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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ninguém É Perfeito Mas Tem Coisas Que os Gerentes Nunca Devem Fazer

Todos nós tivemos chefes que fizeram coisas das quais ou não gostamos, ou não apreciamos ou mesmo não respeitamos. E todo gerente já fez alguma coisa da qual se arrependeu mais tarde. O mundo corporativo é um lugar onde decisões e julgamentos ocorrem em tempo real e que, ao olharmos de forma retrospectiva, eles às vezes acabam se configurando como más escolhas.

Tudo bem, afinal de contas, ninguém é perfeito. Todos nós cometemos erros. E isso é uma coisa positiva, pois é assim que aprendemos nossas lições - inclusive como fazer melhor o nosso trabalho.
Isso vale para todo funcionário, gerente, executivo, empresário, CEO, enfim, todo mundo.

Mas algumas vezes um erro pode se transformar numa verdadeira casca de banana. E aí, o que era para ser uma exceção pode acabar virando uma regra generalizada. O que quero dizer é que há fronteiras que os gerentes não devem cruzar, comportamentos que não devem ser exibidos e, sem querer ser excessivamente dramático, atalhos que levam para o lado negro.

Em “10 Coisas Para Aplicar Hoje E Ser Um Líder Melhor“, voltei no tempo para captar as melhores características dos melhores executivos com os quais trabalhei ao longo dos últimos 25 anos. Decidi agora olhar o outro lado da moeda, por dois motivos:
- Por simplemente ter aprendido tanto nas experiências negativas quanto nas positivas.
- Para fazer um contraponto à materia publicada há um par de semanas no caderno Carreira Executiva, da Folha de São Paulo, onde se revelavam as competências que levam à contratação dos executivos.

É importante ressaltar que o objetivo aqui não é trazer à tona um festival de lamúrias para fazer com que funcionários descontentes fiquem ainda mais irritados e chateados com seus respectivos chefes. Ao invés disso, considere isto como um padrão de comportamento a ser evitado, com o qual funcionários e chefes concordam e, ainda, um possível alerta para aqueles que necessitam rever, com urgência, seu modelo mental.

10 Coisas que os Gerentes Nunca Devem Fazer
  1. Ficar dando ordens a torto e a direito como se fosse um ditador. Ao contrário da crença popular, gerentes não são ditadores. Todo gerente tem pelo menos um chefe. Mesmo os CEOs respondem ao conselho de diretores e aos acionistas. Qualquer gerente que pensa que pode ficar dando ordens a torto e a direito, ou mesmo abusar de sua autoridade porque é O CHEFE, é um péssimo líder. Funcionários não são soldados e, muito menos, crianças. Você pode lhes dizer quais as tarefas deles e até mesmo despedi-los, se quiser, mas se ficar dando ordens à toa, os bons vão se rebelar e sair.
  2. Esquecer-se dos clientes. Nunca deixo de me assombrar como é que tantos gerentes se esquecem que organizações e companhias existem por uma única razão: conquistar, manter e apoiar clientes. Negócios tem a ver com negócios e quando você faz com que ele tenha a ver com você, com seus problemas, com seus medos, com seu império, com seus melindres, você deixa de ser um gerente eficaz.
  3. Comportar-se como um ignorante arrogante que acha que é melhor que os demais. Só para ficar claro: não estou dizendo que gerentes ou chefes não possam ser ignorantes. Muitas pessoas são ignorantes, incluindo um monte de funcionários, e quase todo mundo é um ignorante sob certas circunstâncias. Estou especificamente falando sobre o arrogante do tipo “Sou melhor que essa gentalha”. Isso faz você parecer um moleque mal-educado e neutraliza completamente sua autoridade e credibilidade.
  4. Deixar que seus egos assinem cheques que a realidade não pode cobrir. Muitas vezes líderes alcançam suas posições porque acreditam que são especiais – um equívoco fascinante que, entretanto, sempre provoca uma imensa autossatisfação. O problema é que, ao dourar a pilula, você pode acabar escorregando numa casca de banana. Portanto, ou você amadurece ou mais cedo ou mais tarde a realidade acaba vindo de supetão e cobrando o seu preço. Já vi isso repetidamente e as consequências não são nada agradáveis.
  5. Publicamente estripar os funcionários. De todas as coisas que já vivenciei ao longo dos anos, esta não só é a mais desumana, mas também a mais desmoralizante para os funcionários. Eu conheci um par de CXOs que faziam isso regularmente e ambos eram amplamente odiados, sem exceção. E mais, no final ambos acabaram se auto-detonando.
  6. Cercar seus sentimentos. Talvez isto soe um tanto sentimentalóide, mas longe disso. Pesquisadores gostam de classificar executivos e líderes como psicopatas, mas o mecanismo pelo qual isto ocorre é denominado compartimentalização das emoções. Se você um dia ficou imaginando como é que determinadas pessoas, que parecem não ter resquício algum de humor ou de humildade, podem se comportar da maneira que se comportam, a resposta é : desconectando-se de suas emoções. Dessa forma qualquer um fica bem menos humano.
  7. Rodear-se de burocratas e puxa-sacos. Quando você encoraja o status quo e desencoraja os dissidentes, você condena a organização a estagnação e a um eventual declínio.
  8. Ameaçar. Ameaças não funcionam. Provavelmente o que vai conseguir é gerar um comportamento oposto àquele que estava tentando obter. Elas diminuem sua autoridade e fazem você parecer fraco e mesmo pequeno. Comunique o que você quer e o porquê, e aja sobre os resultados. Isso funciona. Ameaças, não. E pelo amor de Deus, nunca ameace um funcionário com o seu emprego ou um fornecedor com o seu contrato. Isso está fora de cogitação.
  9. Agir feito criança. Todo mundo segue pelas mesma etapas de desenvolvimento humano ao longo da trajetória em direção à vida adulta e à maturidade. Infelizmente, alguns de nós acaba preso num estágio ou outro, retardando nosso crescimento e nos tornando disfuncionais. Apenas parecemos adultos normais, mas na realidade nos comportamos muito mais como crianças, seja representando, seja tendo acessos de ira e geralmente fazendo a vida impossível de todos ao nosso redor.
  10. Infringir a lei. O Brasil é uma nação com leis cada vez mais severas e, sejam de ordem civil ou criminal, elas são muito claras por uma bom motivo. Por alguma razão, os executivos vão algumas vezes arriscar tudo – poder, bem-estar, carreira, familia, tudo – por motivos que a maioria de nós nunca vamos conseguir entender. Estamos falando de fraude em contabilidade, apólices, bancos, transações eletrônicas e postal; e ainda em informações privilegiadas, suborno, obstruções da justiça, conspiração, discriminação, assédio… é uma longa lista.
Para evitar o lado negro, conte comigo.
Pablo
P.S. – Gostou? Para me seguir no Facebook, acesse https://www.facebook.com/coachingexecutivo

