empresas um maior controle das vulnerabilidades e da privacidade.

Entre os itens mais demandados nos profissionais do setor estão a capacidade para gerenciar e identificar acessos, vulnerabilidades e ameaças. Ao mesmo tempo, existe uma busca por pessoas que conheçam criptografia, prevenção da perda de dados, análise de incidentes, governança, adequação regulatória e auditoria.

6 – Data Center
Dentre os pesquisados que contratarão profissionais no próximo ano, 21% responderam que conhecimento em data center, incluindo experiência com armazenamento, será a principal demanda.

De acordo com a CIO do SAS Institute, Suzanne Gordon, além de armazenamento, as empresas exigem que os profissionais tenham habilidade para analisar o ambiente, com o intuito de verificar o impacto dos investimentos e fazer ajustes no data center. "Inclusive, para garantir que o dinheiro gasto em backup e em segurança está adequado", completa Suzanne.

7 – Web 2.0
Profissionais de TI com a habilidade para lidar com ambientes colaborativos na internet serão procurados por 17% das empresas que responderam à pesquisa da Computerworld. O domínio de linguagens como Adobe Flex, JavaScript, Adobe Flash, AJAX e JavaScript Object Notation será um diferencial para atuar no setor.

Na indústria de serviços financeiros, por exemplo, o espaço para produtos ligados à Web 2.0 e mobilidade é gigantesco, de acordo com a vice-presidente de TI do banco Comerica. “Temos muitos projetos em andamento nessas áreas”, avisa Kathleen Kay.

8 – Telecomunicações
A Palmetto Health, empresa de saúde sediada na Carolina do Sul (Estados Unidos) quer contratar pessoas com habilidades em comunicações unificadas, assim como 16% dos pesquisados pela Computerworld.

A corporação procura profissionais para projetar infraestrutura e integrar diversas ferramentas de comunicação, incluindo aplicativos de mensagens instantâneas, telefones IP e acesso remoto.

Para a CIO da companhia, Michelle Edwards, hospitais têm uma demanda urgente por esse tipo de infraestrutura como diferencial para melhorar o atendimento. “Precisamos contratar gente que nos ajude nisso, além de compreender as questões de segurança envolvidas”, detalha.

9 – Business Intelligence
Com a proliferação de dados e o departamento de TI preocupado em encontrar novas maneiras para aumentar a lucratividade, as habilidades em business intelligence continuarão a ser muito procuradas em 2011, de acordo com 11% dos pesquisados.

A Palmetto Health está usando um sistema de registro eletrônico de saúde e a equipe incorporou uma cultura de inserir informações nesse ambiente, de acordo com Edwards. “Agora, temos o dever de realizar um trabalho melhor ao lidar com as informações que estamos coletando e compartilhá-la por meio de redes colaborativas que abranjam toda a companhia”, acrescenta a CIO.

10 – Arquitetura de colaboração
A empresa de alimentos Campbell Soup coloca a arquitetura de colaboração no alto da lista de principais habilidades demandadas por sua equipe de TI. De acordo com a diretora sênior da área, Donna Braunschweig, a organização procura constantemente por pessoas que ajudem a melhorar experiência do usuário final ao integrar portais, Web e áudio, com o intuito de facilitar a colaboração em toda a companhia.

A Campbell é usuária de diversas ferramentas de colaboração hospedadas em provedores de serviço, mas mesmo assim a companhia precisa de funcionários que possam gerenciar fornecedores e entender a tecnologia, relata Braunschweig.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

As seis profissões da área de tecnologia mais valorizadas em 2010

Por Computerworld/EUA
Publicada em 04 de janeiro de 2010 às 07h00
Atualizada em 04 de janeiro de 2010 às 08h37

Com o novo ano e a estabilização da economia internacional, as empresas de tecnologia da informação voltam a abrir suas portas.
Demanda crescente para novos projetos. Funcionários veteranos saindo da companhia. Quem poderia reclamar dessas pressões nos últimos meses de 2009, quando o ano passou por uma nuvem de miséria econômica?

Certamente não o diretor de Tecnologia da Informação (TI) da Randall-Reilly Publishing, Shane Kilgore. Ele ficou magoado ao ver dois talentosos desenvolvedores de softwares saírem da empresa, mas encarou o fato como um sinal de que a economia está tomando seus primeiros passos rumo à recuperação.

Ele planeja contratar novos desenvolvedores em 2010, não apenas para substituir os que saíram, mas também para trabalhar em novos produtos que serão a demanda quando a recuperação melhorar.

“As coisas foram congeladas por causa da economia”, diz Kilgore. “Mas se não lançarmos produtos, não teremos lugares suficientes para que os consumidores possam investir o dinheiro.”

Ainda assim, com os sinais de recuperação e até mesmo crescimento de empregos em 2010, companhias como a Randall-Reilly darão prioridade às pessoas com habilidades que abrangem várias disciplinas.

Trabalho por projetos

Nem sempre, no entanto, as companhias vão ter um funcionário em tempo integral, segundo o vice-presidente sênior da Dice Holdings, Tom Silver. “Algo que vemos as empresas fazendo é trazer um funcionário trabalhar em um projeto e, quando os negócios voltam à ativa, elas o contratam para tempo integral”, afirmou Silver.

Segundo a previsão para 2010 da Computerworld, os planos de contratos para o ano novo não estão nos níveis de 2009. Menos de 20% dos 312 executivos de TI entrevistados disseram que planejam aumentar a equipe nos próximos 12 meses; em 2009, esse número era 26%. E cerca de 20% disseram que planejam reduzir as equipes de TI.

Para os profissionais de TI que estão ligados no assunto, aqui estão seis tipos de habilidades bem vistas por entrevistados que prentendem contratar funcionários para o setor em 2010.



1. Programação/Desenvolvimento de Aplicações

Entre as companhias que planejam contratar, a maior razão para isso é atender à demanda de novos sistemas e projetos. Isso explica porque essa é a função de programação e desenvolvimento de aplicações figuram como as mais valorizadas, de longe, segundo a pesquisa da Computerworld.

“Estamos vendo novos projetos recebendo aprovação”, afirmou Dave Willmer, diretor-executivo da equipe de TI da Robert Half Technology. É bem possível, segundo ele, que esses sejam projetos que foram cancelados no final de 2008 voltem ao cenário em 2010. A onda de novos projetos também está criando uma demanda por desenvolvedores de aplicações que possam atuar como analistas de negócios e gestores de projetos, de acordo com Willmer.

Em termos específicos, as companhias vão procurar desenvolvedores com conhecimento em .Net, Java, desenvolvimento web, código aberto e tecnologias de portal como o Microsoft Sharepoint, afirmou Willmer.

Cresce a demanda por pessoas que saibam linguagens de programação especializadas, como Ruby on Rails e Ajax, segundo Silver. Não há muitos empregos que precisam dessas habilidades, mas o número de oportunidades tem aumentado desde o começo de 2009.

Kilgore diz que ele gostaria de encontrar um desenvolvedor de softwares “híbrido”, que também possa atuar como analista de negócios. “Precisamos de alguém que possa conversar sobre negócios e ser um coletor de requerimentos, administrador de projetos e desenvolvedor de software, todos em um”, ele diz. Kilgore também precisa de desenvolvedores com habilidade em código aberto – um talento raro, segundo ele – e profissionais familiarizados com as ferramentas da Microsoft para ERP e partes de marketing inteligente do negócio.

Willmer afirma que faz sentido as companhias procurarem desenvolvedores com habilidades em outras áreas, como analistas ou até mesmo do setor de garantia de qualidade, já que os recrutadores estão preocupados com o custo do talento. “Eles estão se certificando de conseguir o máximo com seus recursos”, disse Willmer.

