Em vez de realizar malabarismos com os recursos disponíveis, líderes de tecnologia devem priorizar os projetos estratégicos em detrimento de iniciativas que podem ser adiadas, suspensas ou canceladas
InfoWorld/EUA
Publicada em 28 de julho de 2009 às 08h00
Por quanto tempo a área de TI ainda vai suportar a pressão para “fazer mais com menos” sem sacrificar a qualidade de seus serviços? Esta questão, trazida à tona desde o princípio da crise financeira mundial, tira o sono dos líderes de tecnologia.
Os desafios diários de reduzir custos operacionais - a partir da redução de salários, congelamento de contratações e adiamento de projetos - criam condições desfavoráveis à motivação dos funcionários, segundo a consultora especializada em gestão de pessoas Suzanne Bates. Para ela, esse panorama gera muita insegurança nos colaboradores, os quais ficam desanimados em relação ao trabalho e, muitas vezes, passam a cometer atos impulsivos e até hostis.
Além disso, para complicar ainda mais a rotina dos gestores, a área de TI é sempre cobrada por mudanças tecnológicas que melhorem os resultados corporativos. “Enquanto lidam com todo o estresse de administrar custos e manter os times motivados, os líderes ainda devem conhecer novas tecnologias”, diz o diretor-executivo da empresa de recrutamento de executivos Robert Half nos Estados Unidos, Dave Willmer.
O consultor especializado em gestão de TI Bob Lewis afirma que a missão de “fazer mais com menos” deixa os executivos da área em uma situação extremamente delicada. Segundo ele, quando se absorve um número maior de atividades com o mínimo de recursos possíveis surgem questões, como “por que o departamento não é tão eficiente como antes?” e “se é possível atuar com pouco, antes da crise a companhia desperdiçava recursos?”.
Para Lewis, se o gestor não encontra maneiras de lidar com a queda nas receitas e o aumento nas demandas certamente será culpado pelos maus resultados da companhia. Ele explica que as melhores equipes de TI entendem que, em vez de fazer “mais com menos”, para encontrar o equilíbrio necessário em um momento de crise é preciso “fazer menos com menos”.
Assim, o especialista defende que a chave para o sucesso em períodos de instabilidade é definir prioridades de atuação e investimento de forma correta. É preciso ainda identificar projetos que podem e devem ser adiados, suspensos ou cancelados e diferenciá-los dos que devem ser mantidos.
Galen Gruman, InfoWorld/EUA
Nenhum comentário:
Postar um comentário