Monitoramento é possível desde que esteja no contrato.
Confira formas que as empresas têm de fazer a vigilância.
Gabriela Gasparin
Do G1, em São Paulo
As empresas têm o direito de monitorar tudo o que os funcionários fazem no computador do trabalho, desde que a vigilância seja previamente informada e esteja prevista em contrato. Segundo advogados consultados pelo G1, caso o profissional seja pego pelo monitoramento fazendo algo proibido pelo empregador, ele pode ser demitido por justa causa.
Para quem fica o dia inteiro na frente do computador, o rastreamento pode soar invasivo, mas o argumento das empresas é que, se o instrumento é para o trabalho, ele não pode ser usado da forma que os empregados bem entendem.
Empresa paga o pato
De acordo com o advogado Renato Opice Blum, especialista em direito eletrônico, o que legitima o poder das empresas de vigiar os empregados é a própria legislação. O Código Civil prevê que o empregador é responsável por tudo o que os trabalhadores fazem usando as conexões e os equipamentos da empresa.
Isso significa que, se um funcionário cometer um crime por meio do computador do trabalho, a empresa responde judicialmente pelo caso. O funcionário também poderá responder pelo crime, mas os prejudicados costumam processar as empresas por conta de elas terem mais poder e dinheiro em caso de indenizações. “Quem paga o pato é a empresa”, afirma Blum.
E-mail pessoal
O monitoramento do e-mail pessoal é a questão mais polêmica, explica o advogado trabalhista Alan Balaban Sasson, uma vez que muitos profissionais alegam ser invasão de privacidade.
De acordo com o advogado, o monitoramento único e exclusivo do e-mail pessoal do trabalhador não é permitido, mas os programas de vigilância acabam monitorando o e-mail particular quando ele é acessado no computador da empresa.
No entanto, se está previsto em contrato que o computador é monitorado e que, caso o funcionário entrar no e-mail pessoal a página também poderá ser monitorada, e mesmo assim o profissional opta por acessar o e-mail, fica difícil querer questionar a empresa pelo ocorrido.
“O contrato é a palavra-chave. O que o chefe não pode é simplesmente chegar a falar ‘deixa eu olhar seu e-mail pessoal’. Nesse caso, seria uma coação”, afirma. Coação é uma ação injusta feita a uma pessoa, impedindo a livre manifestação da vontade do coagido.
O advogado Blum aconselha que as empresas proíbam ou bloquêem o acesso ao e-mail pessoal para evitar dores de cabeça com a questão.
Bloqueios
Desde que registrado no contrato, as empresas têm o direito de permitir ou bloquear qualquer tipo de ferramenta no computador, além de poder usar de diversos meios para vigiar o funcionário. “Do mesmo jeito que é permitido colocar um supervisor para monitorar o trabalho, é possível fazer a vigilância eletrônica”, explica Sasson.
É permitido, inclusive, gravar conversas do MSN, rastrear arquivos deixados na máquina e monitorar as palavras escritas pelo funcionário.
Justa causa
Além da questão jurídica, as justificativas das empresas para fazer o monitoramento são muitas, explicam os advogados, e vão desde proteger informações confidenciais da companhia a até mesmo acompanhar a produtividade do trabalhador.
Caso um funcionário seja pego pelo monitoramento fazendo algo proibido em contrato pela empresa, ele pode ser mandado embora por justa causa, dizem os advogados.
Em casos de flagrantes de descumprimentos não tão graves, como o acesso a uma rede social quando isso for proibido, o funcionário recebe uma advertência. Em caso de reincidência, ele recebe suspensão e, se repetir pela terceira vez, pode ser mandado embora por justa causa.
Já se ele for pego fazendo algo mais grave, como acessando sites de pornografia infantil, por exemplo, a demissão por justa causa pode ser imediata.
Mercado
De olho nesse grande mercado, uma vez que o computador é cada vez mais a principal ferramenta de trabalho nas empresas, desenvolvedoras de softwares usam a criatividade para oferecer programas que atendam às demandas dos empregadores (veja no quadro acima).
O diretor da desenvolvedora BRconnection, Francisco Odorino Pinheiro Neto, afirma que tanto empresas pequenas como grandes o procuram em busca de soluções.
MSN
Entre os programas desenvolvidos pela empresa está um software que controla o uso do MSN. Com a ferramenta, é possível definir com quais pessoas o funcionário pode interagir e gravar as conversas realizadas. Neto explica que o programa notifica os participantes sobre a gravação.
O programa também rastreia as palavras usadas pelo funcionário na conversa e, se necessário, impede que alguns termos sejam enviados.
Cuidado com senha
A Guidance Software, outra empresa que desenvolve softwares de monitoramento, oferece um produto que monitora tudo o que o funcionário faz no computador, desde arquivos utilizados, a e-mails escritos e sites visitados.
Fabrício Simão, gerente técnico para a América Latina da empresa, diz que, com determinados produtos, é possível capturar senhas não criptografadas de alguns sites, o que demanda cuidado.
segunda-feira, 29 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
5 jogos sobre hacking
por James Della Valle
A verdade é que eles existem e não são poucos. Basta perguntar ao Google e ele trará dezenas de resultados. A maioria são webgames no modelo “máfia” que surgiram pela rede, mas alguns são clássicos que merecem uma atualização (sim, são velhos).
Vamos ao meu turno no blog de listas:
5 – Deus EX
Um clássico que misturou o gênero FPS com RPG em um ambiente ciberpunk. Criado em 2000 pela Ion Storm Inc., e distribuído pela Eidos, o título não era exatamente um jogo sobre hacking, mas contem elementos que são utilizados na evolução do personagem durante a história. Invasão de terminais é um deles, por exemplo.
4 – Street Hacker
O título é de 2004 e inspirado no top desta lista. Ele traz mais recursos gráficos e opções um pouco mais avançadas que os seus irmãos. Você encarna um hacker pobretão que deve fazer o trabalho sujo para um executivo. Suas armas são vermes e cavalos de troia, utilizados para roubar informações e invadir sistemas.
3 – Hacker Evolution
Esse é mais recente de 2007. O problema é que ele não ficou tão marcado na memória das pessoas. Sua função aqui é evitar um desastre que pode acabar com o mundo. Um dos clichês mais utilizados no universo dos games. O jogadores têm que usar suas habilidades mentais para resolver situações complicadas. Sempre envolvendo a invasão da máquina alheia. Já tem uma versão mais recente por aí…
2 – DECKER
Épico. Podem reclamar dos gráficos toscos, mas essa variação futurística do gênero roguelike (invasão de masmorras e afins) é um clássico. Você recebe a missão, entra na máquina e completa seus objetivos.