Os entrevistados da pesquisa da Computerworld também disseram que precisam de desenvolvedores para construir aplicações caseiras, como medida para economizar dinheiro. É o caso do administrador de serviços de informações da Covdien, James Sullivan.

Sullivan pretende adicionar em breve três ou quatro programadores/analistas com conhecimentos de negócios e experiências em Java ou .Net, além de compreensão de bancos de dados SQL. Isso representa um aumento de 25% em seus padrões de contratação, e é uma mudança em relação aos anos anteriores, nos quais ele procurava apenas habilidades de programação.

Um dos projetos da Covidien para 2010 é migrar de aplicações personalizadas de terceiros para aplicações comerciais de prateleira ou trazê-las de casa. Isso, segundo Sullivan, reduziria os gastos com fornecedores e consultorias, além de permitir ao seu grupo oferecer suporte e contornar as mudanças de negócios mais rapidamente. Isso se relaciona a uma tendência crescente na Convivien de aproveitar melhor os recursos existentes. “Se algo leva dez horas por dia, estamos perguntando como fazê-lo em uma hora”, afirmou Sullivan.



2. Help Desk/Suporte técnico

Não é surpresa que haverá uma forte demanda por pessoas nesse setor em 2010; a necessidade por técnicos de suporte tende a refletir as condições gerais dos negócios, afirmou Silver. “Conforme os negócios começam a melhorar, as companhias contraram mais pessoas, o que aumenta a demanda pela equipe de help desk”, ele explica.

Willmer diz que já percebe um aumento na demanda por help desk e suporte, especialmente em torno de companhias que fizeram muitos cortes nesse setor em 2009. “Eles podem se sair bem com isso por um determinado tempo, mas o problema ressurge e afeta as receitas”, completou Willmer.


3. Redes

A demanda por profissionais de rede, segundo Willmer, está relacionada à crescente complexidade das redes e ao estresse colocado sobre elas pela computação em nuvem e softwares como serviços.

O CIO da Energy Northwest, Keith Cooke, afirma que o setor de redes será uma área de foco em 2010. A sua companhia está usando cada vez mais vídeo e voz sobre rede IP, portanto precisará de engenheiros de rede, voz e rádio para tratar de atualizações e assegurar que elas se encaixem nos padrões federais.


4.Gestão de projetos

Silver vê a area de gestão de projetos como um setor que cresce em importância e um bom local para profissionais de tecnologia interessados em ampliar suas carreiras. “Profissionais que entendem a tecnologia e como ela se encaixa nas estratégias de negócios são os mais valiosos, recebem mais e tem as melhores carreiras”, afirmou Silver.


5. Segurança

Willmer vê relação entre a demanda por habilidades de segurança e a economia ainda cambaleante. “A maior ameaça para as companhias são as falhas em sua própria equipe. Quando se muda a equipe e enfrenta empregados insatisfeitos, as chances de uma fraude de rede ou infração de segurança aumentam", afirma.

Enquanto isso, Cooke, está concentrado em contratar pessoas com habilidades em segurança cibernética. “Dez anos atrás, não nos preocupávamos – como líderes de nossas companhias – com questões como senhas. Agora estamos nos certificando de apoiar senhas complexas. É uma nova realidade”, afirmou Cooke.

Segurança é uma habilidade sempre procurada, segundo Silver. “Se você souber como ajudar a manter seguras as informações da sua companhia, ela será sua casa para sempre.”


6. Inteligência de negócios

Os entrevistados pela Computerworld classificaram a inteligência de negócios (BI, em inglês) como sexta colocada em importância. Mas, para Kilgore, BI é uma prioridade maior. “Como uma organização de tamanho menor, estamos atrasados na questão da BI. Não temos a verba para fazer um ano de trabalho R&D, portanto precisamos nos virar”, afirmou Kilgore.

Já Sullivan gostaria de encontrar um arquiteto de dados para ajudar na conversão da Covidien em uma corporação de nível padrão. Mais importante do que um especialista de BI, no entanto, são programadores/analistas que podem relacionar o conteúdo de tabelas, bancos de dados e estruturas de informações aos requerimentos de negócios. “Acho que isso vale mais para nós neste estágio de estabelecimento de BI e uso pelo setor de negócios”, afirmou Sullivan.

(Mary Brandel)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O profissional do futuro em TI

A tecnologia é uma das áreas mais desafiadoras para os jovens talentos. O artigo faz uma análise das exigências para aqueles que buscam uma carreira nesse mercado.


A palavra tecnologia vem do grego - tekhno - e designa todo o conhecimento voltado ao desenvolvimento de técnicas, métodos e ferramentas essenciais para a evolução da humanidade e sua sobrevivência.

A tecnologia é hoje uma das áreas mais desafiadoras para os jovens talentos, e as escolhas por aquilo que vão desenvolver ao entrar para o mercado de trabalho começam cada vez mais cedo. Por isso, precisamos analisar quais são as exigências para aqueles que vão ingressar nas carreiras ligadas à tecnologia da informação (TI).

Há muito o profissional da área de TI deixou de ser sinônimo de alienado, aquele sujeito com problemas de relacionamento pessoal, vulgarmente conhecido como nerd. Esse fato não é só mera questão de avaliação da popularidade da categoria, pois as empresas sofrem pela falta de profissionais capacitados. Poucos gostam de ter sua imagem associada à figura do nerd.

O nicho de desenvolvimento de software é crescente e não existe nenhuma indicação que isso irá diminuir nos próximos anos. Assim, a demanda por bons profissionais só tende a aumentar. A nossa sociedade vem se informatizando a cada dia - todos os setores da economia têm aplicado a tecnologia de alguma forma, seja para apoio ou para o incremento dos negócios.

Com a popularização da computação no ambiente de trabalho, nas universidades e nos lares mais humildes, as barreiras com relação à tecnologia e às profissões a ela ligadas felizmente têm diminuído gradativamente. Basta verificar o número de alunos que tem se formado ano após ano pelas universidades de computação em relação às demais áreas do conhecimento.

O que se espera
O profissional da área de tecnologia deve ser antes de tudo um empreendedor e entender como seu trabalho se encaixa nos objetivos da organização. Ele precisa aprender a desenvolver a curiosidade, somada a uma boa capacidade de concentração e ter seu foco na resolução de problemas com espírito inventivo e humildade.

O conhecimento técnico já não é diferencial competitivo porque isso é relativamente simples de se conseguir, seja por meio do fácil acesso à informação que hoje dispomos pela internet ou pelos cursos que a academia oferece. O que realmente importa é a capacidade do profissional em saber onde e como buscar esse conhecimento.

Os novos desenvolvedores de software podem até mesmo escolher qual área de aplicação da indústria desejam trabalhar. Profissionais especialistas interessados por sistemas básicos ou de infraestrutura podem eleger empresas voltada para soluções de gerenciamento ou optar por sistemas de CRM - Customer Relationship Management; ERP- Enterprise Resource Planning; ou ainda, trabalhar com foco em Web ou em sistemas mobile, entre outros segmentos.

Para ter excelência, além das características como vontade de aprender, curiosidade e humildade, os novos profissionais devem ser inovadores. Muitas vezes, eles irão trabalhar com produtos baseados em conceitos já consagrados, mas precisarão enxergá-los por um novo ângulo e aceitar os desafios propostos pelo ambiente de trabalho.

