A empresa Nvidia anunciou que deve lançar em breve o óculos 3D Vision no Brasil. O acessório proporciona efeitos 3D à algumas telas de PCs. Monitores certificados de marcas como Samsung, Viewsonic e Mitsubishi podem ser utilizados com os óculos.
Para alcançar os efeitos o 3DVision é composto não só pelos óculos, como também por um emissor infravermelho e um software que transforma o aplicativo que estiver em execução no computador em 3D. O acessório é recomendado para games, mas também pode ser utilizado em visualização de filmes e fotos.
Os óculos podem ser usados a uma distância de até seis metros do computador e não possuem fios. A fabricante informa que atualmente já existem 300 games compatíveis com o 3D Vision.
O preço estimado no Brasil é de R$699,00 e o único monitor compatível do mercado brasileiro, e certificado pela Nvidia, é o Samsung 2233RX.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Os riscos que a TI assume ao fazer mais com menos
Em vez de realizar malabarismos com os recursos disponíveis, líderes de tecnologia devem priorizar os projetos estratégicos em detrimento de iniciativas que podem ser adiadas, suspensas ou canceladas
InfoWorld/EUA
Publicada em 28 de julho de 2009 às 08h00
Por quanto tempo a área de TI ainda vai suportar a pressão para “fazer mais com menos” sem sacrificar a qualidade de seus serviços? Esta questão, trazida à tona desde o princípio da crise financeira mundial, tira o sono dos líderes de tecnologia.
Os desafios diários de reduzir custos operacionais - a partir da redução de salários, congelamento de contratações e adiamento de projetos - criam condições desfavoráveis à motivação dos funcionários, segundo a consultora especializada em gestão de pessoas Suzanne Bates. Para ela, esse panorama gera muita insegurança nos colaboradores, os quais ficam desanimados em relação ao trabalho e, muitas vezes, passam a cometer atos impulsivos e até hostis.
Além disso, para complicar ainda mais a rotina dos gestores, a área de TI é sempre cobrada por mudanças tecnológicas que melhorem os resultados corporativos. “Enquanto lidam com todo o estresse de administrar custos e manter os times motivados, os líderes ainda devem conhecer novas tecnologias”, diz o diretor-executivo da empresa de recrutamento de executivos Robert Half nos Estados Unidos, Dave Willmer.
O consultor especializado em gestão de TI Bob Lewis afirma que a missão de “fazer mais com menos” deixa os executivos da área em uma situação extremamente delicada. Segundo ele, quando se absorve um número maior de atividades com o mínimo de recursos possíveis surgem questões, como “por que o departamento não é tão eficiente como antes?” e “se é possível atuar com pouco, antes da crise a companhia desperdiçava recursos?”.
Para Lewis, se o gestor não encontra maneiras de lidar com a queda nas receitas e o aumento nas demandas certamente será culpado pelos maus resultados da companhia. Ele explica que as melhores equipes de TI entendem que, em vez de fazer “mais com menos”, para encontrar o equilíbrio necessário em um momento de crise é preciso “fazer menos com menos”.
Assim, o especialista defende que a chave para o sucesso em períodos de instabilidade é definir prioridades de atuação e investimento de forma correta. É preciso ainda identificar projetos que podem e devem ser adiados, suspensos ou cancelados e diferenciá-los dos que devem ser mantidos.
Galen Gruman, InfoWorld/EUA
InfoWorld/EUA
Publicada em 28 de julho de 2009 às 08h00
Por quanto tempo a área de TI ainda vai suportar a pressão para “fazer mais com menos” sem sacrificar a qualidade de seus serviços? Esta questão, trazida à tona desde o princípio da crise financeira mundial, tira o sono dos líderes de tecnologia.
Os desafios diários de reduzir custos operacionais - a partir da redução de salários, congelamento de contratações e adiamento de projetos - criam condições desfavoráveis à motivação dos funcionários, segundo a consultora especializada em gestão de pessoas Suzanne Bates. Para ela, esse panorama gera muita insegurança nos colaboradores, os quais ficam desanimados em relação ao trabalho e, muitas vezes, passam a cometer atos impulsivos e até hostis.
Além disso, para complicar ainda mais a rotina dos gestores, a área de TI é sempre cobrada por mudanças tecnológicas que melhorem os resultados corporativos. “Enquanto lidam com todo o estresse de administrar custos e manter os times motivados, os líderes ainda devem conhecer novas tecnologias”, diz o diretor-executivo da empresa de recrutamento de executivos Robert Half nos Estados Unidos, Dave Willmer.
O consultor especializado em gestão de TI Bob Lewis afirma que a missão de “fazer mais com menos” deixa os executivos da área em uma situação extremamente delicada. Segundo ele, quando se absorve um número maior de atividades com o mínimo de recursos possíveis surgem questões, como “por que o departamento não é tão eficiente como antes?” e “se é possível atuar com pouco, antes da crise a companhia desperdiçava recursos?”.
Para Lewis, se o gestor não encontra maneiras de lidar com a queda nas receitas e o aumento nas demandas certamente será culpado pelos maus resultados da companhia. Ele explica que as melhores equipes de TI entendem que, em vez de fazer “mais com menos”, para encontrar o equilíbrio necessário em um momento de crise é preciso “fazer menos com menos”.
Assim, o especialista defende que a chave para o sucesso em períodos de instabilidade é definir prioridades de atuação e investimento de forma correta. É preciso ainda identificar projetos que podem e devem ser adiados, suspensos ou cancelados e diferenciá-los dos que devem ser mantidos.
Galen Gruman, InfoWorld/EUA
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terça-feira, 28 de julho de 2009
Robert Half lista os 30 principais erros que os líderes cometem na crise
Para consultor, as falhas seriam menores se os gestores tivessem o cuidado de olhar e aprender com os erros já cometidos em outros momentos de recessão
Patricia Lisboa, repórter da CIO
Publicada em 27 de julho de 2009 às 09h05
Toda companhia tem seus modelos de liderança testados durante um período de instabilidades financeiras. A partir dessa constatação, a empresa de recrutamento de executivos Robert Half fez um levantamento dos 30 erros mais comuns que os gestores têm cometido desde o início da atual crise financeira internacional. Para realizar o estudo, a companhia analisou o comportamento dos seus clientes em todos os países do mundo, inclusive no Brasil.
"E os problemas poderiam ser menores se os profissionais observassem mais as dificuldades enfrentadas por outros líderes na mesma situação", analisa Fernando Mantovani, diretor da subsidiária brasileira da Robert Half. Segundo o executivo, para tanto, os líderes precisam estudar e buscar aprender com erros cometidos por outros gestores no passado.
No levantamento da Robert Half as falhas dos líderes são divididas em quatro categorias: clima e retenção, produtividade, inovação e capacidade de assumir riscos e fortalecimento dos negócios. Na primeira delas, estão incluídas a falta de transparência na comunicação entre o gestor e seus colaboradores, eliminação de incentivos para retenção de talentos, redução da autonomia das equipes e tomada de decisões com foco no curto prazo (como, por exemplo, o corte de funcionários que serão essenciais à companhia no futuro).
Em relação à produtividade, as principais falhas apontadas pelo levantamento são a obsessão dos gestores por realizar reuniões, redução de orçamento para treinamentos, promoção do clima de medo e insegurança no time, além da centralização de funções que poderiam ser delegadas.
No que diz respeito à inovação e capacidade de assumir riscos, a pesquisa mostra que os gestores erram ao motivar seus funcionários a investir tempo somente em iniciativas cujo resultado é garantido, ao reprimir o pensamento crítico (muitas vezes por insegurança profissional e medo de que o colaborador se destaque perante o alto comando) e ao esperar pela recuperação econômica para fazer mudanças.
Finalmente, no que tange às ações para o fortalecimento dos negócios, os erros mais comuns dos líderes são: não considerar os efeitos da economia sobre os clientes, sacrificar a qualidade dos produtos ou serviços comercializados em busca de margens melhores e tirar o foco das políticas de atendimento ao consumidor.
Patricia Lisboa, repórter da CIO
Publicada em 27 de julho de 2009 às 09h05
Toda companhia tem seus modelos de liderança testados durante um período de instabilidades financeiras. A partir dessa constatação, a empresa de recrutamento de executivos Robert Half fez um levantamento dos 30 erros mais comuns que os gestores têm cometido desde o início da atual crise financeira internacional. Para realizar o estudo, a companhia analisou o comportamento dos seus clientes em todos os países do mundo, inclusive no Brasil.
"E os problemas poderiam ser menores se os profissionais observassem mais as dificuldades enfrentadas por outros líderes na mesma situação", analisa Fernando Mantovani, diretor da subsidiária brasileira da Robert Half. Segundo o executivo, para tanto, os líderes precisam estudar e buscar aprender com erros cometidos por outros gestores no passado.
No levantamento da Robert Half as falhas dos líderes são divididas em quatro categorias: clima e retenção, produtividade, inovação e capacidade de assumir riscos e fortalecimento dos negócios. Na primeira delas, estão incluídas a falta de transparência na comunicação entre o gestor e seus colaboradores, eliminação de incentivos para retenção de talentos, redução da autonomia das equipes e tomada de decisões com foco no curto prazo (como, por exemplo, o corte de funcionários que serão essenciais à companhia no futuro).