Com o dinheiro, você compra programas e faz upgrade no equipamento. Simples e divertido. Você pode fazer upgrades nos itens que adquirir. Bem que alguém poderia fazer um remake com uma interface moderna…
1 – Uplink: Hacker Elite
O topo da montanha. A cereja do bolo. Uplink, feito pela Introversion em 2001, é uma ótima simulação sobre hacking. Os desenvolvedores de Hacker Evolution e Street Hacker se apropriaram de várias idéias e sistemas desse título, mas não mandaram tão bem na hora da execução.
Você é um hacker com um sistema que lembra mais um 386. Seu objetivo é ganhar dinheiro invadindo sistemas e roubando dados. Algumas missões pedem para que você altere as notas do filho de um figurão, fazendo o garoto passar de ano.
Para garantir que não será pego, você precisa melhorar sempre seus programas e hardware. Além disso, você pode utilizar vários pontos de conexão ao redor do mundo para despistar os especialistas e federais que querem te derrubar. Falhar dói no seu bolso.
Uma das partes mais engraçadas é que ele reconhece seu sistema operacional e reflete isso nos ícones que o representam no jogo.
Claro, existem outros jogos com hacking envolvido. Quem topa indicar algum?
Sou fã de simulações. Coloque um Sim City 2000 na minha frente sou capaz de sumir por uma semana. Também gosto de segurança da informação. Seria épico se alguém criasse algo que pudesse misturar essas duas coisas em um único jogo…
A verdade é que eles existem e não são poucos. Basta perguntar ao Google e ele trará dezenas de resultados. A maioria são webgames no modelo “máfia” que surgiram pela rede, mas alguns são clássicos que merecem uma atualização (sim, são velhos).
Vamos ao meu turno no blog de listas:
5 – Deus EX
Um clássico que misturou o gênero FPS com RPG em um ambiente ciberpunk. Criado em 2000 pela Ion Storm Inc., e distribuído pela Eidos, o título não era exatamente um jogo sobre hacking, mas contem elementos que são utilizados na evolução do personagem durante a história. Invasão de terminais é um deles, por exemplo.
4 – Street Hacker
O título é de 2004 e inspirado no top desta lista. Ele traz mais recursos gráficos e opções um pouco mais avançadas que os seus irmãos. Você encarna um hacker pobretão que deve fazer o trabalho sujo para um executivo. Suas armas são vermes e cavalos de troia, utilizados para roubar informações e invadir sistemas.
3 – Hacker Evolution
Esse é mais recente de 2007. O problema é que ele não ficou tão marcado na memória das pessoas. Sua função aqui é evitar um desastre que pode acabar com o mundo. Um dos clichês mais utilizados no universo dos games. O jogadores têm que usar suas habilidades mentais para resolver situações complicadas. Sempre envolvendo a invasão da máquina alheia. Já tem uma versão mais recente por aí…
2 – DECKER
Épico. Podem reclamar dos gráficos toscos, mas essa variação futurística do gênero roguelike (invasão de masmorras e afins) é um clássico. Você recebe a missão, entra na máquina e completa seus objetivos.
Com o dinheiro, você compra programas e faz upgrade no equipamento. Simples e divertido. Você pode fazer upgrades nos itens que adquirir. Bem que alguém poderia fazer um remake com uma interface moderna…
1 – Uplink: Hacker Elite
O topo da montanha. A cereja do bolo. Uplink, feito pela Introversion em 2001, é uma ótima simulação sobre hacking. Os desenvolvedores de Hacker Evolution e Street Hacker se apropriaram de várias idéias e sistemas desse título, mas não mandaram tão bem na hora da execução.
Você é um hacker com um sistema que lembra mais um 386. Seu objetivo é ganhar dinheiro invadindo sistemas e roubando dados. Algumas missões pedem para que você altere as notas do filho de um figurão, fazendo o garoto passar de ano.
Para garantir que não será pego, você precisa melhorar sempre seus programas e hardware. Além disso, você pode utilizar vários pontos de conexão ao redor do mundo para despistar os especialistas e federais que querem te derrubar. Falhar dói no seu bolso.
Uma das partes mais engraçadas é que ele reconhece seu sistema operacional e reflete isso nos ícones que o representam no jogo.
Claro, existem outros jogos com hacking envolvido. Quem topa indicar algum?
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Luciano Ferrari
quarta-feira, 24 de março de 2010
Aviso sobre Photoshop poderá ser obrigatório
Paula Rothman, de INFO Online
Quarta-feira, 24 de março de 2010 - 09h13
SÃO PAULO – Tramita na Câmara dos deputados um Projeto de Lei que obrigará as agências de propaganda a informar o público sobre a manipulação de imagens em material publicitário.
Quem desrespeitar a obrigatoriedade do aviso poderá ser multado em até R$ 50 mil.
O Projeto de Lei 6853/10, do deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), prevê que os anúncios tragam a mensagem: "Atenção: imagem retocada para alterar a aparência física da pessoa retratada."
Segundo entrevista concedida à Agência Câmara, o deputado Costa pretende acabar com a idealização do corpo humano. "Em tempos de Photoshop, a manipulação de imagens faz com que a fotografia seja muitas vezes radicalmente diferente da realidade. Manchas na pele são apagadas, rugas são cobertas, quilos a mais são extirpados. É difícil a um leigo perceber que o resultado final não é uma imagem original", disse.
A ideia é similar à proposta por uma deputada francesa em setembro do ano passado. Valerie Boyer enviou texto ao parlamento no qual todas as agências de publicidade e editores de conteúdo na França ficavam obrigados a estampar no rodapé de anúncios palavras como “Esta imagem foi modificada digitalmente e pode não corresponder à realidade”.
O argumento de Boyer é que a popularização dos editores de imagens como o Photoshop, da Adobe, está criando referências de beleza e estética que não são atingíveis no mundo real. Na França, o projeto prevê multas de 54 mil euros (cerca de R$ 140 mil) para quem desobedecer a nova regra.
Aqui no Brasil, caso o responsável pelo material ou pelo veículo descumprir a medida, as punições variam de advertência, obrigatoriedade de esclarecimento e multa de R$ 1,5 mil a R$ 50 mil, cobrada em dobro na reincidência. Caberá ao Poder Executivo definir os órgãos que aplicarão as sanções.
O projeto tramita em caráter conclusivo, o que significa que não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo – no caso, Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso haja parecer divergente entre as comissões ou recurso contra assinado por 51 deputados (10% do total), o projeto precisará ser votado pelo Plenário.