terça-feira, 28 de julho de 2009

Robert Half lista os 30 principais erros que os líderes cometem na crise

Para consultor, as falhas seriam menores se os gestores tivessem o cuidado de olhar e aprender com os erros já cometidos em outros momentos de recessão

Patricia Lisboa, repórter da CIO
Publicada em 27 de julho de 2009 às 09h05


Toda companhia tem seus modelos de liderança testados durante um período de instabilidades financeiras. A partir dessa constatação, a empresa de recrutamento de executivos Robert Half fez um levantamento dos 30 erros mais comuns que os gestores têm cometido desde o início da atual crise financeira internacional. Para realizar o estudo, a companhia analisou o comportamento dos seus clientes em todos os países do mundo, inclusive no Brasil.


"E os problemas poderiam ser menores se os profissionais observassem mais as dificuldades enfrentadas por outros líderes na mesma situação", analisa Fernando Mantovani, diretor da subsidiária brasileira da Robert Half. Segundo o executivo, para tanto, os líderes precisam estudar e buscar aprender com erros cometidos por outros gestores no passado.


No levantamento da Robert Half as falhas dos líderes são divididas em quatro categorias: clima e retenção, produtividade, inovação e capacidade de assumir riscos e fortalecimento dos negócios. Na primeira delas, estão incluídas a falta de transparência na comunicação entre o gestor e seus colaboradores, eliminação de incentivos para retenção de talentos, redução da autonomia das equipes e tomada de decisões com foco no curto prazo (como, por exemplo, o corte de funcionários que serão essenciais à companhia no futuro).

Em relação à produtividade, as principais falhas apontadas pelo levantamento são a obsessão dos gestores por realizar reuniões, redução de orçamento para treinamentos, promoção do clima de medo e insegurança no time, além da centralização de funções que poderiam ser delegadas.

No que diz respeito à inovação e capacidade de assumir riscos, a pesquisa mostra que os gestores erram ao motivar seus funcionários a investir tempo somente em iniciativas cujo resultado é garantido, ao reprimir o pensamento crítico (muitas vezes por insegurança profissional e medo de que o colaborador se destaque perante o alto comando) e ao esperar pela recuperação econômica para fazer mudanças.

Finalmente, no que tange às ações para o fortalecimento dos negócios, os erros mais comuns dos líderes são: não considerar os efeitos da economia sobre os clientes, sacrificar a qualidade dos produtos ou serviços comercializados em busca de margens melhores e tirar o foco das políticas de atendimento ao consumidor.