Em relação à produtividade, as principais falhas apontadas pelo levantamento são a obsessão dos gestores por realizar reuniões, redução de orçamento para treinamentos, promoção do clima de medo e insegurança no time, além da centralização de funções que poderiam ser delegadas.
No que diz respeito à inovação e capacidade de assumir riscos, a pesquisa mostra que os gestores erram ao motivar seus funcionários a investir tempo somente em iniciativas cujo resultado é garantido, ao reprimir o pensamento crítico (muitas vezes por insegurança profissional e medo de que o colaborador se destaque perante o alto comando) e ao esperar pela recuperação econômica para fazer mudanças.
Finalmente, no que tange às ações para o fortalecimento dos negócios, os erros mais comuns dos líderes são: não considerar os efeitos da economia sobre os clientes, sacrificar a qualidade dos produtos ou serviços comercializados em busca de margens melhores e tirar o foco das políticas de atendimento ao consumidor.
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segunda-feira, 27 de julho de 2009
BT interliga operações mundiais da Nestlé com telepresença da Cisco
25/07/2009 - 10:56
A BT anuncia que assinou acordo global para conectar escritórios da Nestlé, uma das mais importantes empresas globais nas áreas de nutrição, saúde e bem-estar, por meio de serviços de videoconferência de próxima geração.
A BT vai fornecer para a Nestlé serviços gerenciados de videoconferência, utilizando a tecnologia Cisco de telepresença e a rede MPLS (Multi Protocol Label Switching) global da própria BT. O acordo também inclui o completo suporte à videoconferência, com o serviço Concierge da Unidade de Vídeo da BT.
A solução, que inicialmente irá ligar hubs mundiais da Nestlé, utiliza vídeo de alta definição e som multidimensional, o que resulta, para o usuário, em uma excelente experiência com videoconferência de alta qualidade. O sistema oferece aos usuários a sensação de estarem na mesma sala que os outros participantes, ainda que eles estejam do outro lado do mundo.
Além de maior eficiência para as reuniões internacionais, a Nestlé espera que o novo sistema venha a reduzir custos de viagem e melhorar a produtividade, aprimorando a colaboração entre equipes geograficamente dispersas.
Olivier Campenon, presidente da BT para E*MEA1 afirma que "estamos muito felizes em poder contribuir para que a Nestlé possa fazer uma economia substancial no que toca aos custos de viagem. Esse novo projeto com a Nestlé é mais uma prova da forte relação que construímos ao longo dos anos, conectando as operações da empresa em todo o mundo".
1 E*MEA inclui a Suíça, os países nórdicos, os países da Europa Central e Oriental, a Rússia, o Oriente Médio e a África.
Perfil- A BT é uma das líderes mundiais no fornecimento de soluções e serviços de telecomunicações, operando em 170 países. Entre suas principais atividades se destacam serviços de TI em rede, serviços de telecomunicações locais, nacionais e internacionais, produtos e serviços de banda larga e Internet de alto valor agregado e produtos e serviços de convergência fixo/móvel. A BT tem quatro principais linhas de negócio: BT Global Services, Openreach, BT Retail e BT Wholesale.
No ano fiscal que se encerrou em 31 de março de 2009, a receita do BT Group foi de 21 bilhões e 390 milhões de libras esterlinas.
A British Telecommunications plc (BT) é uma subsidiária integral do BT Group e engloba praticamente todos os negócios e ativos do BT Group. O BT Group está listado nas bolsas de valores de Londres e Nova York. Site www.bt.com/aboutbt
Fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=85002
A BT anuncia que assinou acordo global para conectar escritórios da Nestlé, uma das mais importantes empresas globais nas áreas de nutrição, saúde e bem-estar, por meio de serviços de videoconferência de próxima geração.
A BT vai fornecer para a Nestlé serviços gerenciados de videoconferência, utilizando a tecnologia Cisco de telepresença e a rede MPLS (Multi Protocol Label Switching) global da própria BT. O acordo também inclui o completo suporte à videoconferência, com o serviço Concierge da Unidade de Vídeo da BT.
A solução, que inicialmente irá ligar hubs mundiais da Nestlé, utiliza vídeo de alta definição e som multidimensional, o que resulta, para o usuário, em uma excelente experiência com videoconferência de alta qualidade. O sistema oferece aos usuários a sensação de estarem na mesma sala que os outros participantes, ainda que eles estejam do outro lado do mundo.
Além de maior eficiência para as reuniões internacionais, a Nestlé espera que o novo sistema venha a reduzir custos de viagem e melhorar a produtividade, aprimorando a colaboração entre equipes geograficamente dispersas.
Olivier Campenon, presidente da BT para E*MEA1 afirma que "estamos muito felizes em poder contribuir para que a Nestlé possa fazer uma economia substancial no que toca aos custos de viagem. Esse novo projeto com a Nestlé é mais uma prova da forte relação que construímos ao longo dos anos, conectando as operações da empresa em todo o mundo".
1 E*MEA inclui a Suíça, os países nórdicos, os países da Europa Central e Oriental, a Rússia, o Oriente Médio e a África.
Perfil- A BT é uma das líderes mundiais no fornecimento de soluções e serviços de telecomunicações, operando em 170 países. Entre suas principais atividades se destacam serviços de TI em rede, serviços de telecomunicações locais, nacionais e internacionais, produtos e serviços de banda larga e Internet de alto valor agregado e produtos e serviços de convergência fixo/móvel. A BT tem quatro principais linhas de negócio: BT Global Services, Openreach, BT Retail e BT Wholesale.
No ano fiscal que se encerrou em 31 de março de 2009, a receita do BT Group foi de 21 bilhões e 390 milhões de libras esterlinas.
A British Telecommunications plc (BT) é uma subsidiária integral do BT Group e engloba praticamente todos os negócios e ativos do BT Group. O BT Group está listado nas bolsas de valores de Londres e Nova York. Site www.bt.com/aboutbt
Fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=85002
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sexta-feira, 24 de julho de 2009
O Google poderia ter sido brasileiro
Veja a história de um projeto que poderia ter se transformado em um grande negócio.
A história do Google começou em 1996, como resultado de um projeto de Larry Page para a Universidade de Stanford. Em 1999, (ainda um projeto e não uma empresa) recebeu investimentos de 25 milhões vindos do fundador da Sun Microsystems. Finalmente, em 4 de setembro de 2001, foi registrada a patente do sistema de busca que tornou-se um sucesso mundial.
Essa rápida introdução serve apenas para situar você, leitor, numa cronologia do início do Google, porque meu assunto aqui não é o Google-que você-conhece, mas sim o Google que poderia ter sido.
Há nove anos, a agência para a qual eu trabalhava foi contatada por uma start-up para cuidar da sua comunicação. Talvez você não se lembre, mas em 2000 ainda vivíamos a internet pré-estouro da bolha, (e o mundo pré-11 de setembro) e todo mundo envolvido com internet acreditava, mesmo, que poderia amanhecer milionário qualquer dia desses. Talvez hoje você ache graça nisso, mas acredite, aqueles eram os tempos. Tempos, inclusive, nos quais a patente do Google ainda não estava registrada e assegurada.
Pois bem, fomos procurados por esta start-up que tinha um projeto fantástico, baseado nos algoritmos criados por um programador brasileiro. O que eles pretendiam fazer, entre outras coisas, era uma incrível “indexação” da internet. Sim, no início nós achamos que os caras estavam completamente loucos. E depois de vermos tudo que eles tinham – e todo o dinheiro que estavam recebendo de investidores interessados em fazer aquilo acontecer – começamos a achar que nós estávamos mesmo loucos – por não estarmos naquele negócio!
Eles tinham um investidor bastante generoso, que os colocou num andar inteiro num dos prédios mais modernos da Vila Olímpia, com a conexão mais rápida do país àquela altura. Eles vieram até a agência e explicaram tudo – aliás, muito mais do que a gente conseguia entender – para que nós pudéssemos começara a criar a comunicação – o nome da empresa, a marca, o conceito geral. A primeira reunião durou várias horas, até porque, não era simples entender a extensão do que eles pretendiam. Depois dessa grande reunião inicial, começamos a trabalhar.
Alguns dias depois, recebemos outro telefonema do nosso cliente start-up: ele queria rever algumas coisas no briefing. Acontece, explicaram eles, que ali as coisas aconteciam muito, muito depressa. E nos últimos dias eles tinham decidido mudar o direcionamento das coisas para tornar ainda maiores as perspectivas da empresa. E lá fomos nós de novo, pegar o segundo briefing em duas semanas. Que mudava inclusive a definição de público-alvo e o mercado de atuação da empresa, tornando tudo ainda maior e mais rentável.