O profissional do futuro deve ainda estar atento para a área de qualidade de software. Deve ser minucioso na utilização de metodologias de testes. Questionar qual a sua participação para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e qual a sua contribuição na preservação do meio ambiente. Não esquecer que a tecnologia está presente em todos os materiais que utilizamos diariamente, como: roupas e calçados, remédios, alimentos, perfumes, lazer e nos esportes.

A esperança de cada empresário do setor de tecnologia é que os jovens se interessem ainda mais pela área e que, logo mais, haja um bom contingente de boas cabeças pensantes trabalhando no segmento. Ganham as empresas, ganham os profissionais e, ganha o Brasil, que já é reconhecido como um grande player de TI no mundo.


Por Fábio Gomes Ferreira (Diretor de tecnologia da Nevoa Networks. Seu e-mail é linknevoa@linkportal.com.)

HSM Online
13/11/2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Robert Wong alerta para a falta de líderes capacitados em TI

Em entrevista à CIO Brasil, um dos headhunters (caçadores de talentos) mais famosos do País faz uma análise das mudanças no perfil dos profissionais

Tatiana Americano, CIO Brasil

Publicada em 04 de agosto de 2009 às 08h00


Considerado um dos 200 principais headhunters (caçadores de talentos) do mundo pela revista britânica The Economist, o chinês naturalizado brasileiro Robert Wong defende uma nova postura dos profissionais. O segredo para quem quer ter sucesso no mercado, de acordo com o especialista, está em buscar a inspiração e o equilíbrio.


Durante mais de duas horas de entrevista à CIO, Wong – que por sete anos presidiu a consultoria Korn/Ferry e hoje dirige sua própria empresa voltada a desenvolvimento de pessoas – fez críticas ao posicionamento dos líderes de TI das organizações. Entre outras conclusões, o especialista disse que as companhias procuram por profissionais que conciliem o conhecimento em tecnologia com a capacidade de relacionamento com as pessoas. “E encontrar esse perfil é uma verdadeira raridade”, de acordo com as palavras do headhunter.

CIO Brasil – A partir da sua experiência com profissionais da área de TI, faça uma avaliação do perfil das pessoas que atuam nesse setor?

Robert Wong – Há uma tendência desses executivos se acharem os donos da verdade e saírem cuspindo soluções sem ouvir o cliente. E isso não vale só para o perfil do CIO, mas também se encaixa na postura dos líderes de outras áreas, como recursos humanos e marketing.


Se eu pudesse dar uma recomendação para o CIO seria: entenda as necessidades, as expectativas e os desejos dos usuários de tecnologia da sua empresa. Para isso, ande pela companhia e procure ouvir as pessoas.


Acho que os CIOs precisam pensar com mentalidade empresarial e entender que a TI vai ser sempre o meio e não um fim. Os executivos podem disponibilizar o melhor sistema de informática do mundo, mas ele só faz sentido se ajudar a produzir resultados para o negócio.


Esse profissional deve entender que ele representa um componente muito estratégico para que as organizações atinjam os resultados. No entanto, falta ao CIO um pouco mais de humildade, generosidade e tolerância.

CIO – A crise tem levado a uma mudança no papel das lideranças?


Wong – Antes de falar sobre as transformações, é necessário entender, exatamente, o que significa crise. Esta palavra teve origem no termo crisis, do latim, que representa a ação de tomar uma atitude em um momento decisivo.


Ou seja, a crise, ao contrário do que se pensa, não representa um problema nem uma situação de perigo – desde que as pessoas tomem as decisões corretas. O termo serve para representar uma etapa decisiva para buscar melhorias e isso só acontece quando as pessoas saem de uma situação de conforto.

CIO – Dentro desse contexto, quais as competências mais buscadas pelas empresas hoje nos executivos de TI?


Wong – Esse profissional precisa conciliar conhecimentos técnicos e comportamentais. O mercado procura pessoas que conheçam muito a respeito de tecnologia, mas que também consigam se relacionar bem com as pessoas. E encontrar esse perfil é uma verdadeira raridade no setor. De forma geral, as pessoas são contratadas por suas competências técnicas e demitidas pelo comportamento pessoal.

CIO – De que forma um profissional consegue desenvolver as competências comportamentais?


Wong – Podemos mudar mais facilmente os comportamentos, que são a forma como falamos com as pessoas, nos vestimos, comemos e etc. Na verdade, isso é se comportar de uma determinada maneira. No entanto, trata-se de algo superficial.


O que os CIOs precisam, de forma geral, é mudar de atitude, o que não representa algo fácil, uma vez que isso está na essência das pessoas.

CIO – Nos últimos tempos, houve algum tipo de mudança em relação ao escopo dos profissionais?


Wong – Uma coisa que tem mudando é a noção de competência. No passado, fomos ensinados que esse termo estava ligado a uma forma de competição. Ou seja, alguém só era considerado competente quando se mostrava melhor do que o outro em alguma coisa. E isso é um conceito muito relacionado à cultura ocidental.


Com o tempo, começa-se a entender que quando as pessoas vencem uma competição elas ficam satisfeitas com os resultados e entram em uma zona de conforto. Assim, existe uma tendência de substituir a competência pelo conceito de autocompetência, que seria a capacidade de não se satisfazer em ser melhor do que o outro e, sim, querer atingir a excelência individual.


Nosso modelo de mercado sempre estimulou a competição e isso foi muito além do razoável. As pessoas fizeram falcatruas e maquiaram números, só para dizer que as empresas eram melhores do que as outras. Existiu uma ambição desmedida e todo o excesso é ruim. Agora, muita gente começa a questionar esse limite e parte para a busca de um equilíbrio.

CIO – As empresas estimulam essa atitude mais equilibrada dos profissionais?


Wong – Aquelas que são conscientes, sim. Elas não procuram mais as pessoas que produzem a qualquer custo, uma vez que começam a entender que isso não é legal. Existe uma compreensão de que as organizações precisam encontrar formas de ter crescimento contínuo e sustentável. Não adianta mais trabalhar com picos num mês para, logo em seguida, ter quedas nos números.

CIO – Existe uma tendência de os executivos ficarem menos tempo nas empresas, isso não afeta essa relação de resultados em longo prazo?


Wong – Existem os dois lados. As empresas não têm a paciência para que os profissionais gerem os resultados e a crise só serviu para aumentar essa cobrança. Em contrapartida, os próprios executivos não aguentam a pressão e buscam uma alternativa de emprego mais equilibrado.


Não existe mais a fidelidade, mas isso reflete os novos tempos. Na época dos meus pais, ninguém se divorciava. Hoje em dia, porém, é natural que as pessoas se separem.

CIO – Você quer dizer que o ambiente corporativo só reflete o que acontece na sociedade?


Wong – Sem dúvida, tudo tende a ser descartável. Quase nada é permanente nos dias de hoje e isso passa por amizades, relacionamentos, trabalho, produtos...

CIO – Como a chegada dos jovens profissionais – a chamada geração Y – no mercado de trabalho tende a mudar essas relações corporativas?


Wong – Antigamente, a relação entre chefes e empregados era de cima para baixo, o que gerava um relacionamento autoritário. Graças às novas gerações, as empresas passaram a contar com um regime mais democrático e consensual, baseado em diálogo. A figura do líder todo poderoso acabou. Até nas empresas familiares isso tem mudado bastante.

CIO – Para quem está em uma posição de liderança, que tipo de atitude tende a motivar as equipes mais jovens?


Wong – De forma geral, erra-se ao utilizar a recompensa para conseguir melhores resultados das equipes. O erro está em atrelar um benefício ou um castigo à obtenção de determinados resultados e achar que a pessoa motivada pelo prêmio ou pelo medo vai correr atrás do objetivo.


