quarta-feira, 29 de julho de 2009

Os riscos que a TI assume ao fazer mais com menos

Em vez de realizar malabarismos com os recursos disponíveis, líderes de tecnologia devem priorizar os projetos estratégicos em detrimento de iniciativas que podem ser adiadas, suspensas ou canceladas

InfoWorld/EUA
Publicada em 28 de julho de 2009 às 08h00

Por quanto tempo a área de TI ainda vai suportar a pressão para “fazer mais com menos” sem sacrificar a qualidade de seus serviços? Esta questão, trazida à tona desde o princípio da crise financeira mundial, tira o sono dos líderes de tecnologia.

Os desafios diários de reduzir custos operacionais - a partir da redução de salários, congelamento de contratações e adiamento de projetos - criam condições desfavoráveis à motivação dos funcionários, segundo a consultora especializada em gestão de pessoas Suzanne Bates. Para ela, esse panorama gera muita insegurança nos colaboradores, os quais ficam desanimados em relação ao trabalho e, muitas vezes, passam a cometer atos impulsivos e até hostis.

Além disso, para complicar ainda mais a rotina dos gestores, a área de TI é sempre cobrada por mudanças tecnológicas que melhorem os resultados corporativos. “Enquanto lidam com todo o estresse de administrar custos e manter os times motivados, os líderes ainda devem conhecer novas tecnologias”, diz o diretor-executivo da empresa de recrutamento de executivos Robert Half nos Estados Unidos, Dave Willmer.

O consultor especializado em gestão de TI Bob Lewis afirma que a missão de “fazer mais com menos” deixa os executivos da área em uma situação extremamente delicada. Segundo ele, quando se absorve um número maior de atividades com o mínimo de recursos possíveis surgem questões, como “por que o departamento não é tão eficiente como antes?” e “se é possível atuar com pouco, antes da crise a companhia desperdiçava recursos?”.

Para Lewis, se o gestor não encontra maneiras de lidar com a queda nas receitas e o aumento nas demandas certamente será culpado pelos maus resultados da companhia. Ele explica que as melhores equipes de TI entendem que, em vez de fazer “mais com menos”, para encontrar o equilíbrio necessário em um momento de crise é preciso “fazer menos com menos”.

Assim, o especialista defende que a chave para o sucesso em períodos de instabilidade é definir prioridades de atuação e investimento de forma correta. É preciso ainda identificar projetos que podem e devem ser adiados, suspensos ou cancelados e diferenciá-los dos que devem ser mantidos.


Galen Gruman, InfoWorld/EUA

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