Muito bem, voltamos ao trabalho depois desta segunda reunião, que durou umas quatro horas. Uma semana depois, fomos apresentar nossas idéias. Antes mesmo que pudéssemos começar, eles já nos avisaram, de um modo ético e preocupado: “Olha, antes de ver o que vocês têm pra nós, já temos que avisar que mudou muita coisa desde que falamos. Vamos ver o trabalho de vocês, mas de qualquer modo, vamos precisar de muitos ajustes porque mudou quase tudo”.
Bem, acho que neste ponto você já adivinhou o que aconteceu depois: pelos próximos quatro meses nós criamos nomes, marcas, conceitos, folders e roteiros de filmes. Quinzenalmente, aprestávamos novas visões que deveriam traduzir a grandeza do que a empresa estava fazendo. Em cada uma das reuniões, conhecíamos novos planos, cada vez mais complexos e ambiciosos. Uma das últimas apresentações que fizemos aconteceu na sede da empresa, onde em seguida houve uma festa para comemorar o início do funcionamento da versão de teste da tecnologia na qual eles estavam trabalhando durante esses quatro meses.
Testes internos, apenas, nada para o mercado, ainda. Durante a festa, houve discursos animadíssimos dos diretores. O investidor não estava lá, mas mandou lembranças: mais precisamente, duas lembranças, sob a forma de automóveis zero quilômetro, um para o criador do software, outro para o diretor de marketing (eu avisei: aqueles eram os tempos!).
Para resumir: a tecnologia deles era, mesmo fantástica e me lembra até hoje muito do que o Google vem fazendo. Eles tinham isso nas mãos antes da patente do sistema do Google. Mas eles não conseguiram decidir por um plano de ação! Não conseguiram definir uma estratégia única. Não conseguiram fechar o foco e colocar algo no mercado. Se você se lembra do início do Google, ele era “apenas” um sistema de busca mais eficiente. Hoje, é também um sistema de mapas, planilhas, agenda e outros aplicativos excelentes baseados em informação na web. E essa foi exatamente a diferença.
Acredito que muito mais do que estar baseado no Brasil, enquanto o Google estava baseado em Stanford; foi a decisão de dar uma forma simples, “é um mecanismo de busca – melhor que os outros” que fez a diferença entre o Google que nós usamos hoje e o Google-que–poderia-ter-sido. Poderia ter sido brasileiro. Se tivesse havido foco, decisão. Simplificação. Se houvesse sido lançado, mesmo que ainda não fosse perfeito. Porque as pessoas iriam começar a usar. E ele passaria a existir.
Porque inovação é resultado, é face pública, é o que as pessoas vêem e usam. O Google deixou de ser um projeto da Universidade de Stanford e virou um produto e uma grande companhia porque se tornou, rapidamente, um produto inovador e melhor que os outros – e tudo isso aconteceu porque ele foi colocado na web – no mercado, por assim dizer.
O que aconteceu com a empresa start-up? Ela seguiu pesquisando e aperfeiçoando seu incrível produto por mais e mais meses. Eventualmente, ela aprovou um dos nomes e logotipos que criamos e imprimiu cartões de visita. Mas o tempo foi fatal: veio o estouro da bolha da internet. Os investidores encolheram. O capital de risco desapareceu. A falta de capital obrigou o desmantelamento da equipe e eliminou os investimentos destinados a divulgar a novidade. E no fim, o produto nunca foi lançado. Enquanto isso, em Stanford, Larry Page recebeu a patente do sistema Google. E o mundo das buscas on-line nunca mais foi o mesmo.
Por Paulo Ferreira (publicitário, escritor, roteirista, músico e compositor, atua como consultor especialista em Gestão Estratégica de Negócios. E-mail: paulo.ferreira@wasaby.com.br)
HSM Online
24/07/2009
A história do Google começou em 1996, como resultado de um projeto de Larry Page para a Universidade de Stanford. Em 1999, (ainda um projeto e não uma empresa) recebeu investimentos de 25 milhões vindos do fundador da Sun Microsystems. Finalmente, em 4 de setembro de 2001, foi registrada a patente do sistema de busca que tornou-se um sucesso mundial.
Essa rápida introdução serve apenas para situar você, leitor, numa cronologia do início do Google, porque meu assunto aqui não é o Google-que você-conhece, mas sim o Google que poderia ter sido.
Há nove anos, a agência para a qual eu trabalhava foi contatada por uma start-up para cuidar da sua comunicação. Talvez você não se lembre, mas em 2000 ainda vivíamos a internet pré-estouro da bolha, (e o mundo pré-11 de setembro) e todo mundo envolvido com internet acreditava, mesmo, que poderia amanhecer milionário qualquer dia desses. Talvez hoje você ache graça nisso, mas acredite, aqueles eram os tempos. Tempos, inclusive, nos quais a patente do Google ainda não estava registrada e assegurada.
Pois bem, fomos procurados por esta start-up que tinha um projeto fantástico, baseado nos algoritmos criados por um programador brasileiro. O que eles pretendiam fazer, entre outras coisas, era uma incrível “indexação” da internet. Sim, no início nós achamos que os caras estavam completamente loucos. E depois de vermos tudo que eles tinham – e todo o dinheiro que estavam recebendo de investidores interessados em fazer aquilo acontecer – começamos a achar que nós estávamos mesmo loucos – por não estarmos naquele negócio!
Eles tinham um investidor bastante generoso, que os colocou num andar inteiro num dos prédios mais modernos da Vila Olímpia, com a conexão mais rápida do país àquela altura. Eles vieram até a agência e explicaram tudo – aliás, muito mais do que a gente conseguia entender – para que nós pudéssemos começara a criar a comunicação – o nome da empresa, a marca, o conceito geral. A primeira reunião durou várias horas, até porque, não era simples entender a extensão do que eles pretendiam. Depois dessa grande reunião inicial, começamos a trabalhar.
Alguns dias depois, recebemos outro telefonema do nosso cliente start-up: ele queria rever algumas coisas no briefing. Acontece, explicaram eles, que ali as coisas aconteciam muito, muito depressa. E nos últimos dias eles tinham decidido mudar o direcionamento das coisas para tornar ainda maiores as perspectivas da empresa. E lá fomos nós de novo, pegar o segundo briefing em duas semanas. Que mudava inclusive a definição de público-alvo e o mercado de atuação da empresa, tornando tudo ainda maior e mais rentável.
Muito bem, voltamos ao trabalho depois desta segunda reunião, que durou umas quatro horas. Uma semana depois, fomos apresentar nossas idéias. Antes mesmo que pudéssemos começar, eles já nos avisaram, de um modo ético e preocupado: “Olha, antes de ver o que vocês têm pra nós, já temos que avisar que mudou muita coisa desde que falamos. Vamos ver o trabalho de vocês, mas de qualquer modo, vamos precisar de muitos ajustes porque mudou quase tudo”.
Bem, acho que neste ponto você já adivinhou o que aconteceu depois: pelos próximos quatro meses nós criamos nomes, marcas, conceitos, folders e roteiros de filmes. Quinzenalmente, aprestávamos novas visões que deveriam traduzir a grandeza do que a empresa estava fazendo. Em cada uma das reuniões, conhecíamos novos planos, cada vez mais complexos e ambiciosos. Uma das últimas apresentações que fizemos aconteceu na sede da empresa, onde em seguida houve uma festa para comemorar o início do funcionamento da versão de teste da tecnologia na qual eles estavam trabalhando durante esses quatro meses.
Testes internos, apenas, nada para o mercado, ainda. Durante a festa, houve discursos animadíssimos dos diretores. O investidor não estava lá, mas mandou lembranças: mais precisamente, duas lembranças, sob a forma de automóveis zero quilômetro, um para o criador do software, outro para o diretor de marketing (eu avisei: aqueles eram os tempos!).
Para resumir: a tecnologia deles era, mesmo fantástica e me lembra até hoje muito do que o Google vem fazendo. Eles tinham isso nas mãos antes da patente do sistema do Google. Mas eles não conseguiram decidir por um plano de ação! Não conseguiram definir uma estratégia única. Não conseguiram fechar o foco e colocar algo no mercado. Se você se lembra do início do Google, ele era “apenas” um sistema de busca mais eficiente. Hoje, é também um sistema de mapas, planilhas, agenda e outros aplicativos excelentes baseados em informação na web. E essa foi exatamente a diferença.
Acredito que muito mais do que estar baseado no Brasil, enquanto o Google estava baseado em Stanford; foi a decisão de dar uma forma simples, “é um mecanismo de busca – melhor que os outros” que fez a diferença entre o Google que nós usamos hoje e o Google-que–poderia-ter-sido. Poderia ter sido brasileiro. Se tivesse havido foco, decisão. Simplificação. Se houvesse sido lançado, mesmo que ainda não fosse perfeito. Porque as pessoas iriam começar a usar. E ele passaria a existir.
Porque inovação é resultado, é face pública, é o que as pessoas vêem e usam. O Google deixou de ser um projeto da Universidade de Stanford e virou um produto e uma grande companhia porque se tornou, rapidamente, um produto inovador e melhor que os outros – e tudo isso aconteceu porque ele foi colocado na web – no mercado, por assim dizer.