Com o tempo, quem age assim começa a entender que isso tem uma vida útil muito curta. Pois da próxima vez que o líder quiser obter determinada performance da equipe ele vai precisar oferecer um prêmio ou um castigo ainda maior.


Esse tipo de motivação pode ser até válido em algumas situações, só que a palavra que faz realmente a diferença para os resultados das pessoas é inspiração. E como o próprio nome diz, isso não depende de fatores externos, deve ser algo que vem de dentro. A forma mais fácil de desencadear isso é ter amor pelo que se faz.

CIO – Como se busca a inspiração no trabalho?


Wong – O chefe pode estimular que as pessoas encontrem seus dons. Como? Mesmo não jogando golfe, quando eu vejo a performance inacreditável do Tyger Woods [considerado o melhor jogador do mundo] isso me inspira a descobrir algo no qual eu atinja o mesmo estado de excelência.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Robert Half lista os 30 principais erros que os líderes cometem na crise

Para consultor, as falhas seriam menores se os gestores tivessem o cuidado de olhar e aprender com os erros já cometidos em outros momentos de recessão

Patricia Lisboa, repórter da CIO
Publicada em 27 de julho de 2009 às 09h05


Toda companhia tem seus modelos de liderança testados durante um período de instabilidades financeiras. A partir dessa constatação, a empresa de recrutamento de executivos Robert Half fez um levantamento dos 30 erros mais comuns que os gestores têm cometido desde o início da atual crise financeira internacional. Para realizar o estudo, a companhia analisou o comportamento dos seus clientes em todos os países do mundo, inclusive no Brasil.


"E os problemas poderiam ser menores se os profissionais observassem mais as dificuldades enfrentadas por outros líderes na mesma situação", analisa Fernando Mantovani, diretor da subsidiária brasileira da Robert Half. Segundo o executivo, para tanto, os líderes precisam estudar e buscar aprender com erros cometidos por outros gestores no passado.


No levantamento da Robert Half as falhas dos líderes são divididas em quatro categorias: clima e retenção, produtividade, inovação e capacidade de assumir riscos e fortalecimento dos negócios. Na primeira delas, estão incluídas a falta de transparência na comunicação entre o gestor e seus colaboradores, eliminação de incentivos para retenção de talentos, redução da autonomia das equipes e tomada de decisões com foco no curto prazo (como, por exemplo, o corte de funcionários que serão essenciais à companhia no futuro).

Em relação à produtividade, as principais falhas apontadas pelo levantamento são a obsessão dos gestores por realizar reuniões, redução de orçamento para treinamentos, promoção do clima de medo e insegurança no time, além da centralização de funções que poderiam ser delegadas.

No que diz respeito à inovação e capacidade de assumir riscos, a pesquisa mostra que os gestores erram ao motivar seus funcionários a investir tempo somente em iniciativas cujo resultado é garantido, ao reprimir o pensamento crítico (muitas vezes por insegurança profissional e medo de que o colaborador se destaque perante o alto comando) e ao esperar pela recuperação econômica para fazer mudanças.

Finalmente, no que tange às ações para o fortalecimento dos negócios, os erros mais comuns dos líderes são: não considerar os efeitos da economia sobre os clientes, sacrificar a qualidade dos produtos ou serviços comercializados em busca de margens melhores e tirar o foco das políticas de atendimento ao consumidor.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Profissional em alta no departamento de TI: capacity manager

A principal atribuição de quem ocupa esse cargo, que tende a ser cada vez mais valorizado pelos CIOs, é adequar os recursos tecnológicos para suportar as necessidades do negócio

Juan Carlos Perez, CIO/EUA
Publicada em 09 de julho de 2009 às 08h05

O trabalho desse profissional é determinar se a infraestrutura tecnológica está sendo utilizada de forma realmente otimizada e, se não, que tipo de mudanças deveriam ser feitas para adequá-la. “É um trabalho único na área de TI. Esse capacity manager faz o monitoramento, análise e projeções para saber se a organização tem a capacidade tecnológica adequada para atingir os objetivos de negócio”, detalha Dave Van De Voort, diretor da consultoria na área de recursos humanos Mercer.

“Se você não tem uma capacidade de gerenciamento, pode fazer menos investimentos em TI do que deveria, o que afeta a operação, ou, por outro lado, corre o risco de ter um excesso de capacidade e gastar mais do que precisaria com sistemas”, detalha Voort, ao elencar a importância de ter alguém dentro da área de tecnologia para fazer esse tipo de avaliação.


Na mesma linha, John Estes, vice-presidente da divisão de tecnologia da Robert Half – companhia de recrutamento de executivos –, aponta que esse controle efetivo das capacidades de TI é essencial. Para justificar sua visão, Estes afirma que ao ajustar os recursos da área de tecnologia às reais necessidades da organização o CIO consegue ser mais eficiente com os recursos que já tem ou, ainda, consegue absorver novas soluções rapidamente.


Para o vice-presidente da Robert Half, o aumento da demanda por virtualização, a tendência de cloud computing e a pressão para que os CIOs tragam mais retorno sobre os investimentos da área de tecnologia da informação tendem a fazer com que esse cargo de capacity manager ganhe força nos próximos anos.

Quanto aos conhecimentos necessário a um capacity manager, para ocupar o cargo o profissional precisa apresentar um profundo conhecimento técnico, principalmente em relação à infraestrutura de TI. É aconselhável também que seja alguém bom para lidar com orçamentos e análises estatísticas. De forma geral, os consultores em recursos humanos apontam que o ideal seria que o CIO contratasse alguém com, pelo menos, seis anos de experiência.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Produtividade pessoal: executivos usam solução de mapeamento mental

De acordo com Donna Fitzgerald, diretora do Gartner, todo executivo deveria registrar suas ideias e contatos nessas aplicações de mind mapping, as quais prometem uma organização de dados


Kirstin Burnham, CIO/EUAPublicada em 15 de junho de 2009 às 08h00]

Em 2002, quando um envelope contendo a bactéria tóxica Anthrax chegou ao Departamento de Serviços Humanos do distrito de Arlington, no estado da Virginia (EUA), Christopher David – que era o CTO da cidade – sabia exatamente quem deveria procurar para resolver o problema. “Eu tinha em mente a fisionomia dessa pessoa, mas não lembrava de seu nome ou, tampouco, como faria para entrar em contato”, conta ele.

Em vez de desperdiçar tempo pensando em como poderia localizar a tal pessoa, David abiu a aplicação de mind mapping (mapeamento mental) em seu computador, digitou algumas palavras e, em poucos segundos, teve acesso aos dados de quem procurava.

Essas ferramentas de diagramação e organização de informações e conceitos ajudam os usuários a encontrar qualquer dado com o qual já tenha tido contato. Na maioria das vezes, funcionam da seguinte maneira: o usuário registra um pensamento ou informação na interface da aplicação e, a partir de então, segmenta esse assunto em diferentes categorias. Além de criar seções, é possível anexar links da internet e arquivos nos tópicos que surgirem.

De acordo com Donna Fitzgerald, diretora do Gartner, essas ferramentas deveriam estar no topo das listas de acessórios que aumentam a produtividade pessoal. “Realizar o registro em uma aplicação de mind mapping deveria ser a primeira coisa que todo executivo faz ao pensar em um novo projeto”, diz ela.

Brad Isaac, CIO da consultoria financeira norte-americana Breslow Starling Frost Warner, está a costumado a fazer exatamente o que Donna sugeriu. Ele conta que tem todos os registros das iniciativas da companhia na ferramenta. “Assim, em uma ocasião de emergência, consigo lembrar quem é responsável por cada coisa, quem está fora do escritório, quem atingiu as metas e quem precisa de treinamento”, exemplifica Isaac.

