segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quatro dicas para a boa gestão de riscos

Rodrigo Afonso, repórter do COMPUTERWORLD

Publicada em 03 de julho de 2009 às 10h35

A aversão total a riscos é fenômeno que pode trazer prejuízo às empresas, as quais precisam tomar alguns cuidados para evitar esse tipo de atitude


Por conta do cenário de instabilidade da economia global,, a expressão “gestão de riscos” passou a fazer parte do dia a dia das empresas. Esse quadro trouxe importantes lições para os executivos, mas outro fenômeno, não tão positivo, pode prejudicar negócios: a aversão total a riscos.

De acordo com Pedro Bicudo, sócio-diretor da TGT Consult, muitos CIOs e outros profissionais da área de TI estão sempre caminhando na tentativa de eliminar completamente todos os riscos. “Buscar o risco zero não é uma abordagem equilibrada. É preciso ponderar o nível de risco que a empresa corre e até que ponto deixar de corrê-lo pode prejudicar os negócios da empresa”.

Um exemplo é a empresa que, no afã de barrar vírus e malwares, simplesmente bloqueia os programas de mensagens instantâneas, que hoje já são consideradas ferramentas de produtividade. No passado, esse bloqueio já aconteceu com outras soluções que hoje são imprescindíveis, como e-mail e internet. Com essa atitude, a companhia pode acabar atrasando projetos e aumentando gastos com ligações telefônicas e deslocamentos. No final, eliminar o risco pode resultar em prejuízo.

Para Bicudo, a área de TI deveria seguir o mesmo padrão da gestão de risco financeiro, de crédito ou de projeto. Essas áreas realizam ponderações cuidadosas sobre os riscos e definem métricas sobre quais deles vale a pena correr para melhorar o desempenho nos negócios.

Para orientar os profissionais, a consultoria TGT aconselha os profissionais a seguirem alguns passos para analisar e lidar com riscos:

1 – Abordagem
A empresa deve decidir quais abordagens podem ser utilizadas e qual metodologia é mais adequada para determinada situação ou projeto. A metodologia é que descreve as características de risco as quais o projeto está sujeito.

2 – Informações
A base para a correta identificação dos riscos está nas informações dos projetos, obtidos por meio de três fontes: visão dos recursos do projeto, visão dos clientes e documentação de avanço do projeto.

3 – Probabilidades e impactos
Identificados os riscos, os impactos e probabilidades de ocorrência do risco devem ser analisados, orientando o plano de ação.

4 – Continuidade
Embora não ocorram como processos isolados, as diferentes partes de uma empresa possuem impactos e ameaças diferentes diante de cada risco. O monitoramento deve ser contínuo para se chegar a uma situação ideal de gestão de riscos.


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