O que aconteceu com a empresa start-up? Ela seguiu pesquisando e aperfeiçoando seu incrível produto por mais e mais meses. Eventualmente, ela aprovou um dos nomes e logotipos que criamos e imprimiu cartões de visita. Mas o tempo foi fatal: veio o estouro da bolha da internet. Os investidores encolheram. O capital de risco desapareceu. A falta de capital obrigou o desmantelamento da equipe e eliminou os investimentos destinados a divulgar a novidade. E no fim, o produto nunca foi lançado. Enquanto isso, em Stanford, Larry Page recebeu a patente do sistema Google. E o mundo das buscas on-line nunca mais foi o mesmo.
Por Paulo Ferreira (publicitário, escritor, roteirista, músico e compositor, atua como consultor especialista em Gestão Estratégica de Negócios. E-mail: paulo.ferreira@wasaby.com.br)
HSM Online
24/07/2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Especialista prevê mudanças sem precedentes para a TI
Vice-presidente da IDC indica que, nos próximos quatro anos, há uma tendência de dobrar o número de servidores instalados no mundo, ao mesmo tempo em que os dados transacionados em redes sociais tendem a crescer oito vezes e os usuários de serviços móveis devem triplicar
CIO/EUA
Publicada em 21 de julho de 2009 às 17h28
Os próximos quatro anos serão marcados por oportunidades inéditas de sucesso ou fracasso para os CIOs, na opinião do vice-presidente da IDC - consultoria norte-americana especializada em TI -, John Gantz. Para ele, de forma geral, as crises representam uma oportunidade, "mas os profissionais precisam ter uma postura proativa se quiserem tirar algo bom dessa atual turbulência", explica Gantz.
Na prática, o vice-presidente da IDC aconselha que os líderes de TI, bem como suas equipes, precisam, mais do que nunca, trabalhar de forma casada com os demais departamentos da companhia e com os fornecedores. Além disso, ele defende que as áreas de tecnologia terão de se reorganizar para atender, de forma mais eficiente, as necessidades do negócio.
“O sucesso da TI será direcionado pelos acontecimentos e estratégias das divisões de negócios”, diz Gantz ao explicar que o principal desafio dos CIOs nesse cenário é lidar com a crise econômica e identificar quais das muitas novas tecnologias serão necessárias à retomada dos investimentos.
Quanto ao futuro, Gantz mostra-se otimista ao apontar que, nos próximos quatro anos, vamos acompanhar um aumento expressivo na demanda por profissionais que atuem nas áreas de TI e telecom e o número de servidores instalados deve dobrar no mundo. Também segundo o vice-presidente, até 2013, os usuários de tecnologias móveis tende a triplicar, enquanto volume de informações transacionadas por rede sociais crescerá oito vezes. Fatos que implicarão na necessidade melhorar as políticas corporativas de segurança e descarte dos dados.
“Vivemos o “renascimento” da TI e os CIOs têm a oportunidade de ganhar destaque nas organizações, aponta Gantz, que aconselha os gestores da área de tecnologia a olhar com atenção temas como: gerenciamento de segurança, redes sociais, SaaS (software como serviço), terceirização e BPO (terceirização de processos de negócios, da siga em inglês).
Divina Paredes, da CIO/EUA
CIO/EUA
Publicada em 21 de julho de 2009 às 17h28
Os próximos quatro anos serão marcados por oportunidades inéditas de sucesso ou fracasso para os CIOs, na opinião do vice-presidente da IDC - consultoria norte-americana especializada em TI -, John Gantz. Para ele, de forma geral, as crises representam uma oportunidade, "mas os profissionais precisam ter uma postura proativa se quiserem tirar algo bom dessa atual turbulência", explica Gantz.
Na prática, o vice-presidente da IDC aconselha que os líderes de TI, bem como suas equipes, precisam, mais do que nunca, trabalhar de forma casada com os demais departamentos da companhia e com os fornecedores. Além disso, ele defende que as áreas de tecnologia terão de se reorganizar para atender, de forma mais eficiente, as necessidades do negócio.
“O sucesso da TI será direcionado pelos acontecimentos e estratégias das divisões de negócios”, diz Gantz ao explicar que o principal desafio dos CIOs nesse cenário é lidar com a crise econômica e identificar quais das muitas novas tecnologias serão necessárias à retomada dos investimentos.
Quanto ao futuro, Gantz mostra-se otimista ao apontar que, nos próximos quatro anos, vamos acompanhar um aumento expressivo na demanda por profissionais que atuem nas áreas de TI e telecom e o número de servidores instalados deve dobrar no mundo. Também segundo o vice-presidente, até 2013, os usuários de tecnologias móveis tende a triplicar, enquanto volume de informações transacionadas por rede sociais crescerá oito vezes. Fatos que implicarão na necessidade melhorar as políticas corporativas de segurança e descarte dos dados.
“Vivemos o “renascimento” da TI e os CIOs têm a oportunidade de ganhar destaque nas organizações, aponta Gantz, que aconselha os gestores da área de tecnologia a olhar com atenção temas como: gerenciamento de segurança, redes sociais, SaaS (software como serviço), terceirização e BPO (terceirização de processos de negócios, da siga em inglês).
Divina Paredes, da CIO/EUA
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Masdar, a cidade mais verde do mundo
Exibido em: 12/07/09
Cidade não terá carros movidos a gasolina, todos serão elétricos; sol será principal fonte de energia
Uma cidade para 400 mil habitantes está sendo construída nos Emirados Árabes. Até aí tudo bem, se não fossem alguns detalhes: Masdar será desenvolvida com as mais avançadas tecnologias, e de uma forma ecologicamente correta. Esta será a primeira cidade no mundo que terá toda a sua emissão de carbono neutralizada. Confira na matéria o que de mais inovador a cidade terá!
Link:
Página oficial - Masdar
Cidade não terá carros movidos a gasolina, todos serão elétricos; sol será principal fonte de energia
Uma cidade para 400 mil habitantes está sendo construída nos Emirados Árabes. Até aí tudo bem, se não fossem alguns detalhes: Masdar será desenvolvida com as mais avançadas tecnologias, e de uma forma ecologicamente correta. Esta será a primeira cidade no mundo que terá toda a sua emissão de carbono neutralizada. Confira na matéria o que de mais inovador a cidade terá!
Link:
Página oficial - Masdar
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Luciano Ferrari,
Masdar,
Sustentabilidade
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Profissional em alta no departamento de TI: capacity manager
A principal atribuição de quem ocupa esse cargo, que tende a ser cada vez mais valorizado pelos CIOs, é adequar os recursos tecnológicos para suportar as necessidades do negócio
Juan Carlos Perez, CIO/EUA
Publicada em 09 de julho de 2009 às 08h05
O trabalho desse profissional é determinar se a infraestrutura tecnológica está sendo utilizada de forma realmente otimizada e, se não, que tipo de mudanças deveriam ser feitas para adequá-la. “É um trabalho único na área de TI. Esse capacity manager faz o monitoramento, análise e projeções para saber se a organização tem a capacidade tecnológica adequada para atingir os objetivos de negócio”, detalha Dave Van De Voort, diretor da consultoria na área de recursos humanos Mercer.
“Se você não tem uma capacidade de gerenciamento, pode fazer menos investimentos em TI do que deveria, o que afeta a operação, ou, por outro lado, corre o risco de ter um excesso de capacidade e gastar mais do que precisaria com sistemas”, detalha Voort, ao elencar a importância de ter alguém dentro da área de tecnologia para fazer esse tipo de avaliação.
Na mesma linha, John Estes, vice-presidente da divisão de tecnologia da Robert Half – companhia de recrutamento de executivos –, aponta que esse controle efetivo das capacidades de TI é essencial. Para justificar sua visão, Estes afirma que ao ajustar os recursos da área de tecnologia às reais necessidades da organização o CIO consegue ser mais eficiente com os recursos que já tem ou, ainda, consegue absorver novas soluções rapidamente.
Para o vice-presidente da Robert Half, o aumento da demanda por virtualização, a tendência de cloud computing e a pressão para que os CIOs tragam mais retorno sobre os investimentos da área de tecnologia da informação tendem a fazer com que esse cargo de capacity manager ganhe força nos próximos anos.
Quanto aos conhecimentos necessário a um capacity manager, para ocupar o cargo o profissional precisa apresentar um profundo conhecimento técnico, principalmente em relação à infraestrutura de TI. É aconselhável também que seja alguém bom para lidar com orçamentos e análises estatísticas. De forma geral, os consultores em recursos humanos apontam que o ideal seria que o CIO contratasse alguém com, pelo menos, seis anos de experiência.
Juan Carlos Perez, CIO/EUA
Publicada em 09 de julho de 2009 às 08h05
O trabalho desse profissional é determinar se a infraestrutura tecnológica está sendo utilizada de forma realmente otimizada e, se não, que tipo de mudanças deveriam ser feitas para adequá-la. “É um trabalho único na área de TI. Esse capacity manager faz o monitoramento, análise e projeções para saber se a organização tem a capacidade tecnológica adequada para atingir os objetivos de negócio”, detalha Dave Van De Voort, diretor da consultoria na área de recursos humanos Mercer.