Quarta-feira, 24 de março de 2010 - 09h13
Em outubro de 2009, dois anúncios da Ralph Lauren chamaram a atenção pela distorção bizarra do corpo das modelos e aumentaram a discussão sobre o uso de retoques em imagens
SÃO PAULO – Tramita na Câmara dos deputados um Projeto de Lei que obrigará as agências de propaganda a informar o público sobre a manipulação de imagens em material publicitário.
Quem desrespeitar a obrigatoriedade do aviso poderá ser multado em até R$ 50 mil.
O Projeto de Lei 6853/10, do deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), prevê que os anúncios tragam a mensagem: "Atenção: imagem retocada para alterar a aparência física da pessoa retratada."
Segundo entrevista concedida à Agência Câmara, o deputado Costa pretende acabar com a idealização do corpo humano. "Em tempos de Photoshop, a manipulação de imagens faz com que a fotografia seja muitas vezes radicalmente diferente da realidade. Manchas na pele são apagadas, rugas são cobertas, quilos a mais são extirpados. É difícil a um leigo perceber que o resultado final não é uma imagem original", disse.
A ideia é similar à proposta por uma deputada francesa em setembro do ano passado. Valerie Boyer enviou texto ao parlamento no qual todas as agências de publicidade e editores de conteúdo na França ficavam obrigados a estampar no rodapé de anúncios palavras como “Esta imagem foi modificada digitalmente e pode não corresponder à realidade”.
O argumento de Boyer é que a popularização dos editores de imagens como o Photoshop, da Adobe, está criando referências de beleza e estética que não são atingíveis no mundo real. Na França, o projeto prevê multas de 54 mil euros (cerca de R$ 140 mil) para quem desobedecer a nova regra.
Aqui no Brasil, caso o responsável pelo material ou pelo veículo descumprir a medida, as punições variam de advertência, obrigatoriedade de esclarecimento e multa de R$ 1,5 mil a R$ 50 mil, cobrada em dobro na reincidência. Caberá ao Poder Executivo definir os órgãos que aplicarão as sanções.
O projeto tramita em caráter conclusivo, o que significa que não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo – no caso, Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso haja parecer divergente entre as comissões ou recurso contra assinado por 51 deputados (10% do total), o projeto precisará ser votado pelo Plenário.
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terça-feira, 23 de março de 2010
Arduino: robótica para iniciantes
Técnica permite que você crie soluções simples para o seu dia-a-dia
Tecnologia na balada!
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sexta-feira, 19 de março de 2010
Ferramenta gratuita de código aberto promete facilitar migração para IPv6
Por Network World/EUA
Publicada em 18 de março de 2010 às 17h20
Software criado em parceria pelo provedor Comcast e pelo ISC permite que profissionais de rede se familiarizem com o novo protocolo da internet.
A provedora americana de serviços de internet Comcast e o Internet Systems Consortium (ISC) anunciaram nesta quinta-feira (18/3) a disponibilidade de software de código aberto que poderá ajudar operadoras e empresas a migrar para o IPv6, atualização do principal protocolo de comunicações da internet.
O software, chamado Called Address Family Transition Router (AFTR), está disponível imediatamente e sem custos para engenheiros de rede que quiserem experimentar os mecanismos de transição para o IPv6. A versão 1.01 pode ser baixada do site do ISC.
O AFTR permite que computadores, impressoras, videogames e outros aparelhos com conexão à internet via IPv4 possam ser acessados a partir de uma rede IPv6.
Esgotamento
A indústria de internet precisa de mecanismos de transição como o AFTR porque a rede mundial está prestes a esgotar suas possibilidades de endereçamento com o protocolo atual IPv4, que usa endereços de 32 bits - suficientes para 4,3 bilhões de aparelhos conectados diretamente à rede.
Especialistas preveem que os endereços restantes de IPv4 serão distribuídos ao longo de 2012. Em janeiro, os registradores regionais de internet anunciaram que menos de 10% dos endereços IPv4 permaneciam disponíveis.
Quando os endereços IPv4 acabarem, as operadoras e empresas precisarão migrar para o IPv6, que usa endereços de 128 bits e suporta um número praticamente ilimitado de aparelhos.
Dual Stack
O AFTR é a primeira implementação de um padrão emergente chamado Dual Stack Lite, que foi desenvolvido pela Comcast.
O Dual Stack Lite permite que vários clientes compartilhem um único endereço IPv4 usando a tecnologia NAT (Network Address Translation), junto com tunelamento IPv4-para-IPv6 a partir do gateway do cliente para o NAT da operadora. O Dual Stack Lite está em processo de padronização pela Internet Engineering Task Force (IETF), e sua aprovação é esperada para o fim deste ano.
"Nós planejamos continuar a trabalhar com o ISC nesta implementação de código aberto", disse Richard Woundy, vice-presidente sênior de software e aplicações da Comcast. "Nossa esperança e nossa expectativa é que a comunidade internet dê uma boa olhada nessa tecnologia, experimente, e nos forneça feedback".
(Carolyn Duffy Marsan)
Publicada em 18 de março de 2010 às 17h20
Software criado em parceria pelo provedor Comcast e pelo ISC permite que profissionais de rede se familiarizem com o novo protocolo da internet.
A provedora americana de serviços de internet Comcast e o Internet Systems Consortium (ISC) anunciaram nesta quinta-feira (18/3) a disponibilidade de software de código aberto que poderá ajudar operadoras e empresas a migrar para o IPv6, atualização do principal protocolo de comunicações da internet.
O software, chamado Called Address Family Transition Router (AFTR), está disponível imediatamente e sem custos para engenheiros de rede que quiserem experimentar os mecanismos de transição para o IPv6. A versão 1.01 pode ser baixada do site do ISC.
O AFTR permite que computadores, impressoras, videogames e outros aparelhos com conexão à internet via IPv4 possam ser acessados a partir de uma rede IPv6.
Esgotamento
A indústria de internet precisa de mecanismos de transição como o AFTR porque a rede mundial está prestes a esgotar suas possibilidades de endereçamento com o protocolo atual IPv4, que usa endereços de 32 bits - suficientes para 4,3 bilhões de aparelhos conectados diretamente à rede.
Especialistas preveem que os endereços restantes de IPv4 serão distribuídos ao longo de 2012. Em janeiro, os registradores regionais de internet anunciaram que menos de 10% dos endereços IPv4 permaneciam disponíveis.
Quando os endereços IPv4 acabarem, as operadoras e empresas precisarão migrar para o IPv6, que usa endereços de 128 bits e suporta um número praticamente ilimitado de aparelhos.