Tim Flemming, CIO da indústria de manufatura Ingersoll Rand, conta que adotou as aplicações de mind mapping pela primeira vez em 2006 e, desde então, não vive mais sem elas. “Hoje, se estou em conference call com executivos de outros países, ligo um celular ou notebook e acesso minhas informações como número das vendas da companhia, resultados do trimestre, objetivos do negócio”, diz ele, que complementa: “Dessa forma, consigo falar ‘de igual para igual’ com qualquer profissional, sem ser visto apenas como o diretor de TI ou aquele que barrará todas as iniciativas”.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Como a tecnologia e o mercado vão influenciar o futuro dos CIOs

Uma retrospectiva dos últimos 20 anos permite enxergar os principais desafios enfrentados pelos líderes de TI das organizações e ajuda a visualizar quais as novas demandas desse profissional, que começa a ser afetado pela web 2.0

Brian Blanchard*
Publicada em 09 de junho de 2009 às 08h00

O papel do CIO mudou completamente nos últimos 20 anos. Na verdade, a área de TI, que antes era dominada por nerds com dificuldades de relacionamento interpessoal, demanda hoje que seu principal executivo seja um homem de negócios - com conhecimentos técnicos, bom networking, capacidade de liderança e de comunicação.

No futuro, contudo, mais do que o acúmulo de todas as qualidades listadas, esses profissionais precisarão conhecer profundamente as redes sociais e as tendências de consumo geradas por elas. E, para tanto, precisam entender como as tecnologias e os momentos econômicos vividos influenciaram na função desempenhada pelos gestores de TI ao longo das últimas décadas.

Até o início dos anos 90 – Era dos nerds: profissionais que raramente cortavam os cabelos e passavam grande parte do tempo trancados em laboratórios, os líderes de TI eram responsáveis pelo desenvolvimento de sistemas de dados extremamente complexos.

1990 a 1999 - Foco na prevenção de desastres: com todas as atenções voltadas ao possível “bug do milênio”, os gestores de TI precisaram entender como a tecnologia influenciava o negócio para desenvolver sistemas de segurança da informação e continuidade de operações.

1999 a 2005 – Em busca da confiança: com o estouro da bolha da internet, as áreas de TI passaram a ser vistas com desconfiança pelos departamentos de negócio. Para recuperar a credibilidade junto ao alto comando, os CIOs foram obrigados a “colocar a mão na massa” e descobrir maneiras de gerar resultados efetivos à companhia – por meio de iniciativas que priorizassem a automação de ações e processos, bem como fossem capazes de reduzir custos operacionais.

2005 até agora – Influência direta na estratégia corporativa: com a credibilidade restaurada, os CIOs de hoje são vistos como agentes de mudanças e devem aprender a agir como parceiros de negócios do alto comando da corporação. Para manter a posição de destaque, no entanto, esses profissionais devem cumprir a missão de identificar novas oportunidades de negócio – aumentando as fontes de receita da companhia. Além disso, o atual gestor de TI precisa ter alta capacidade de liderança e perfil voltado ao estímulo da inovação.

O futuro
As mídias sociais estão forçando os CIOs a desenvolver novas habilidades, como a de identificar tendências de consumo por meio da web 2.0 e criar respostas rápidas que satisfaçam essas necessidades dos clientes.

Na prática, isso significa que o líder de TI deverá ser responsável pelo monitoramento do público de interesse da companhia. E a partir do comportamento desses clientes terá de perceber quais dessas futuras demandas poderão ser sanadas pela empresa.

Ademais, os diretores de tecnologia só terão sucesso se adotarem postura flexível e forem capazes de circular entre as comunidades virtuais para, além de identificar, gerar tendências de consumo que sejam do interesse da organização.


Brian Blanchard é especialista em gestão e já foi CIO de empresas como a norte-americana Essence Healthcare – que gerencia hospitais e planos de saúde

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Reuniões improdutivas podem arruinar projetos, alerta especialista

De acordo com Eduardo Adas, sócio da Soap, os encontros de negócio produtivos dependem de alguns cuidados, como realizar apresentações curtas e direcionar os interlocutores para temas estratégicos

Patrícia Lisboa, repórter CIO
Publicada em 02 de junho de 2009 às 17h27

A necessidade de otimizar as horas de trabalho e eliminar qualquer desperdício de tempo faz com que atividades consideradas comuns na rotina corporativa sejam reavaliadas. No caso dos líderes de TI, essa análise inclui adotar estratégias para conduzir melhor as múltiplas reuniões de trabalho.

De acordo com Eduardo Adas, sócio da Soap, consultoria especializada em comunicação para executivos, mais do que desperdiçar horas preciosas de trabalho, as reuniões improdutivas podem arruinar bons projetos e carreiras. “Já vi muitos projetos ‘morrerem na praia’ porque não foram devidamente apresentados a quem devia aprová-los”, conta o especialista.

“O primeiro erro dos executivos é querer 'mostrar serviço' aos chefes com apresentações longas, que mostram gráficos, tabelas e todos os dados existentes sobre determinado assunto”, diz Adas, que complementa: “Quanto mais interessante e pertinente for o tema discutido na reunião, mais rápida e objetiva deve ser sua apresentação”.

Segundo ele, por não focar na audiência com a qual vai se comunicar, os executivos muitas vezes gastam o tempo apresentando informações desnecessárias, em vez de utilizá-lo para tirar as dúvidas de seu público. “Ademais, quando um CIO se reúne com o board em busca da liberação do orçamento para determinada iniciativa, por exemplo, deve garantir que a reunião não será o primeiro contato dos interlocutores com o assunto”, afirma o sócio da Soap.

Ainda de acordo com o especialista, uma boa reunião começa no momento de convocação. Para isso, o responsável pelo agendamento do encontro deve esclarecer os motivos e os objetivos da convocação. Além disso, Adas dá outras quatro dicas práticas para os encontros profissionais:


1. Respeite a duração da reunião: todos os participantes que lá estão certamente têm a agenda apertada e precisam cumprir outros compromissos depois do encontro;


2. Reduza a duração das apresentações: dessa forma, o apresentador parecerá mais direto e assertivo para sua audiência e poderá utilizar os minutos restantes para discutir dúvidas quanto ao projeto apresentado;

3. Assuma o papel de líder: direcione as discussões para que não se perca tempo tratando de assuntos menos importantes;

4. Convoque poucas pessoas: encontros com muitos participantes são improdutivos, pois poucos deles conseguem expressar suas opiniões. No caso de reuniões com a própria equipe, em vez de reunir todos os colaboradores, o ideal é que o líder os divida em grupos pequenos, para que o encontro também se torne um momento no qual os funcionários se sintam confortáveis para esclarecer dúvidas e fazer reivindicações.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Veja 5 dicas para gerenciar seu tempo de trabalho na área de tecnologia

Por Patrícia Lisboa, repórter CIO Brasil
Publicada em 07 de maio de 2009 às 13h09

São Paulo - Especialista diz que executivos de tecnologia precisam avaliar prioridades, metas, planejar tarefas e delegar responsabilidades.

A sensação de que o dia deveria ter mais do que 24 horas é constante no mundo corporativo. No caso dos CIOs, principalmente no momento atual - no qual são responsáveis pelo desenvolvimento e implementação de ferramentas e processos que aumentem a produtividade e reduzam os custos operacionais – a necessidade de otimização das horas de trabalho torna-se ainda mais crítica.