“Se você não tem uma capacidade de gerenciamento, pode fazer menos investimentos em TI do que deveria, o que afeta a operação, ou, por outro lado, corre o risco de ter um excesso de capacidade e gastar mais do que precisaria com sistemas”, detalha Voort, ao elencar a importância de ter alguém dentro da área de tecnologia para fazer esse tipo de avaliação.
Na mesma linha, John Estes, vice-presidente da divisão de tecnologia da Robert Half – companhia de recrutamento de executivos –, aponta que esse controle efetivo das capacidades de TI é essencial. Para justificar sua visão, Estes afirma que ao ajustar os recursos da área de tecnologia às reais necessidades da organização o CIO consegue ser mais eficiente com os recursos que já tem ou, ainda, consegue absorver novas soluções rapidamente.
Para o vice-presidente da Robert Half, o aumento da demanda por virtualização, a tendência de cloud computing e a pressão para que os CIOs tragam mais retorno sobre os investimentos da área de tecnologia da informação tendem a fazer com que esse cargo de capacity manager ganhe força nos próximos anos.
Quanto aos conhecimentos necessário a um capacity manager, para ocupar o cargo o profissional precisa apresentar um profundo conhecimento técnico, principalmente em relação à infraestrutura de TI. É aconselhável também que seja alguém bom para lidar com orçamentos e análises estatísticas. De forma geral, os consultores em recursos humanos apontam que o ideal seria que o CIO contratasse alguém com, pelo menos, seis anos de experiência.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Quatro dicas para a boa gestão de riscos
Rodrigo Afonso, repórter do COMPUTERWORLD
Publicada em 03 de julho de 2009 às 10h35
A aversão total a riscos é fenômeno que pode trazer prejuízo às empresas, as quais precisam tomar alguns cuidados para evitar esse tipo de atitude
Por conta do cenário de instabilidade da economia global,, a expressão “gestão de riscos” passou a fazer parte do dia a dia das empresas. Esse quadro trouxe importantes lições para os executivos, mas outro fenômeno, não tão positivo, pode prejudicar negócios: a aversão total a riscos.
De acordo com Pedro Bicudo, sócio-diretor da TGT Consult, muitos CIOs e outros profissionais da área de TI estão sempre caminhando na tentativa de eliminar completamente todos os riscos. “Buscar o risco zero não é uma abordagem equilibrada. É preciso ponderar o nível de risco que a empresa corre e até que ponto deixar de corrê-lo pode prejudicar os negócios da empresa”.
Um exemplo é a empresa que, no afã de barrar vírus e malwares, simplesmente bloqueia os programas de mensagens instantâneas, que hoje já são consideradas ferramentas de produtividade. No passado, esse bloqueio já aconteceu com outras soluções que hoje são imprescindíveis, como e-mail e internet. Com essa atitude, a companhia pode acabar atrasando projetos e aumentando gastos com ligações telefônicas e deslocamentos. No final, eliminar o risco pode resultar em prejuízo.
Para Bicudo, a área de TI deveria seguir o mesmo padrão da gestão de risco financeiro, de crédito ou de projeto. Essas áreas realizam ponderações cuidadosas sobre os riscos e definem métricas sobre quais deles vale a pena correr para melhorar o desempenho nos negócios.
Para orientar os profissionais, a consultoria TGT aconselha os profissionais a seguirem alguns passos para analisar e lidar com riscos:
1 – Abordagem
A empresa deve decidir quais abordagens podem ser utilizadas e qual metodologia é mais adequada para determinada situação ou projeto. A metodologia é que descreve as características de risco as quais o projeto está sujeito.
2 – Informações
A base para a correta identificação dos riscos está nas informações dos projetos, obtidos por meio de três fontes: visão dos recursos do projeto, visão dos clientes e documentação de avanço do projeto.
3 – Probabilidades e impactos
Identificados os riscos, os impactos e probabilidades de ocorrência do risco devem ser analisados, orientando o plano de ação.
4 – Continuidade
Embora não ocorram como processos isolados, as diferentes partes de uma empresa possuem impactos e ameaças diferentes diante de cada risco. O monitoramento deve ser contínuo para se chegar a uma situação ideal de gestão de riscos.
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Copyright 2009 Now!Digital Business Ltda. Todos os direitos reservados.
Publicada em 03 de julho de 2009 às 10h35
A aversão total a riscos é fenômeno que pode trazer prejuízo às empresas, as quais precisam tomar alguns cuidados para evitar esse tipo de atitude
Por conta do cenário de instabilidade da economia global,, a expressão “gestão de riscos” passou a fazer parte do dia a dia das empresas. Esse quadro trouxe importantes lições para os executivos, mas outro fenômeno, não tão positivo, pode prejudicar negócios: a aversão total a riscos.
De acordo com Pedro Bicudo, sócio-diretor da TGT Consult, muitos CIOs e outros profissionais da área de TI estão sempre caminhando na tentativa de eliminar completamente todos os riscos. “Buscar o risco zero não é uma abordagem equilibrada. É preciso ponderar o nível de risco que a empresa corre e até que ponto deixar de corrê-lo pode prejudicar os negócios da empresa”.
Um exemplo é a empresa que, no afã de barrar vírus e malwares, simplesmente bloqueia os programas de mensagens instantâneas, que hoje já são consideradas ferramentas de produtividade. No passado, esse bloqueio já aconteceu com outras soluções que hoje são imprescindíveis, como e-mail e internet. Com essa atitude, a companhia pode acabar atrasando projetos e aumentando gastos com ligações telefônicas e deslocamentos. No final, eliminar o risco pode resultar em prejuízo.
Para Bicudo, a área de TI deveria seguir o mesmo padrão da gestão de risco financeiro, de crédito ou de projeto. Essas áreas realizam ponderações cuidadosas sobre os riscos e definem métricas sobre quais deles vale a pena correr para melhorar o desempenho nos negócios.
Para orientar os profissionais, a consultoria TGT aconselha os profissionais a seguirem alguns passos para analisar e lidar com riscos:
1 – Abordagem
A empresa deve decidir quais abordagens podem ser utilizadas e qual metodologia é mais adequada para determinada situação ou projeto. A metodologia é que descreve as características de risco as quais o projeto está sujeito.
2 – Informações
A base para a correta identificação dos riscos está nas informações dos projetos, obtidos por meio de três fontes: visão dos recursos do projeto, visão dos clientes e documentação de avanço do projeto.
3 – Probabilidades e impactos
Identificados os riscos, os impactos e probabilidades de ocorrência do risco devem ser analisados, orientando o plano de ação.
4 – Continuidade
Embora não ocorram como processos isolados, as diferentes partes de uma empresa possuem impactos e ameaças diferentes diante de cada risco. O monitoramento deve ser contínuo para se chegar a uma situação ideal de gestão de riscos.
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sexta-feira, 3 de julho de 2009
Cada vez mais vigiado, Google diz que não é tão grande
Miguel Helft
O Google responde por cerca de dois terços do total de buscas realizadas na internet. Controla o maior dos sites de vídeo, o YouTube, cuja popularidade supera em mais de 10 vezes a de seu concorrente mais próximo. E, no ano passado, a empresa faturou quase US$ 22 bilhões com publicidade, valor superior ao de qualquer outra empresa mundial no ramo da mídia. Dadas todas essas riquezas, e muitas outras, como é que se pode considerar o Google uma empresa relativamente pequena, vulnerável à competição e sujeita a viradas radicais de destino a qualquer momento? Dana Wagner não demora em oferecer sua explicação.
Wagner, que é diretor jurídico do Google para assuntos de concorrência, enfrenta a hercúlea tarefa de convencer o mundo de que a empresa para a qual trabalha está longe de ocupar posição inabalável. "A concorrência está a apenas um clique de distância", alega Wagner.
A frase é parte de um discurso de campanha que ele já pronunciou no Vale do Silício, em Nova York e em Washington, repetindo a mesma ladainha nos últimos meses diante de jornalistas, estudiosos de questões jurídicas assessores do Congresso, organizações setoriais e qualquer outra pessoa ou órgão que possa influenciar a opinião pública com relação ao Google. "Participamos de um setor que está sempre sujeito a perturbações, e não podemos considerar nada como permanente ou garantido", ele afirma.
O Google iniciou essa ofensiva de relações públicas porque está em meio a um traiçoeiro rito de passagem que as empresas de tecnologia poderosas sempre precisam enfrentar: as autoridades regulatórias agora observam com atenção todos os seus movimentos, como fizeram no passado com companhias como a AT&T, IBM, Intel e Microsoft. Alguns analistas afirmam que a oposição do governo, nos Estados Unidos ou na Europa, pode representar maior ameaça ao sucesso continuado do Google do que as ações de qualquer concorrente empresarial.