Dual Stack
O AFTR é a primeira implementação de um padrão emergente chamado Dual Stack Lite, que foi desenvolvido pela Comcast.
O Dual Stack Lite permite que vários clientes compartilhem um único endereço IPv4 usando a tecnologia NAT (Network Address Translation), junto com tunelamento IPv4-para-IPv6 a partir do gateway do cliente para o NAT da operadora. O Dual Stack Lite está em processo de padronização pela Internet Engineering Task Force (IETF), e sua aprovação é esperada para o fim deste ano.
"Nós planejamos continuar a trabalhar com o ISC nesta implementação de código aberto", disse Richard Woundy, vice-presidente sênior de software e aplicações da Comcast. "Nossa esperança e nossa expectativa é que a comunidade internet dê uma boa olhada nessa tecnologia, experimente, e nos forneça feedback".
(Carolyn Duffy Marsan)
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quarta-feira, 17 de março de 2010
Ford prepara sistema contra hacks
James Della Valle, de INFO Online
Segunda-feira, 15 de março de 2010 - 11h55
SÃO PAULO – A montadora Ford anunciou o desenvolvimento de um sistema para evitar que carros que utilizam a tecnologia Wi-Fi sejam hackeados.
Segundo o Dark Reading, o dispositivo deve acompanhar o Ford SYNC, que funciona como um centro de entretenimento desenvolvido em conjunto com a Microsoft.
A tecnologia deve aparecer até o final deste ano, junto com os novos modelos conhecidos como Ford Edge e MKX Lincoln. Eles utilizaram uma versão do Windows CE e um navegador customizado.
O SYNC trará um modelo de criptografia para sua rede sem fio (WPA2), além de firewalls que devem separar os sistemas de informações vitais para o carro dos programas de entretenimento. A medida deve garantir que um não afetará o outro em caso de invasão.
A interface MyFordTouch trará um serviço de proteção contra malware, responsável por barrar códigos maliciosos que tentem acessar o computador do veículo.
Segunda-feira, 15 de março de 2010 - 11h55
Edge virá com sistema de segurança digital
SÃO PAULO – A montadora Ford anunciou o desenvolvimento de um sistema para evitar que carros que utilizam a tecnologia Wi-Fi sejam hackeados.
Segundo o Dark Reading, o dispositivo deve acompanhar o Ford SYNC, que funciona como um centro de entretenimento desenvolvido em conjunto com a Microsoft.
A tecnologia deve aparecer até o final deste ano, junto com os novos modelos conhecidos como Ford Edge e MKX Lincoln. Eles utilizaram uma versão do Windows CE e um navegador customizado.
O SYNC trará um modelo de criptografia para sua rede sem fio (WPA2), além de firewalls que devem separar os sistemas de informações vitais para o carro dos programas de entretenimento. A medida deve garantir que um não afetará o outro em caso de invasão.
A interface MyFordTouch trará um serviço de proteção contra malware, responsável por barrar códigos maliciosos que tentem acessar o computador do veículo.
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terça-feira, 16 de março de 2010
Venezuela Contra a Liberdade na Internet
Por code
Neste último sábado, o presidente venezuelano Hugo Chavez iniciou um chamado para a regulamentação da Internet em seu país. O motivo? De acordo com Chavez, o controle tem como intuito impedir a propagação de rumores e falsas acusações. O presidente venezuelano inclusive citou como argumento um caso recente onde um site na web reportava incorretamente que um de seus ministros havia sido assassinado, e a história ainda ficou no ar por dois dias. De acordo com Reuters e Associated Press, em um recente comunicado televisivo, Chavez disse que "A Internet não pode ser algo aberto onde qualquer coisa possa ser diata e feita. Não! Casa país tem de aplicar as suas próprias regras e normas.".
Até o momento ainda não está aparente que tipos de controle Chavez tem em mente, ou mesmo se esses tipos de controle serão iguais aos já aplicados no Irã, que são largamente utilizados com o intuito de silenciar a oposição. Só para se ter uma idéia, muitos pertencentes aos movimentos de oposição na Venezuela utilizam sites de redes sociais para se comunicarem.
Ainda no mesmo comunicado Chavez afirma que "Temos que agir. Nós vamos pedir ajuda ao Procurador Geral, porque isso é um crime. Eu tenho informações de que essa página publica periodicamente histórias chamando para um golpe de Estado. Isso não pode ser permitido.". Chavez, que frequentemente se choca com os meios de comunicação sobre os relatórios críticos e as transmissões, ainda disse "Não pode ser que eles transmitam o que eles quiserem para envenenar as mentes de muitas pessoas - regulação, regulação, as leis!".
Sites de redes sociais como Twitter e Facebook são muito apreciados e utilizados pelos movimentos de oposição na Venezuela, onde os opositores de Chavez utilizam essas ferramentas para organizar protestos contra seu regime. E Chavez tem reclamado que que as pessoas tem utilizado esses mesmos veículos de comunicação para espalharem rumores sem fundamento.
Muitos opositores temem que Chavez imponha a supervisão governamental na Web, no mesmo estilo já utilizado em Cuba, mas o líder socialista não deu qualquer sinal de que está planejando tal movimento. Lembramos que em 2007, Chavez se recusou a renovar a licença da estatal de televisão RCTV, que agora tenta sobreviver como um canal de TV à cabo.
Seu governo também tem colocado relativa pressão no canal de TV opositor, o Glbovision, com o intuito de suavizar sua linha editorial. E ainda no ano passado fechou dezenas de estações de rádio por infrações administrativas.
Parece que uma parte considerável do mundo está começando uma onda de censura em massa na Internet. Caso a Venezuela aplique qualquer tipo de censura, estará se colocando no mesmo patamar de China, Cuba e Irã, ambos ferrenhos defensores dessa prática. Para quem não lembra, o próprio Google já anunciou estar muito próximo de encerrar por completo suas atividades na China, devido não somente aos ataques sofridos por crackers chineses supostamente aliados ao governo de Pequim, mas principalmente por não concordar com a obrigatoriedade de aplicação de censura no seu motor de buscas para a população chinesa. Um funcionário do Google na China alertou nesta sexta-feira que a empresa deverá parar a filtragem de resultados de pesquisa em seu site chinês e "terá de arcar com as conseqüências".
O problema é que a Internet foi criada para ser livre, tanto de propriedade quanto de ideologia. E uma vez que diversos países estão iniciando seus planos de censura, clamando o direito de impor "restrições" neste veículo de comunicação global, só contribuirá para minar de forma fatal sua própria existência.