Embora as reclamações sobre a falta de tempo sejam recorrentes em quase todas as companhias, Christian Barbosa, diretor-executivo da Triad – consultoria especializada em gestão do tempo –, afirma que a grande deficiência dos líderes de TI está no processo de gerenciamento das atividades que devem ser desempenhadas e de priorização das ações.

Segundo o especialista, para melhorar a performance dos gestores é necessário que eles identifiquem se o cerne do problema está na falta de planejamento para realizar as tarefas ou na deficiência de pessoas capacitadas na equipe. “Em 80% dos casos, os CIOs falham na administração das horas, mas no restante das ocasiões, acumulam atividades que são humanamente impossíveis de serem realizadas por uma única pessoa”, destaca Barbosa.

Como a falta de organização é o maior problema dos líderes da área de tecnologia em relação à administração do tempo, o diretor-executivo da Triad explica que algumas medidas práticas podem ser tomadas por esses profissionais para melhorar a perfomance pessoal e da área de tecnologia como um todo. São elas:

1. Avalie quais atividades de sua responsabilidade são de importância estratégica para o negócio e quais podem ser classificadas como desperdício de tempo. Assim, será possível decidir onde “investir” suas horas. Tal decisão serve tanto para a rotina profissional como pessoal - esta, muito afetada pela falta de planejamento no trabalho.

2. Defina metas e objetivos que devem ser atingidos em curto, médio e longo prazos por meio de suas atividades.

3. Planeje como e quando chegar a tais objetivos e metas. Para isso, é importante saber o que deve ser priorizado e quais tarefas podem ser deixadas de lado caso não haja tempo hábil para executá-las. Dica: Faça reuniões semanais com a equipe – prioritariamente na sexta-feira – para decidir os principais desafios da semana seguinte. O papel do líder, nessa empreitada, é diminuir ao máximo as urgências da área e adaptar as atividades para que sejam realizadas de forma colaborativa pelo time.

4. Organize-se de forma a não desperdiçar tempo com ações que podem ser realizadas de forma mais automatizada e simples. De acordo com estudo da Triad, altos executivos perdem cerca de uma hora por dia buscando informações armazenadas em notebooks, smartphones e sistemas corporativos. A unificação das fontes de dados para otimização dos sistemas de busca já é um bom começo do processo de organização.

5. Execute as tarefas de acordo com o planejamento e seguindo as prioridades de ação, delegando funções secundárias, sabendo dizer “não” e realizando reuniões produtivas – nas quais os objetivos do encontro são claros e as etapas pré e pós reunião são seguidas.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Saiba quais são as certificações que garantem destaque no mercado

São Paulo - Obter atestados de qualificação de alto nível e grau de dificuldade é um dos caminhos para alavancar a carreira.

Por Rodrigo Afonso, repórter do COMPUTERWORLD
27 de abril de 2009 - 07h00


As certificações são muito importantes para o profissional brasileiro de tecnologia. Além de serem o primeiro filtro de muitas das organizações que contratam, elas podem garantir postos melhores e prestígio no mercado de trabalho. No entanto, não é qualquer tipo de certificado que garante tais predicados, mas aquelas que exigem bastante do candidato e que realmente atestam a sua capacidade profissional.

Segundo Robert Andrade, especialista em recrutamento da Robert Half, quanto mais difícil e restrita for a certificação, no que diz respeito à exigência de experiência profissional, mais alto será seu padrão e reconhecimento. “Muitas pessoas nem terminaram a faculdade, mas já tiverem uma trajetória profissional e assumem bons postos por conta dessas certificações”, diz.

Para Nilson Ramalho, gerente de tecnologia da informação da Impacta Tecnologia, as certificações de alto nível, como as da linha Master da Microsoft e as principais da Cisco são muito importantes para quem já tem uma certa trajetória profissional. “Muitas delas exigem experiência e mostram que os candidatos estão prontos para os melhores cargos”, afirma.

A busca autônoma por certificações, no entanto, não é o único caminho. Na hora de escolher o lugar onde vai trabalhar, o profissional pode priorizar os locais que oferecem treinamentos e certificações como benefício. Fazer um curso e obter uma certificação individual custa caro (em média, 5 mil reais por treinamento, mais 150 dólares para fazer a prova), mas as empresas costumam firmar parcerias com fabricantes e conseguem preços menores.

É o caso da IP Connection, que tem uma política de formação de força de trabalho para certificá-la nos principais níveis da Cisco. “Como a empresa é integradora, consegue subsídios e tem maiores condições de formar os profissionais”, afirma Alexandre Otto, CEO da organização. Como contrapartida, os profissionais assinam um acordo de permanência, no qual têm de reembolsar a companhia caso deixem a empresa antes de um determinado prazo.

A escolha do profissional que vai se certificar, no entanto, é baseada na competência, no seu desempenho e na avaliação de metas atingidas. “Cada treinamento custa em torno de 5 mil reais e são muitos treinamentos para se chegar ao nível ideal. Temos de realizar uma escolha adequada”.

A FDM, consultoria em redes, também aposta na qualificação dos profissionais para se tornar uma empresa com diferencial no mercado. É a Systimax Tier 2, que habilita para a instalação de produtos Avaya. “São apenas 10 empresas no mercado que possuem pessoas com essa certificação. Os profissionais que estão aqui e as obtêm com certeza ganham muitos diferencias no mercado, ainda que não estejam aqui”, atesta Fábio Sidney, CEO da FDM.

César Gabardo, engenheiro da Sofhar, resolveu investir os próprios recursos para obter a certificação MCM (Microsoft Certified Master) em Exchange 2007. César é o único profissional brasileiro a obter tal título e percebeu que ganhou uma grande valorização no mercado e dentro da própria empresa. “Além do aprendizado, ganhei uma exposição que vale a pena o investimento e pode levar a outras oportunidade”, comemora.

Conheça algumas das qualificações de alto nível do mercado

CCIE (Cisco Certified Internetwork Expert) – Certificação Cisco que sempre é uma das mais cotadas e é das mais difíceis. Somente 26% das pessoas que prestam a prova passam. Quem a possui ganha salários acima dos 10 mil reais.

MCSD (Microsoft Certified Solution Developer) – Certificação .NET obtidas pelos principais desenvolvedores do Mercado.

PMP (Project Management Professional) – Uma das principais certificações para gerentes de projeto. Quem a obtém, conquista um grande valor no mercado.

RHCE (Red Hat Certified Enginner) – É concedida após um teste baseado em desempenho após mais de 5 horas de testes e qualifica o profissional a assumir os mais altos cargos técnicos em ambientes Linux.

CISSP (Certified Information Systems Security Professional) – Certificações de segurança estão em alta. A CISSP habilita o profissional a lidar com os mais complexos ambientes de sistemas de informação.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Planejamento de carreira: você já pensou nisso?

por Vitor Cavalcanti InformationWeek Brasil

25/03/2009

Poucas empresas têm processos definidos de preparação de executivos para ocupar cargos de chefia

É muito comum utilizar datas como a virada do ano ou o dia do aniversário para estabelecer diretrizes e objetivos para a vida pessoal e profissional. Alguns listam em uma folha, outros montam planilhas no computador e há ainda aqueles que apenas mentalizam e saem em busca do eldorado. Diferente das metas pessoais, que muitas vezes (e infelizmente) são deixadas de lado para serem retomadas apenas em momentos oportunos, o planejamento da carreira profissional, independentemente de qualquer data, requer comprometimento contínuo. É preciso ter paciência para galgar cada degrau e respeitar o tempo necessário que normalmente esta escalada requer. Um crescimento meteórico pode vir acompanhado de uma queda fatal.