O Departamento da Justiça dos Estados Unidos torpedeou uma importante parceria que deveria ter entrado em vigor entre o Google e o Yahoo, em novembro, devido a preocupações de que ela poderia cimentar o domínio do Google sobre o mercado e restringir a competição. O departamento também está examinando as práticas de contratação do Google e de outras empresas de tecnologia, e investigando o acordo extrajudicial que pôs fim a um processo judicial coletivo entre o Google e organizações que representam escritores e editoras norte-americanos. A Comissão Federal do Comércio está avaliando as conexões que existem entre os integrantes dos conselhos do Google e da Apple.
Nenhuma dessas investigações têm por alvo a publicidade, que serve como núcleo das operações do Google. E ao contrário de alguns gigantes da tecnologia no passado, o Google até agora não foi acusado de utilizar táticas prejudiciais aos concorrentes. Mas as investigações e as queixas dos competidores e críticos forçam a empresa a se esforçar para negar a ideia de que tem o mercado sob controle, ainda que sua parcela das transações de publicidade vinculada a buscas não pare de crescer.
Muita gente não se conforma, especialmente diante da alegação de que o Google é uma empresa relativamente pequena em um mercado gigantesco. "Eles descrevem a situação que vivem no mercado com uma espécie de aura de conto de fadas que não reflete o domínio que exercem sobre setores chave", disse Jeff Chester, diretor executivo do Centro pela Democracia Digital. "As buscas do Google são um instrumento de publicidade obrigatório para todos os anunciantes do mundo".
A Microsoft prefere não comentar sobre os esforços de seu maior rival. Mas durante uma apresentação de Wagner a jornalistas, em San Francisco, no mês passado, representantes do departamento de relações públicas da Microsoft, que conheciam com antecedência o conteúdo da fala de Wagner, estavam enviando e-mails a repórteres nos quais refutavam alguns dos principais argumentos do palestrante, que teve de responder a uma série de perguntas rabugentas.
A preocupação do mercado quanto ao poder que o Google veio a adquirir não é novidade. Mas alguns especialistas afirmam que a sequência de manchetes sobre investigações antitruste pode macular a imagem do Google junto aos consumidores, que em geral ainda consideram a empresa, e sua lista crescente de serviços online gratuitos e inovadores, de maneira positiva.
"Nenhuma empresa, quer se trate do Google, da Microsoft ou de qualquer outra companhia, deseja ser retratada de maneira negativa", disse David Yoffie, professor na escola de administração de empresas da Universidade Harvard. "O Google está absolutamente certo em estar preocupado, preparado, até mesmo paranóico, e em reagir da maneira devida".
Kent Walker, o vice-presidente do Google para assuntos jurídicos, disse que a empresa já esperava que seu sucesso resultasse em maior atenção à maneira pela qual opera. "O objetivo de nossas apresentações não é encantar as pessoas, mas basicamente explicar como funcionam os nossos negócios", disse. "Acreditamos que temos uma história forte a contar".
A tarefa de contar essa história terminou atribuída em larga medida a Wagner, 33, um homem de aparência juvenil cuja experiência anterior de trabalho foi como advogado na divisão antitruste do Departamento da Justiça. Ele não hesita em utilizar termos como "esquisito" e "bizarro", acompanhados por um sorriso desajeitado, ao discutir questões jurídicas e econômicas complexas. Ao contrário do que acontecia uma década atrás quando das investigações sobre a Microsoft, cujos executivos mal conseguiam ocultar seu desdém pelas autoridades regulatórias, Wagner fala em tom deferente sobre os seus antigos colegas no Departamento da Justiça.
"Eles certamente estão preocupados em fazer o melhor pelos usuários, pelos consumidores", afirma. "Minha empresa também está preocupada em fazer o melhor pelos usuários e consumidores".
O trabalho de Wagner não vem sendo fácil. Os slides que utiliza em sua apresentação estão em circulação há tanto tempo que a Consumer Watchdog, uma organização de defesa do consumidor que critica o Google, já postou em seu site uma versão anotada do material, na qual contesta praticamente todas as alegações do Google.
Por exemplo, em um slide que menciona elogios de um grupo de pressão a algumas das práticas do Google para proteger a privacidade dos usuários, a organização menciona quatro outros grupos que criticam a empresa pelo volume imenso de informações que recolhe quanto aos consumidores.
Wagner, para surpresa de ninguém, contesta essa interpretação do Google como um monopólio inabalável; A empresa obteve a posição de mercado de que desfruta ao oferecer produtos superiores, e poderia perdê-la rapidamente caso deixe de apresentar inovações, ele afirma. E ao contrário de empresas que dominaram eras passadas da computação, o Google facilita para os usuários a substituição de seus serviços pelos de rivais.
Um argumento central na posição defendida por Wagner é o de que o Google é uma empresa relativamente pequena operando em um mercado imenso, no qual seus concorrentes não apenas outros serviços de busca ou nem mesmo outros sites. O Google diz que disputa usuários contra sites tão distintos quanto a Amazon.com, webMD e Wikipédia, e verbas publicitárias com veículos como a televisão, rádio, mídia impressa, publicidade de rua e em embalagens de produtos.
Gregory Rosston, economista da Universidade Stanford que já assistiu a uma apresentação de Wagner, afirma que outras companhias que enfrentavam dificuldades junto às autoridades antitruste já haviam recorrido sem sucesso ao mesmo tipo de argumento.
"Quando empresas tentaram argumentar que a televisão, os jornais e os outdoors são parte do mesmo mercado publicitário que o rádio, por exemplo, o Departamento da Justiça e os tribunais não se deixaram convencer", afirma Rosston. "Isso posto, a internet realmente mudou as coisas, e pode ser que eles consigam defender esse argumento, agora".
O fato de que as dificuldades entre o Google e o governo tenham surgido nos últimos meses surpreendeu alguns analistas, porque a empresa e seus executivos são vistos como próximos ao governo do presidente Barack Obama.
Eric Schmidt, o presidente-executivo do Google, fez campanha por Obama, foi assessor da equipe de transição presidencial e hoje integra o conselho de consultoria sobre ciência e tecnologia da Casa Branca. Alguns antigos funcionários do Google conseguiram cargos importantes no novo governo.
Mas esses relacionamentos não parecem ter ajudado o Google com as autoridades regulatórias, ou ao menos não até agora. No entanto, oferecem nova causa de preocupação para os críticos do Google, que temem que a empresa venha a conquistar influência indevida sobre áreas estratégicas importantes, como a regulamentação da privacidade online.
Wagner afirma que alguns dos rivais de sua companhia, a exemplo da Microsoft e da AT&T, são não apenas muito maiores que o Google mas também gastam muito mais dinheiro em lobbies do que é o caso de sua companhia.
Embora o setor seja volátil e competitivo, Wagner afirma que se sente gratificado pelo sucesso que o Google conquistou. "Sabemos que há muita gente que utiliza nossos serviços para realizar buscas, e isso nos causa muito orgulho", diz. "Não estamos pedindo caridade".
Tradução: Paulo Migliacci ME
The New York Times
O Google responde por cerca de dois terços do total de buscas realizadas na internet. Controla o maior dos sites de vídeo, o YouTube, cuja popularidade supera em mais de 10 vezes a de seu concorrente mais próximo. E, no ano passado, a empresa faturou quase US$ 22 bilhões com publicidade, valor superior ao de qualquer outra empresa mundial no ramo da mídia. Dadas todas essas riquezas, e muitas outras, como é que se pode considerar o Google uma empresa relativamente pequena, vulnerável à competição e sujeita a viradas radicais de destino a qualquer momento? Dana Wagner não demora em oferecer sua explicação.
Wagner, que é diretor jurídico do Google para assuntos de concorrência, enfrenta a hercúlea tarefa de convencer o mundo de que a empresa para a qual trabalha está longe de ocupar posição inabalável. "A concorrência está a apenas um clique de distância", alega Wagner.
A frase é parte de um discurso de campanha que ele já pronunciou no Vale do Silício, em Nova York e em Washington, repetindo a mesma ladainha nos últimos meses diante de jornalistas, estudiosos de questões jurídicas assessores do Congresso, organizações setoriais e qualquer outra pessoa ou órgão que possa influenciar a opinião pública com relação ao Google. "Participamos de um setor que está sempre sujeito a perturbações, e não podemos considerar nada como permanente ou garantido", ele afirma.
O Google iniciou essa ofensiva de relações públicas porque está em meio a um traiçoeiro rito de passagem que as empresas de tecnologia poderosas sempre precisam enfrentar: as autoridades regulatórias agora observam com atenção todos os seus movimentos, como fizeram no passado com companhias como a AT&T, IBM, Intel e Microsoft. Alguns analistas afirmam que a oposição do governo, nos Estados Unidos ou na Europa, pode representar maior ameaça ao sucesso continuado do Google do que as ações de qualquer concorrente empresarial.
O Departamento da Justiça dos Estados Unidos torpedeou uma importante parceria que deveria ter entrado em vigor entre o Google e o Yahoo, em novembro, devido a preocupações de que ela poderia cimentar o domínio do Google sobre o mercado e restringir a competição. O departamento também está examinando as práticas de contratação do Google e de outras empresas de tecnologia, e investigando o acordo extrajudicial que pôs fim a um processo judicial coletivo entre o Google e organizações que representam escritores e editoras norte-americanos. A Comissão Federal do Comércio está avaliando as conexões que existem entre os integrantes dos conselhos do Google e da Apple.