Fonte: [Under-Linux.org]
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sexta-feira, 12 de março de 2010
Pane tira serviços do Google do ar
Por Redação do IDG Now!
Publicada em 11 de março de 2010 às 21h18
Atualizada em 12 de março de 2010 às 00h32
Busca, Orkut e Gmail não puderam ser acessados na noite desta quinta-feira (11/3); empresa investiga caso
Diversos serviços do Google deixaram de funcionar corretamente na noite desta quinta-feira (11/3), uma falha que ganhou repercussão em redes como o Twitter.
Usando a hashtag #googlefail, diversos usuários do microblog no Brasil, no Peru e na Espanha, entre outras localidades, têm reclamado que serviços como o buscador, o Gmail e o Orkut não abrem em seus navegadores.
O blog oficial da empresa continua ativo e não faz menção a nenhum problema ou interrupção, e os serviços estão aos poucos voltando ao normal, de acordo com testes feitos pelo IDG Now!.
Em comunicado divulgado no fim da noite de quinta-feira, o Google Brasil afirma ter sido informado que "um pequeno porcentual de clientes de alguns ISPs experimentou dificuldade de acesso ao serviço no início dessa noite", e que no momento da divulgação da nota tinham a informação "de que o serviço já foi completamente restabelecido".
A empresa afirmou ainda que seus engenheiros estão trabalhando com esses provedores de acesso para investigar as causas do problema.
Publicada em 11 de março de 2010 às 21h18
Atualizada em 12 de março de 2010 às 00h32
Busca, Orkut e Gmail não puderam ser acessados na noite desta quinta-feira (11/3); empresa investiga caso
Diversos serviços do Google deixaram de funcionar corretamente na noite desta quinta-feira (11/3), uma falha que ganhou repercussão em redes como o Twitter.
Usando a hashtag #googlefail, diversos usuários do microblog no Brasil, no Peru e na Espanha, entre outras localidades, têm reclamado que serviços como o buscador, o Gmail e o Orkut não abrem em seus navegadores.
O blog oficial da empresa continua ativo e não faz menção a nenhum problema ou interrupção, e os serviços estão aos poucos voltando ao normal, de acordo com testes feitos pelo IDG Now!.
Em comunicado divulgado no fim da noite de quinta-feira, o Google Brasil afirma ter sido informado que "um pequeno porcentual de clientes de alguns ISPs experimentou dificuldade de acesso ao serviço no início dessa noite", e que no momento da divulgação da nota tinham a informação "de que o serviço já foi completamente restabelecido".
A empresa afirmou ainda que seus engenheiros estão trabalhando com esses provedores de acesso para investigar as causas do problema.
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quarta-feira, 10 de março de 2010
Cisco abandona produção de estações WiMAX
:: Da redação
:: Convergência Digital :: 08/03/2010
A Cisco Systems vai parar de desenvolver e fabricar as estações de rede WiMAX para concentrar-se nas redes IP (Internet Protocol).
“Após uma recente revisão dos nossos negócios sobre o WiMAX, onde fora anunciada a decisão de interromper a concepção e comercialização de novas estações de bases, decidimos anunciar um plano de apoio para a transição dos clientes existentes”, reportou o porta-voz da Cisco, Jim Brady.
Em outubro de 2007, a Cisco anunciou a compra da Navini Networks, uma das pioneiras no mundo WiMAX, por US$ 330 milhões. À época, a aquisição colocou a titã de redes num patamar competitivo com empresas como Motorola, Samsung e Nokia Siemens. A compra endossava ainda os planos no mundo WiMAX da fabricante.
Mas como o WiMAX não decolou como o esperado e, ao mesmo tempo, começa a ter a concorrência direta do LTE, a 4G, a Cisco decidiu sair da disputa pelo mercado de acesso e se concentrar no de infraestrutura, respaldada pelas soluções da Starent Networks, recém-adquirida por US$ 2,9 bilhões.
A decisão da Cisco de abandonar do mercado de acesso WiMAX não surpreendeu aos analistas de mercado. Segundo eles, a Navini era uma ótima empresa para ser comprada, mas muito provavelmente não pela Cisco, mas de qualquer maneira, observam que o fato de ela ter ficado sob o guarda-chuva da titã, incentivou o mercado a apostar na área. Tanto que hoje disputam neste segmento empresas como Huawei, Samsung, Motorola e outras.
:: Convergência Digital :: 08/03/2010
A Cisco Systems vai parar de desenvolver e fabricar as estações de rede WiMAX para concentrar-se nas redes IP (Internet Protocol).
“Após uma recente revisão dos nossos negócios sobre o WiMAX, onde fora anunciada a decisão de interromper a concepção e comercialização de novas estações de bases, decidimos anunciar um plano de apoio para a transição dos clientes existentes”, reportou o porta-voz da Cisco, Jim Brady.
Em outubro de 2007, a Cisco anunciou a compra da Navini Networks, uma das pioneiras no mundo WiMAX, por US$ 330 milhões. À época, a aquisição colocou a titã de redes num patamar competitivo com empresas como Motorola, Samsung e Nokia Siemens. A compra endossava ainda os planos no mundo WiMAX da fabricante.
Mas como o WiMAX não decolou como o esperado e, ao mesmo tempo, começa a ter a concorrência direta do LTE, a 4G, a Cisco decidiu sair da disputa pelo mercado de acesso e se concentrar no de infraestrutura, respaldada pelas soluções da Starent Networks, recém-adquirida por US$ 2,9 bilhões.
A decisão da Cisco de abandonar do mercado de acesso WiMAX não surpreendeu aos analistas de mercado. Segundo eles, a Navini era uma ótima empresa para ser comprada, mas muito provavelmente não pela Cisco, mas de qualquer maneira, observam que o fato de ela ter ficado sob o guarda-chuva da titã, incentivou o mercado a apostar na área. Tanto que hoje disputam neste segmento empresas como Huawei, Samsung, Motorola e outras.
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segunda-feira, 8 de março de 2010
Celular pode levar à epidemia de câncer
Associated Press
Quarta-feira, 03 de março de 2010 - 15h57
AUGUSTA - Ignorar os riscos do uso intensivo de celular à saúde é um passo para uma epidemia de câncer, afirmaram defensores de um projeto que exige a fabricantes inserir etiquetas nos aparelhos e em suas embalagens.
"Podemos não fazer nada e esperar para contar os mortos. Foi isso que aconteceu com o tabagismo" antes dos alertas exibidos nas caixas de cigarro, disse David Carpenter, diretor do Instituto para Saúde e Desenvolvimento da Universidade de Albany, aos legisladores.