Se ainda assim você pensa que basta planejar metas e ponto final, há outras lições ensinadas pelos executivos entrevistados por InformationWeek Brasil e endossadas pela especialista no assunto Aline Zimermann Franco, sócia da consultoria Fesa. Por exemplo, antes de optar pela mudança de corporação, Aline destaca que o profissional tem de conhecer o negócio, avaliar o momento da empresa e como está posicionada. "Tudo exige uma minuciosa programação."

Paulo Bonucci, presidente da Unisys; Ítalo Flammia, que acaba de assumir a posição de CIO na Sodexo, e Mauro Negrete, coordenador de cursos de TI e de gestão de negócios no IBTA, professor do IBMEC e diretor de operações da Gravames.com, têm em comum características fundamentais para o sucesso profissional: são apaixonados pelo que fazem, construíram uma história de sucesso desde o início da carreira e trabalham duro.

De forma bem descontraída, o atarefado presidente da Unisys no Brasil, afirma que, desde cedo, almejou posições de destaque e colocou como meta pessoal alcançar um cargo de gerência aos 30 anos. "Com 28 cheguei lá. Fui colocando metas e tentando me desenvolver para progredir e atingir os meus objetivos", relembra Bonucci, que nunca fez um diário ou planejamento formal.

Claro que nada funcionou apenas com o poder da mente. Bonucci iniciou a carreira na Andersen Consulting (hoje Accenture) como trainee em 1984. Para sua surpresa, a companhia estimulava o desenvolvimento profissional por meio de um planejamento. "Comunicavam as etapas, cursos necessários e colocam como o Olimpo chegar à posição de ‘partner". Isto me estimulou a passar por cada etapa de forma sólida, construindo uma carreira de conteúdo e resultados", resume.

Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, João Baptista Brandão, reconhece que esta não é uma prática comum nas empresas. Apenas as mais maduras tendem a fornecer esse tipo de estrutura aos profissionais. "Seria correspondente ao sujeito que tenta evitar que sua companheira veja ou conheça outros homens, eventualmente mais interessantes, para não correr o risco de ser passado para trás", contextualiza, fazendo referência ao que normalmente ocorre nas companhias. (Leia artigo do professor Brandão)

Além do eventual estímulo dentro da corporação, Brandão ensina que o profissional precisa estabelecer alguns pontos para o desenvolvimento de sua carreira, como verificar as habilidades que têm de ser melhoradas, avaliar como estão seus relacionamentos (inteligência interpessoal) e também o que é necessário desenvolver em termos de conhecimento para hoje e amanhã.

Aos 48 anos, sendo 25 deles dedicados à profissão, Bonucci reconhece que há uma pitada de sorte nas estradas do mundo corporativo. O executivo, que hoje pensa no longo prazo e já não planeja o passo-a-passo como antes, reforça a importância de vivenciar todas as etapas da carreira, alertando que ascensões meteóricas podem ter fins trágicos. "O planejamento é muito útil neste sentido. Me preparei para melhorar meu conhecimento nas áreas jurídica e de finanças. É preciso ter muita paciência também. As empresas cometem injustiças, mas algumas reparam", ensina. Até assumir a presidência da Unisys, em 2005, Bonucci atuava como diretor para América Latina da empresa. Ele conta que, antes de aceitar o cargo, avaliou as oportunidades e os desafios que o aguardavam. "Confesso que acertei na carreira; o desempenho nos últimos anos foi super bom e minha missão foi cumprida", comemora.

Quando começa o planejamento

Avaliar o mercado, as oportunidades que surgem e ainda saber optar por aquela que mais agregará ao seu futuro não é tarefa fácil. Tanto que o ato de planejar a carreira nem sempre faz parte dos primeiros passos do profissional. Isto requer tino e um pouco de experiência. Tal avaliação é referendada por Mauro Negrete. "Quando você está na universidade, não sabe o que quer da vida. No meio (do curso), você pode gostar muito ou parar."

Ele fala por experiência própria. Negrete ingressou na faculdade aos 22 anos e só saiu aos 27. Tentou estudar física, mas desistiu. Daí, cursou administração e fez como opção de carreira buscar a TI aplicada ao negócio. "Nunca estabeleci metas, mas sou muito racional e intuitivo. Como tenho claro aonde quero chegar, tomo minhas decisões", explica, confessando que não formalizou seus planos logo no início. "Meu planejamento começou a acontecer com cinco anos de carreira em TI. Fiz administração, porque senti que, para trabalhar com tecnologia, precisava entender de negócios", relembra o profissional, que por cinco anos atuou na Eucatex, onde alcançou seu primeiro cargo de coordenador.

O executivo acredita que trabalhar e estudar ao mesmo tempo possibilita uma visão melhor de direcionamento de carreira. Foi assim que desistiu da física. "Percebi que não teria perspectiva", assume. Negrete, que já foi CIO da Cotia Trading e deixou a empresa para se dedicar a projetos de consultoria, avalia que, quanto maior a vivência, mais bem-estruturado será o processo.

Embora não seja de formalizar seus planos ou estabelecer metas, Negrete acredita que as pessoas devem sempre ter uma visão de futuro, mas reconhece que há uma dificuldade geral para isto. "Se você tem, erra menos e, quando erra, percebe qual foi o erro. As pessoas têm dificuldade para montar uma visão de longo prazo e com isso [o estabelecimento da visão] fica mais fácil determinar investimentos em sua carreira", aconselha. Assim como Bonucci, Negrete não vê benefícios nas expectativas de curto prazo, o que é bastante comum, sobretudo, quando está em jogo um salário mais elevado. Além disto, ele reforça a necessidade de se construir uma carreira sólida e com bom histórico, de forma que isto reflita positivamente no futuro.

Ter os objetivos traçados, entretanto, não significa que você terá de ficar estagnado neles. Negrete sempre quis (e se preparou para) uma vida acadêmica, mas, quando estava com esta outra carreira em pleno vapor, recebeu uma proposta para voltar para a vida executiva. "É um projeto que me atraiu profissionalmente e vai me proporcionar novos conhecimentos. Isto aumenta meu valor como consultor e professor", analisa, lembrando que esse tipo de situação é bastante comum ocorrer e requer atenção especial.

Abandonando o barco

A construção de uma carreira dificilmente acontece em apenas uma empresa e talvez a parte mais complicada no percurso seja a troca de trabalho, especialmente quando se ocupa uma posição de destaque, como CIO ou CEO. Isto porque, ao deixar uma corporação, projetos podem ficar pelo caminho e o ambiente deixado não necessariamente será sadio. "A negociação da demissão tem de ser bem trabalhada e factível para os dois lados", reforça Aline Zimermann Franco, sócia da Fesa. Ítalo Flammia deixou a Natura depois de 12 anos de casa e assumiu, em janeiro último, o cargo de CIO da Sodexo. O profissional de 20 anos de carreira contou que, antes de anunciar de fato que deixaria a empresa de cosméticos, passou quatro meses avaliando a situação para estar seguro de sua decisão. Até a família esteve envolvida no processo. "Depois da decisão, conversei com três headhunters, com o objetivo de avaliar o mercado para uma pessoa com o meu currículo", lembra. Ele reforça que isto não teve nada a ver com a busca de oportunidades, mas foi uma forma de autoavaliação.