Nenhuma dessas investigações têm por alvo a publicidade, que serve como núcleo das operações do Google. E ao contrário de alguns gigantes da tecnologia no passado, o Google até agora não foi acusado de utilizar táticas prejudiciais aos concorrentes. Mas as investigações e as queixas dos competidores e críticos forçam a empresa a se esforçar para negar a ideia de que tem o mercado sob controle, ainda que sua parcela das transações de publicidade vinculada a buscas não pare de crescer.
Muita gente não se conforma, especialmente diante da alegação de que o Google é uma empresa relativamente pequena em um mercado gigantesco. "Eles descrevem a situação que vivem no mercado com uma espécie de aura de conto de fadas que não reflete o domínio que exercem sobre setores chave", disse Jeff Chester, diretor executivo do Centro pela Democracia Digital. "As buscas do Google são um instrumento de publicidade obrigatório para todos os anunciantes do mundo".
A Microsoft prefere não comentar sobre os esforços de seu maior rival. Mas durante uma apresentação de Wagner a jornalistas, em San Francisco, no mês passado, representantes do departamento de relações públicas da Microsoft, que conheciam com antecedência o conteúdo da fala de Wagner, estavam enviando e-mails a repórteres nos quais refutavam alguns dos principais argumentos do palestrante, que teve de responder a uma série de perguntas rabugentas.
A preocupação do mercado quanto ao poder que o Google veio a adquirir não é novidade. Mas alguns especialistas afirmam que a sequência de manchetes sobre investigações antitruste pode macular a imagem do Google junto aos consumidores, que em geral ainda consideram a empresa, e sua lista crescente de serviços online gratuitos e inovadores, de maneira positiva.
"Nenhuma empresa, quer se trate do Google, da Microsoft ou de qualquer outra companhia, deseja ser retratada de maneira negativa", disse David Yoffie, professor na escola de administração de empresas da Universidade Harvard. "O Google está absolutamente certo em estar preocupado, preparado, até mesmo paranóico, e em reagir da maneira devida".
Kent Walker, o vice-presidente do Google para assuntos jurídicos, disse que a empresa já esperava que seu sucesso resultasse em maior atenção à maneira pela qual opera. "O objetivo de nossas apresentações não é encantar as pessoas, mas basicamente explicar como funcionam os nossos negócios", disse. "Acreditamos que temos uma história forte a contar".
A tarefa de contar essa história terminou atribuída em larga medida a Wagner, 33, um homem de aparência juvenil cuja experiência anterior de trabalho foi como advogado na divisão antitruste do Departamento da Justiça. Ele não hesita em utilizar termos como "esquisito" e "bizarro", acompanhados por um sorriso desajeitado, ao discutir questões jurídicas e econômicas complexas. Ao contrário do que acontecia uma década atrás quando das investigações sobre a Microsoft, cujos executivos mal conseguiam ocultar seu desdém pelas autoridades regulatórias, Wagner fala em tom deferente sobre os seus antigos colegas no Departamento da Justiça.
"Eles certamente estão preocupados em fazer o melhor pelos usuários, pelos consumidores", afirma. "Minha empresa também está preocupada em fazer o melhor pelos usuários e consumidores".
O trabalho de Wagner não vem sendo fácil. Os slides que utiliza em sua apresentação estão em circulação há tanto tempo que a Consumer Watchdog, uma organização de defesa do consumidor que critica o Google, já postou em seu site uma versão anotada do material, na qual contesta praticamente todas as alegações do Google.
Por exemplo, em um slide que menciona elogios de um grupo de pressão a algumas das práticas do Google para proteger a privacidade dos usuários, a organização menciona quatro outros grupos que criticam a empresa pelo volume imenso de informações que recolhe quanto aos consumidores.
Wagner, para surpresa de ninguém, contesta essa interpretação do Google como um monopólio inabalável; A empresa obteve a posição de mercado de que desfruta ao oferecer produtos superiores, e poderia perdê-la rapidamente caso deixe de apresentar inovações, ele afirma. E ao contrário de empresas que dominaram eras passadas da computação, o Google facilita para os usuários a substituição de seus serviços pelos de rivais.
Um argumento central na posição defendida por Wagner é o de que o Google é uma empresa relativamente pequena operando em um mercado imenso, no qual seus concorrentes não apenas outros serviços de busca ou nem mesmo outros sites. O Google diz que disputa usuários contra sites tão distintos quanto a Amazon.com, webMD e Wikipédia, e verbas publicitárias com veículos como a televisão, rádio, mídia impressa, publicidade de rua e em embalagens de produtos.
Gregory Rosston, economista da Universidade Stanford que já assistiu a uma apresentação de Wagner, afirma que outras companhias que enfrentavam dificuldades junto às autoridades antitruste já haviam recorrido sem sucesso ao mesmo tipo de argumento.
"Quando empresas tentaram argumentar que a televisão, os jornais e os outdoors são parte do mesmo mercado publicitário que o rádio, por exemplo, o Departamento da Justiça e os tribunais não se deixaram convencer", afirma Rosston. "Isso posto, a internet realmente mudou as coisas, e pode ser que eles consigam defender esse argumento, agora".
O fato de que as dificuldades entre o Google e o governo tenham surgido nos últimos meses surpreendeu alguns analistas, porque a empresa e seus executivos são vistos como próximos ao governo do presidente Barack Obama.
Eric Schmidt, o presidente-executivo do Google, fez campanha por Obama, foi assessor da equipe de transição presidencial e hoje integra o conselho de consultoria sobre ciência e tecnologia da Casa Branca. Alguns antigos funcionários do Google conseguiram cargos importantes no novo governo.
Mas esses relacionamentos não parecem ter ajudado o Google com as autoridades regulatórias, ou ao menos não até agora. No entanto, oferecem nova causa de preocupação para os críticos do Google, que temem que a empresa venha a conquistar influência indevida sobre áreas estratégicas importantes, como a regulamentação da privacidade online.
Wagner afirma que alguns dos rivais de sua companhia, a exemplo da Microsoft e da AT&T, são não apenas muito maiores que o Google mas também gastam muito mais dinheiro em lobbies do que é o caso de sua companhia.
Embora o setor seja volátil e competitivo, Wagner afirma que se sente gratificado pelo sucesso que o Google conquistou. "Sabemos que há muita gente que utiliza nossos serviços para realizar buscas, e isso nos causa muito orgulho", diz. "Não estamos pedindo caridade".
Tradução: Paulo Migliacci ME
The New York Times
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quarta-feira, 1 de julho de 2009
Trabalho remoto: os sete erros mais comuns de segurança
Especialistas mostram os principais equívocos que as pessoas cometem ao trabalhar em home office e apontam as melhores alternativas para essas situações
Joan Goodchild, CSO/EUA
Publicada em 24 de junho de 2009 às 09h05
Com o intuito de ajudar as empresas nessa empreitada de garantir a segurança das informações corporativas, a revista CSO ouviu dois especialistas no tema e mapeou os principais erros que os funcionários cometem quando trabalham de forma remota.
1. Ambiente adequado
Acostumado a trabalhar no ambiente doméstico, o jornalista Jeff Zbar entende bem o quão importante é manter a segurança física de seu escritório. Zbar tem hoje um blog sobre o tema (chiefhomeofficer.com) e ainda escreveu diversos livros sobre o assunto, incluindo o Safe@Home: Seven Keys to Home Office Security (ainda sem uma versão traduzida para o português).
Durante a temporada de furacões nos Estados Unidos, Zbar – que mora no Sul da Flórida – utiliza madeira para evitar danos à janela do escritório. Mas a preocupação com a segurança física vai muito além das questões climáticas. O jornalista precisa proteger o ambiente dos seus três filhos e três cachorros.
“Existem coisas que deveríamos prever quando temos um escritório em casa. E se uma criança olhar para a luz verde que sai do botão do computador e decidir tocá-la? Ou e se alguém passar e puxar um cabo sem querer?”, ressalta o jornalista. “Para isso, eu mantenho meu computador em um local no qual ele não pode ser acessado quando estou longe”, acrescenta Zbar, lembrando também que trancar a porta pode ser uma alternativa interessante.
Os aparatos de segurança do especialista incluem ainda um cofre à prova de fogo, no qual ele guarda documentos importantes, e um cortador de papel para eliminar informações confidenciais.
2. Itens básicos de rede
“A maioria das pessoas compra o roteador em uma loja de departamento e acha que isso é suficiente para montar uma rede doméstica. O que parece bastante assustador”, diz Derek Krein, CTO da empresa norte-americana Advanced Wireless Networks e especialista em segurança.
De acordo com Krein, a crença de que as redes domésticas não representam um alvo muito comum para criminosos representa um risco para quem trabalha de forma remota. “As pessoas pensam: ‘eu estou em casa e ninguém vai querer acessar meu computador”, cita o CTO. Uma postura que, segundo ele, leva as pessoas a abrir mão de mecanismos para evitar a vulnerabilidade desses ambientes.