O Comitê de Serviços Humanitários e Saúde organizou uma reunião para discutir uma proposta de lei segundo a qual o Maine seria o primeiro estado americano a obrigar a inserção de avisos sobre os riscos à saúde nas embalagens de cigarro. Críticos argumentam que a pesquisa não tem fundamento e que a questão tem mais a ver com política do que com ciência e saúde.
O responsável pelo projeto, Andrea Boland, disse que os EUA estão muito atrasados em relação a outros países que já exigem medidas semelhantes aos fabricantes de celulares e promovem campanhas de conscientização.
Carpenter, da Faculdade de Medicina de Harvard e pesquisador especializado em eletromagnetismo, afirmou que as principais evidências do perigo que celulares representam vem da Europa, onde os dispositivos são utilizados há mais tempo do que nos EUA. Ele declarou aos legisladores que os EUA "podem vir a enfrentar uma epidemia de câncer cerebral", se nada for feito para alertas consumidores sobre os riscos que correm
Boland, de Stanford, explicou que os riscos diminuem consideravelmente se o aparelho for usado não tão próximo à cabeça.
O comitê analisará novamente o projeto na próxima semana.
Quarta-feira, 03 de março de 2010 - 15h57
AUGUSTA - Ignorar os riscos do uso intensivo de celular à saúde é um passo para uma epidemia de câncer, afirmaram defensores de um projeto que exige a fabricantes inserir etiquetas nos aparelhos e em suas embalagens.
"Podemos não fazer nada e esperar para contar os mortos. Foi isso que aconteceu com o tabagismo" antes dos alertas exibidos nas caixas de cigarro, disse David Carpenter, diretor do Instituto para Saúde e Desenvolvimento da Universidade de Albany, aos legisladores.
O Comitê de Serviços Humanitários e Saúde organizou uma reunião para discutir uma proposta de lei segundo a qual o Maine seria o primeiro estado americano a obrigar a inserção de avisos sobre os riscos à saúde nas embalagens de cigarro. Críticos argumentam que a pesquisa não tem fundamento e que a questão tem mais a ver com política do que com ciência e saúde.
O responsável pelo projeto, Andrea Boland, disse que os EUA estão muito atrasados em relação a outros países que já exigem medidas semelhantes aos fabricantes de celulares e promovem campanhas de conscientização.
Carpenter, da Faculdade de Medicina de Harvard e pesquisador especializado em eletromagnetismo, afirmou que as principais evidências do perigo que celulares representam vem da Europa, onde os dispositivos são utilizados há mais tempo do que nos EUA. Ele declarou aos legisladores que os EUA "podem vir a enfrentar uma epidemia de câncer cerebral", se nada for feito para alertas consumidores sobre os riscos que correm
Boland, de Stanford, explicou que os riscos diminuem consideravelmente se o aparelho for usado não tão próximo à cabeça.
O comitê analisará novamente o projeto na próxima semana.
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quarta-feira, 3 de março de 2010
Meu endereço é por aí
Acabo de ler uma matéria relatando a decisão da Philips do Brasil em abolir salas ou mesmo estações de trabalho exclusivas de cada um dos seus colaboradores. Se entendi bem a matéria, nem mesmo os diretores terão sequer sua mesa privativa. Parece algo impensável para os padrões de hoje, mas eu me lembro muito bem quando, no início de carreira, fui trabalhar numa empresa japonesa.
A principal inovação dessa empresa era a ausência de salas individuais, mesmo para os funcionários mais graduados. Ao contrário, todos sentavam em mesas encostadas umas às outras, agrupadas por departamentos, inclusive os diretores. Naquele momento, havia descrença e decepção quanto a esse modelo.
O ruído exagerado desses ambientes, ainda carentes de um bom sistema de telefonia e tendo frequentadores como nós, brasileiros, que adoramos falar alto e compartilhar piadas e brincadeiras, quase deixaram os japoneses loucos. Mas o modelo era definitivo e nos adaptamos na marra.
Existia ainda aquela frustração: todo profissional sonhava com a sua sala, de preferência com nome na porta, símbolo máximo de status que os filmes de Hollywood nos impingiam. Pois é, o tempo passou e, pouco a pouco, as pomposas salas individuais foram cedendo espaço para espaços coletivos, com uma consequente queda de paredes e hoje o padrão já é esse.
A decisão da Philips parece, agora, radical, mas lembremo-nos que já não é de hoje que temos notícia de iniciativas de estações de trabalho compartilhadas, combinadas com home-offices. Sabemos de agências de comunicação americanas que há tempos adotam esse sistema: duplas de criação vão até a agência em dias determinados para coletar briefings e vão trabalhar nas suas casas. Em dias alternados, outras duplas cumprem o mesmo ritual.
Há quem já adote o modelo virtual por completo (sem sequer comparecer ao local de trabalho no dia-a-dia), o que, sem querer ser reacionário, me parece deficiente por não permitir o produtivo olho no olho, o comentário nas entrelinhas e compartilhamento de ideias.
Pelo menos em serviços de marketing, que dependem da troca de informações e ideias. Mas a tendência que parece definitiva é o desapego daquele local de trabalho personalista, com porta-retratos da família e objetos decorativos e pessoais sobre amplas mesas. Com a chegada da internet, esse fenômeno se potencializa.
Já em 2003, o Trendwatching, dedicado ao estudo de tendências (se você ainda não acessa nem é cadastrado para receber os excelentes briefings, recomendo que o faça: trendwatching.com), destacava o que chamou de Online Oxygen, ou seja, internet em todo lugar.
Você, como eu, já deve ter reparado os cafés cheios de executivos solitários (ou mesmo em grupos) com seus note/netbooks trabalhando como se fossem seus escritórios. Diariamente, padarias e cafés se transformam em verdadeiros escritórios regionais reunindo supervisores com promotores que trabalham a maior parte (ou totalmente) nas ruas para o estabelecimento de tarefas ou mesmo entrega de materiais de suporte às suas operações.
Com a popularização da banda larga e a democratização do acesso à web, esse fenômeno tende a se ampliar. Outro dia, participei de uma demonstração do sistema de telepresença. De um lado, três pessoas numa sala padrão, aqui no Brasil. Do outro lado, a imagem em telas de muitas polegadas de outro grupo, disposto numa mesa que parece ser um complemento da nossa, do lado de cá.
