terça-feira, 28 de julho de 2009

Robert Half lista os 30 principais erros que os líderes cometem na crise

Para consultor, as falhas seriam menores se os gestores tivessem o cuidado de olhar e aprender com os erros já cometidos em outros momentos de recessão

Patricia Lisboa, repórter da CIO
Publicada em 27 de julho de 2009 às 09h05


Toda companhia tem seus modelos de liderança testados durante um período de instabilidades financeiras. A partir dessa constatação, a empresa de recrutamento de executivos Robert Half fez um levantamento dos 30 erros mais comuns que os gestores têm cometido desde o início da atual crise financeira internacional. Para realizar o estudo, a companhia analisou o comportamento dos seus clientes em todos os países do mundo, inclusive no Brasil.


"E os problemas poderiam ser menores se os profissionais observassem mais as dificuldades enfrentadas por outros líderes na mesma situação", analisa Fernando Mantovani, diretor da subsidiária brasileira da Robert Half. Segundo o executivo, para tanto, os líderes precisam estudar e buscar aprender com erros cometidos por outros gestores no passado.


No levantamento da Robert Half as falhas dos líderes são divididas em quatro categorias: clima e retenção, produtividade, inovação e capacidade de assumir riscos e fortalecimento dos negócios. Na primeira delas, estão incluídas a falta de transparência na comunicação entre o gestor e seus colaboradores, eliminação de incentivos para retenção de talentos, redução da autonomia das equipes e tomada de decisões com foco no curto prazo (como, por exemplo, o corte de funcionários que serão essenciais à companhia no futuro).

Em relação à produtividade, as principais falhas apontadas pelo levantamento são a obsessão dos gestores por realizar reuniões, redução de orçamento para treinamentos, promoção do clima de medo e insegurança no time, além da centralização de funções que poderiam ser delegadas.

No que diz respeito à inovação e capacidade de assumir riscos, a pesquisa mostra que os gestores erram ao motivar seus funcionários a investir tempo somente em iniciativas cujo resultado é garantido, ao reprimir o pensamento crítico (muitas vezes por insegurança profissional e medo de que o colaborador se destaque perante o alto comando) e ao esperar pela recuperação econômica para fazer mudanças.

Finalmente, no que tange às ações para o fortalecimento dos negócios, os erros mais comuns dos líderes são: não considerar os efeitos da economia sobre os clientes, sacrificar a qualidade dos produtos ou serviços comercializados em busca de margens melhores e tirar o foco das políticas de atendimento ao consumidor.

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