A partir da decisão tomada e comunicada à empresa, o trabalho se tornou mais árduo. O profissional fez um verdadeiro esquema de comunicação para o que mercado soubesse que ele estava deixando a companhia onde, por 12 anos, teve uma posição de destaque. Busca por aconselhamento profissional em consultorias também fez parte do processo. "Tive reuniões com consultores e comecei a aperfeiçoar o meu plano. Estes momentos de mudanças são importantes para reflexão", reconhece. Além da contratação de ajuda, Flammia também abordou headhunters, enviou cartas, e-mails, ligou e insistiu em encontros, mesmo quando não havia vagas com objetivo de fazer relacionamento com o mercado. "Fiz 60 entrevistas em seis meses", contabiliza.

A atitude de Flammia vai ao encontro dos aconselhamentos de Aline, da Fesa, que ressalta a importância do networking, principalmente quando está em jogo cargos de alto escalão. "Conversei com CIOs, consultores, executivos e outros colegas que tinham negócios a ver com o meu", informa o atual líder de TI da Sodexo. O longo processo pelo qual Flammia passou antes de aceitar a proposta da empresa especializada em soluções de benefícios e serviços ao trabalhador envolveu ainda listagem das empresas onde gostaria de trabalhar para focar as investidas, construção de uma planilha para organizar os contatos e registrar os encontros, estabelecer prazos, principalmente, em relação ao tempo que você pode se manter sem um emprego e avaliação das propostas.

"Em média, um executivo demora de seis a oito meses para se recolocar, não pode desanimar. Depois de contratado, é preciso agradecer a todos que contribuíram com você durante o processo, sobretudo os que participaram ativamente. No novo emprego, tenha o controle da ação e estabeleça objetivos", ensina o profissional de 45 anos, alertando que é preciso estar preparado para o recomeço, já que os ciclos profissionais estão cada vez mais curtos.

Por onde começar?

Aline Zimermann Franco, sócia da consultoria Fesa, empresa especializada em buscar executivos para grandes corporações, explica que profissionais em início de carreira podem buscar oportunidades pelas vias comuns, ou seja, enviar currículo para o RH e consultorias que trabalhem com cargos técnicos. Já para cargos mais altos, principalmente quando o executivo já tem em mente a empresa para a qual quer trabalhar, o processo é mais complicado. "As estruturas seniores estão montadas, quando tem vaga as empresas olham para dentro ou partem para network e consultoria. O executivo precisa ter contatos ou tentar via consultoria", confirma.

Casa nova?

- Se for um novo setor, aprofunde seu conhecimento sobre ele

- Estude o momento da empresa, como ela está posicionada

- Objetivos e metas precisam estar claros

- Conheça a relação entre os setores internamente

Decidiu levantar voo? Veja o que fazer:

- Avalie bem a saída

- Certifique-se de que não há projetos importantes pela metade

- Negocie bem a demissão para que o processo seja bom para as duas partes

- Durante o processo de saída, não participe de reuniões estratégicas

- Antes de aceitar o novo emprego, tenha certeza que a remuneração e o pacote profissional são o que você realmente quer

- Decisão tomada, não volte atrás

- Honre sua palavra, aceitar contraproposta te coloca em posição complicada

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Os riscos de montar uma consultoria

Veja os oito aspectos que os executivos precisam considerar antes de ingressar na carreira de consultor

Bart Perkins*
Publicada em 29 de janeiro de 2009 às 12h08


Como resultado direto das turbulências econômicas, muitos executivos que atuam na área de TI tem perdido empregos estáveis e, ao que tudo indica, essa situação ainda deve piorar nos próximos meses. Sem muita opção de encontrar uma nova vaga nas empresas, muitos profissionais começam a avaliar a possibilidade de montar uma pequena consultoria.

Esse tipo de negócio, no entanto, representa um risco. Isso porque, na maior parte dos casos, as consultorias de pequeno porte não têm estabelecido uma carteira de clientes, metodologias e processos administrativos. Pior, não apresentam recursos necessários para capacitação.

Assim, antes do CIO ou diretor de TI aceitar um convite para trabalhar numa pequena consultoria ou, mesmo, montar um negócio próprio nesse setor, deve considerar os seguintes aspectos:

Oferta de serviços


As pequenas consultorias de sucesso precisam oferecer um pequeno número de serviços, mas de muito alta qualidade. Deve-se focar em um determinado setor ou oferta no qual a equipe tem bastante expertise. Ou seja, vale resistir à vontade de dizer aos potenciais clientes que sua empresa pode endereçar qualquer necessidade de TI.



Desenvolvimento de negócios


Nenhuma consultoria existe sem clientes. Mas a maioria das empresas de pequeno porte não tem cuidado na hora de analisar o público-alvo. De forma geral, quando um profissional inicia um negócio, os próprios amigos o contratam. Isso até ajuda a dar início à operação, mas não cria uma companhias sustentável.


As verdadeiras empresas de sucessos precisam identificar oportunidades de negócio e fechar acordos com clientes que elas ainda não conhecem. Assim, se você odeia ser vendedor ou não consegue imaginar a possibilidade de fazer ligações para estranhos, esqueça o trabalho em uma pequena consultoria.

Fique atento às expectativas

Executivos que viram consultores algumas vezes querem oferecer conselhos baseados na sua própria experiência. Mas as consultorias que vão sobreviver a longo prazo devem trabalhar com uma abordagem verdadeiramente consultiva. Ou seja, até podem usar a experiência dos profissionais, contudo, precisam identificar as necessidades reais dos clientes para criar soluções e recomendações baseadas em análises rigorosas. Isso inclui, principalmente, dar atenção aos detalhes.

Defesa das idéias

Na maior parte das grandes organizações, os gerentes de nível médio se negam a implementar algumas idéias dos seus superiores. Com base nisso, as consultorias pequenas precisam ficar atentas para não impor suas idéias e, sim, vendê-las. Isso exige uma integração com o cliente e flexibilidade para modificar os objetivos iniciais. O ego não pode prevalecer.

Delegar

Pelo fato de uma pequena consultoria trabalhar com uma equipe limitada e, dificilmente, conta com o apoio de consultores menos experientes ou com uma equipe administrativa, delegar pode não ser uma opção viável. Com isso, os consultores precisam ter habilidades com Excel e PowerPoint, bem como devem saber escrever seus próprios relatórios.


Status



As pessoas que escolhem trocar um cargo executivo pelo trabalho em uma pequena consultoria perdem o status e os benefícios de uma grande organização. Assim, na maior parte dos casos, esses profissionais precisam aprender a trabalhar sem um assistente, em um escritório menor e com uma rede de computadores nem tão eficiente. Além disso, os jantares com clientes acabaram.


Na prática, isso pode gerar um desapontamento para os profissionais, os quais precisam adequar suas atitudes e objetivos a esse novo cenário.

Impacto financeiro


Com equipes enxutas, as consultorias menores só conseguem ser rentáveis quando os profissionais estão trabalhando em projetos que vão trazer resultados financeiros. No entanto, essas empresas precisam estar preparadas para enfrentar períodos de poucas demandas e, por consequência, dinheiro limitado para pagar empregados e fornecedores. O que exige estar bem preparado financeiramente.

Estratégia de saída

Consultorias menores, muitas vezes, são organizadas com base no estilo de vida dos proprietários. Com isso, se a empresa é administrada por profissionais jovens, pode ser baseada em oportunidades e desafios. Ou, o contrário, se o sócio for mais conservador, pode representar um lugar mais austero.


Assim, antes de aceitar o convite para trabalhar em uma pequena consultoria, entenda o perfil de quem dirige o negócio e veja se faz sentido, ou não, com seus objetivo.



Bart Perkins é gerente de parcerias da Lousiville, empresa norte-americana especializada em ajudar as organizações a investir melhor na área de TI