Som sem delay, imagem impecável, sem efeitos indesejáveis, além da possibilidade de compartilhar arquivos. Realmente impressiona. Tudo é feito para que as reuniões virtuais se tornem cada vez mais “reais”. Hoje, o sistema ainda é bem caro e só se justifica para empresas com presença pulverizada em muitos países, mas não demorará para tudo isso se tornar mais acessível e conquistar mais adeptos ao mundo virtual.
Já não estranhamos mais em receber cartões onde as únicas informações são um telefone celular e um e-mail. Também não estranharemos em responder que nosso endereço é às vezes em tal lugar, às vezes em outro, ou simplesmente por aí.
Alexis Thuller Pagliarini, no Propaganda e Marketing.
A principal inovação dessa empresa era a ausência de salas individuais, mesmo para os funcionários mais graduados. Ao contrário, todos sentavam em mesas encostadas umas às outras, agrupadas por departamentos, inclusive os diretores. Naquele momento, havia descrença e decepção quanto a esse modelo.
O ruído exagerado desses ambientes, ainda carentes de um bom sistema de telefonia e tendo frequentadores como nós, brasileiros, que adoramos falar alto e compartilhar piadas e brincadeiras, quase deixaram os japoneses loucos. Mas o modelo era definitivo e nos adaptamos na marra.
Existia ainda aquela frustração: todo profissional sonhava com a sua sala, de preferência com nome na porta, símbolo máximo de status que os filmes de Hollywood nos impingiam. Pois é, o tempo passou e, pouco a pouco, as pomposas salas individuais foram cedendo espaço para espaços coletivos, com uma consequente queda de paredes e hoje o padrão já é esse.
A decisão da Philips parece, agora, radical, mas lembremo-nos que já não é de hoje que temos notícia de iniciativas de estações de trabalho compartilhadas, combinadas com home-offices. Sabemos de agências de comunicação americanas que há tempos adotam esse sistema: duplas de criação vão até a agência em dias determinados para coletar briefings e vão trabalhar nas suas casas. Em dias alternados, outras duplas cumprem o mesmo ritual.
Há quem já adote o modelo virtual por completo (sem sequer comparecer ao local de trabalho no dia-a-dia), o que, sem querer ser reacionário, me parece deficiente por não permitir o produtivo olho no olho, o comentário nas entrelinhas e compartilhamento de ideias.
Pelo menos em serviços de marketing, que dependem da troca de informações e ideias. Mas a tendência que parece definitiva é o desapego daquele local de trabalho personalista, com porta-retratos da família e objetos decorativos e pessoais sobre amplas mesas. Com a chegada da internet, esse fenômeno se potencializa.
Já em 2003, o Trendwatching, dedicado ao estudo de tendências (se você ainda não acessa nem é cadastrado para receber os excelentes briefings, recomendo que o faça: trendwatching.com), destacava o que chamou de Online Oxygen, ou seja, internet em todo lugar.
Você, como eu, já deve ter reparado os cafés cheios de executivos solitários (ou mesmo em grupos) com seus note/netbooks trabalhando como se fossem seus escritórios. Diariamente, padarias e cafés se transformam em verdadeiros escritórios regionais reunindo supervisores com promotores que trabalham a maior parte (ou totalmente) nas ruas para o estabelecimento de tarefas ou mesmo entrega de materiais de suporte às suas operações.
Com a popularização da banda larga e a democratização do acesso à web, esse fenômeno tende a se ampliar. Outro dia, participei de uma demonstração do sistema de telepresença. De um lado, três pessoas numa sala padrão, aqui no Brasil. Do outro lado, a imagem em telas de muitas polegadas de outro grupo, disposto numa mesa que parece ser um complemento da nossa, do lado de cá.
Som sem delay, imagem impecável, sem efeitos indesejáveis, além da possibilidade de compartilhar arquivos. Realmente impressiona. Tudo é feito para que as reuniões virtuais se tornem cada vez mais “reais”. Hoje, o sistema ainda é bem caro e só se justifica para empresas com presença pulverizada em muitos países, mas não demorará para tudo isso se tornar mais acessível e conquistar mais adeptos ao mundo virtual.
Já não estranhamos mais em receber cartões onde as únicas informações são um telefone celular e um e-mail. Também não estranharemos em responder que nosso endereço é às vezes em tal lugar, às vezes em outro, ou simplesmente por aí.
Alexis Thuller Pagliarini, no Propaganda e Marketing.
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terça-feira, 2 de março de 2010
França aprova em primeira instância lei que permite controle da internet
Na França foi aprovado há poucos dias uma lei que permite o governo monitorar os computadores da população. E já tem projeto parecido aqui no Brasil. O que acham? Leiam esta reportagem.
Luciano Ferrari
Da Redação do UOL
A Assembleia Nacional Francesa aprovou nesta terça-feira (17) uma lei chamada LOPPSI II (Lei de Orientação e Programação para a Segurança Interior, em tradução livre). Dentre as propostas dessa lei, que tem como objetivo tornar a França um lugar “mais seguro”, está a possibilidade do governo instalar trojans em computadores para monitorar pessoas. Para ser colocada em prática, a lei necessita passar ainda por exame em mais duas instâncias.
O projeto de lei, segundo informações do site britânico “The Register” e da PC World americana, foi aprovado na Assembleia Nacional por 312 votos contra 214 e abrange várias áreas como o combate à pornografia infantil, a pedofilia e a criminalização do roubo de identidades online.
A LOPPSI II prevê o aumento de gastos da polícia, através de investimentos em monitoramento de câmeras, aumento de penas para quem roubar identidades na internet, a ampliação do acesso ao banco de dados de DNA da polícia nacional e o possibilidade de grampo em linhas telefônicas e monitoramento de acesso à internet.
Outra proposta controversa é a que obriga os provedores a bloquear ou filtrar endereços de internet, que o governo julgue necessário.
Em um relatório que analisa a economia dos negócios de pornografia infantil, o jornalista Fabrice Epelboin alega que o filtro de URLs não é eficiente, pois esses conteúdos continuarão sendo compartilhados em redes de compartilhamento ponto a ponto. Entidades de defesa à liberdade na internet, como a Quadrature du Net, alertam que a LOPPSI II "deixa a porta aberta a excessos perigosos e deve ser revista com salvaguardas rigorosas, ou ser completamente rejeitada".
De acordo com um estudo da Federação Francesa de Telecomunicações, citado pelo deputado Lionel Tardy, a filtragem de conteúdo custaria à França cerca de 140 milhões de euros.
Deputados da oposição ainda tentaram vetar o bloqueio de URLs e sugeriram que os filtros de internet fossem implantados provisoriamente, para verificar se serão eficazes, porém a maioria governista rejeitou a proposta.