Para o CTO, a lista básica de itens para qualquer rede, mesmo que ela seja doméstica, inclui: um firewall e um bom software para coibir vírus e malware. Ele ainda recomenda que quem mantém mais de um computador ligado em rede instale um firewall pessoal em cada um dos equipamentos – alguns sistemas operacionais já incluem esse tipo de funcionalidade.
3. Rede Wi-Fi
Se, apesar de enxergar a rede dos seus vizinhos, você só acessa sua própria rede Wi-Fi não se iluda: boa parte das pessoas não tem essa mesma ética.
Os especialistas aconselham que quem mantém uma rede wi-fi doméstica tenha algum tipo de encriptação para evitar que outras pessoas acessem o ambiente. “É importante garantir também que os equipamentos que estão ligados às redes wireless estejam configurados de forma adequada para trabalhar com total segurança”, enfatiza Krein, que acrescenta: “Isso pode consumir algum tempo, mas vale a pena”.
4. Computador pessoal e profissional
Algumas empresas estão sujeitas a leis muito específicas em relação ao manuseio de informações e que podem criar sérios problemas para os profissionais em ‘home office’, caso eles usem o mesmo computador para uso doméstico e profisisonal.
“Se você trabalha com números de cartão de crédito ou para uma empresa de saúde, por exemplo, precisa segregar muito bem os equipamentos usados para trabalho e para atividades pessoais”, considera Krein.
Ele afirma ainda que deixar outra pessoa da família acessar o computador de trabalho é uma prática comum, mas muito errada. “Você não pode deixar seu notebook ou desktop mais vulnerável do que o necessário por conta de acesso a páginas da internet indevidas”, ressalta Jeff Zbar.
5. Encontros de negócio
Zbar admite que, raramente, ele encontra clientes ou outras pessoas relacionadas ao trabalho em sua casa, mas prefere realizar as reuniões e encontros de negócio em lugares públicos ou no escritório da sua empresa.
Essa política, de acordo com o jornalista, não só garante a sua segurança- da sua casa e da sua família - como evita problemas legais. “O que eu faria se alguém que está vindo me encontrar para uma reunião de negócios tiver um acidente durante a viagem?”, questiona Zbar. Ainda segundo ele, sua apólice de seguros não prevê esse tipo de problema com terceiros.
6. Backup dos dados
A maior parte das pessoas já perdeu documentos do computador por conta de quedas de energia ou problemas com o disco rígido. Portanto, isso prova que realizar o backup de dados é uma coisa extremamente necessária e, o melhor, simples de fazer.
Uma solução óbvia é comprar um disco externo e programar backups manuais a cada semana. De qualquer forma, isso não evita perdas no caso de uma falha do sistema.
Outra opção é adotar uma solução de armazenamento automático.
Krein ainda recomenda ter um estabilizador de energia, bem como baterias extras para o notebook.
7. Ambiente de contingência
Para os profissionais que trabalham 100% do tempo de forma remoto, o escritório doméstico representa um dos lugares mais importantes. Mas poucos consideram a possibilidade de continuar a trabalhar em certas condições adversas, como um incêndio ou uma enchente, e que obrigam todas as pessoas a deixar a casa por tempo indeterminado.
Com o objetivo de se preparar para o pior, Zbar contratou serviços baseados em cloud computing (computação em nuvem) e que permitem trabalhar de qualquer lugar.
Fonte: CIO
Joan Goodchild, CSO/EUA
Publicada em 24 de junho de 2009 às 09h05
Com o intuito de ajudar as empresas nessa empreitada de garantir a segurança das informações corporativas, a revista CSO ouviu dois especialistas no tema e mapeou os principais erros que os funcionários cometem quando trabalham de forma remota.
1. Ambiente adequado
Acostumado a trabalhar no ambiente doméstico, o jornalista Jeff Zbar entende bem o quão importante é manter a segurança física de seu escritório. Zbar tem hoje um blog sobre o tema (chiefhomeofficer.com) e ainda escreveu diversos livros sobre o assunto, incluindo o Safe@Home: Seven Keys to Home Office Security (ainda sem uma versão traduzida para o português).
Durante a temporada de furacões nos Estados Unidos, Zbar – que mora no Sul da Flórida – utiliza madeira para evitar danos à janela do escritório. Mas a preocupação com a segurança física vai muito além das questões climáticas. O jornalista precisa proteger o ambiente dos seus três filhos e três cachorros.
“Existem coisas que deveríamos prever quando temos um escritório em casa. E se uma criança olhar para a luz verde que sai do botão do computador e decidir tocá-la? Ou e se alguém passar e puxar um cabo sem querer?”, ressalta o jornalista. “Para isso, eu mantenho meu computador em um local no qual ele não pode ser acessado quando estou longe”, acrescenta Zbar, lembrando também que trancar a porta pode ser uma alternativa interessante.
Os aparatos de segurança do especialista incluem ainda um cofre à prova de fogo, no qual ele guarda documentos importantes, e um cortador de papel para eliminar informações confidenciais.
2. Itens básicos de rede
“A maioria das pessoas compra o roteador em uma loja de departamento e acha que isso é suficiente para montar uma rede doméstica. O que parece bastante assustador”, diz Derek Krein, CTO da empresa norte-americana Advanced Wireless Networks e especialista em segurança.
De acordo com Krein, a crença de que as redes domésticas não representam um alvo muito comum para criminosos representa um risco para quem trabalha de forma remota. “As pessoas pensam: ‘eu estou em casa e ninguém vai querer acessar meu computador”, cita o CTO. Uma postura que, segundo ele, leva as pessoas a abrir mão de mecanismos para evitar a vulnerabilidade desses ambientes.
Para o CTO, a lista básica de itens para qualquer rede, mesmo que ela seja doméstica, inclui: um firewall e um bom software para coibir vírus e malware. Ele ainda recomenda que quem mantém mais de um computador ligado em rede instale um firewall pessoal em cada um dos equipamentos – alguns sistemas operacionais já incluem esse tipo de funcionalidade.
3. Rede Wi-Fi
Se, apesar de enxergar a rede dos seus vizinhos, você só acessa sua própria rede Wi-Fi não se iluda: boa parte das pessoas não tem essa mesma ética.
Os especialistas aconselham que quem mantém uma rede wi-fi doméstica tenha algum tipo de encriptação para evitar que outras pessoas acessem o ambiente. “É importante garantir também que os equipamentos que estão ligados às redes wireless estejam configurados de forma adequada para trabalhar com total segurança”, enfatiza Krein, que acrescenta: “Isso pode consumir algum tempo, mas vale a pena”.
4. Computador pessoal e profissional
Algumas empresas estão sujeitas a leis muito específicas em relação ao manuseio de informações e que podem criar sérios problemas para os profissionais em ‘home office’, caso eles usem o mesmo computador para uso doméstico e profisisonal.
“Se você trabalha com números de cartão de crédito ou para uma empresa de saúde, por exemplo, precisa segregar muito bem os equipamentos usados para trabalho e para atividades pessoais”, considera Krein.
Ele afirma ainda que deixar outra pessoa da família acessar o computador de trabalho é uma prática comum, mas muito errada. “Você não pode deixar seu notebook ou desktop mais vulnerável do que o necessário por conta de acesso a páginas da internet indevidas”, ressalta Jeff Zbar.
5. Encontros de negócio
Zbar admite que, raramente, ele encontra clientes ou outras pessoas relacionadas ao trabalho em sua casa, mas prefere realizar as reuniões e encontros de negócio em lugares públicos ou no escritório da sua empresa.
Essa política, de acordo com o jornalista, não só garante a sua segurança- da sua casa e da sua família - como evita problemas legais. “O que eu faria se alguém que está vindo me encontrar para uma reunião de negócios tiver um acidente durante a viagem?”, questiona Zbar. Ainda segundo ele, sua apólice de seguros não prevê esse tipo de problema com terceiros.
6. Backup dos dados
A maior parte das pessoas já perdeu documentos do computador por conta de quedas de energia ou problemas com o disco rígido. Portanto, isso prova que realizar o backup de dados é uma coisa extremamente necessária e, o melhor, simples de fazer.
Uma solução óbvia é comprar um disco externo e programar backups manuais a cada semana. De qualquer forma, isso não evita perdas no caso de uma falha do sistema.
Outra opção é adotar uma solução de armazenamento automático.
Krein ainda recomenda ter um estabilizador de energia, bem como baterias extras para o notebook.
7. Ambiente de contingência
Para os profissionais que trabalham 100% do tempo de forma remoto, o escritório doméstico representa um dos lugares mais importantes. Mas poucos consideram a possibilidade de continuar a trabalhar em certas condições adversas, como um incêndio ou uma enchente, e que obrigam todas as pessoas a deixar a casa por tempo indeterminado.
Com o objetivo de se preparar para o pior, Zbar contratou serviços baseados em cloud computing (computação em nuvem) e que permitem trabalhar de qualquer lugar.
Fonte: CIO
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