Luciano Ferrari
Da Redação do UOL
A Assembleia Nacional Francesa aprovou nesta terça-feira (17) uma lei chamada LOPPSI II (Lei de Orientação e Programação para a Segurança Interior, em tradução livre). Dentre as propostas dessa lei, que tem como objetivo tornar a França um lugar “mais seguro”, está a possibilidade do governo instalar trojans em computadores para monitorar pessoas. Para ser colocada em prática, a lei necessita passar ainda por exame em mais duas instâncias.
O projeto de lei, segundo informações do site britânico “The Register” e da PC World americana, foi aprovado na Assembleia Nacional por 312 votos contra 214 e abrange várias áreas como o combate à pornografia infantil, a pedofilia e a criminalização do roubo de identidades online.
A LOPPSI II prevê o aumento de gastos da polícia, através de investimentos em monitoramento de câmeras, aumento de penas para quem roubar identidades na internet, a ampliação do acesso ao banco de dados de DNA da polícia nacional e o possibilidade de grampo em linhas telefônicas e monitoramento de acesso à internet.
Outra proposta controversa é a que obriga os provedores a bloquear ou filtrar endereços de internet, que o governo julgue necessário.
Em um relatório que analisa a economia dos negócios de pornografia infantil, o jornalista Fabrice Epelboin alega que o filtro de URLs não é eficiente, pois esses conteúdos continuarão sendo compartilhados em redes de compartilhamento ponto a ponto. Entidades de defesa à liberdade na internet, como a Quadrature du Net, alertam que a LOPPSI II "deixa a porta aberta a excessos perigosos e deve ser revista com salvaguardas rigorosas, ou ser completamente rejeitada".
De acordo com um estudo da Federação Francesa de Telecomunicações, citado pelo deputado Lionel Tardy, a filtragem de conteúdo custaria à França cerca de 140 milhões de euros.
Deputados da oposição ainda tentaram vetar o bloqueio de URLs e sugeriram que os filtros de internet fossem implantados provisoriamente, para verificar se serão eficazes, porém a maioria governista rejeitou a proposta.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Finalmente saiu meu tão esperado JetPack
É pessoal,
Todos que me conhecem sabem muito bem que eu não podia esperar o momento em que o jetpack fosse desenvolvido e disponível para nos livramos desse trânsito caótico de São Paulo. E a Martin Aircraft lançou o Jetpack conforme essa notícia abaixo. Bom proveito!
Luciano Ferrari
Paula Rothman, de INFO Online
Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010 - 10h58
SÃO PAULO – Empresa da Nova Zelândia cria propulsor a jato individual que faria você voar por cima de qualquer congestionamento.
Com 200 cavalos de potência, ele viaja a 96 km/h, chega a 2,3 km de altitude e faz 48 km com um tanque de combustível.
O Martin Jetpack começou a ser comercializado agora, embora a empresa Martin Aircraft tenha lançado o produto no meio do ano passado. A expectativa é chegar a 500 jatos vendidos ao ano.
Na verdade, a empresa explica que o nome do produto não se encaixa na definição científica de propulsão a jato, pois usa dois ventiladores para levitar. No entanto, como as pessoas costumam associar dispositivos combustíveis com formas como esta ao nome “jetpack”, decidiu-se por seguir o senso comum.
Movido a gasolina, com 1,5 por 1,6 metros, o Martin Jetpack possui dois controles, um em cada mão: altura e manobras de um lado, guinada e controle da válvula de outro. Entre os itens de segurança, o principal é um para-quedas especial, que funciona baixas altitudes.
Vale ressaltar que ele não é nem um pouco ecológico, pois queima 37 litros de gasolina por hora, cerca de cinco vezes mais do que um carro comum.
Devido ao porte do produto, a maioria dos países não exige licença para que ele seja pilotado, mas e empresa, no entanto, exige que o proprietário faça um curso de treinamento. Os primeiros 10 compradores o farão na Nova Zelândia.
Aos interessados, é preciso um pouco de paciência: após a encomenda, leva cerca de um ano para seu propulsor ficar pronto. Ele custa em torno de 50 mil libras, e é necessário fazer um adiantamento na encomenda, pagar parcelas mensais e o restante na entrega do produto.
Outro detalhe importante: é preciso estar relativamente em forma, pois o aparelho só comporta pilotos entre 63 kg e 109 kg.
Todos que me conhecem sabem muito bem que eu não podia esperar o momento em que o jetpack fosse desenvolvido e disponível para nos livramos desse trânsito caótico de São Paulo. E a Martin Aircraft lançou o Jetpack conforme essa notícia abaixo. Bom proveito!
Luciano Ferrari
Paula Rothman, de INFO Online
Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010 - 10h58
SÃO PAULO – Empresa da Nova Zelândia cria propulsor a jato individual que faria você voar por cima de qualquer congestionamento.
Com 200 cavalos de potência, ele viaja a 96 km/h, chega a 2,3 km de altitude e faz 48 km com um tanque de combustível.
O Martin Jetpack começou a ser comercializado agora, embora a empresa Martin Aircraft tenha lançado o produto no meio do ano passado. A expectativa é chegar a 500 jatos vendidos ao ano.
Na verdade, a empresa explica que o nome do produto não se encaixa na definição científica de propulsão a jato, pois usa dois ventiladores para levitar. No entanto, como as pessoas costumam associar dispositivos combustíveis com formas como esta ao nome “jetpack”, decidiu-se por seguir o senso comum.
Movido a gasolina, com 1,5 por 1,6 metros, o Martin Jetpack possui dois controles, um em cada mão: altura e manobras de um lado, guinada e controle da válvula de outro. Entre os itens de segurança, o principal é um para-quedas especial, que funciona baixas altitudes.
Vale ressaltar que ele não é nem um pouco ecológico, pois queima 37 litros de gasolina por hora, cerca de cinco vezes mais do que um carro comum.
Devido ao porte do produto, a maioria dos países não exige licença para que ele seja pilotado, mas e empresa, no entanto, exige que o proprietário faça um curso de treinamento. Os primeiros 10 compradores o farão na Nova Zelândia.
Aos interessados, é preciso um pouco de paciência: após a encomenda, leva cerca de um ano para seu propulsor ficar pronto. Ele custa em torno de 50 mil libras, e é necessário fazer um adiantamento na encomenda, pagar parcelas mensais e o restante na entrega do produto.
Outro detalhe importante: é preciso estar relativamente em forma, pois o aparelho só comporta pilotos entre 63 kg e 109 kg.
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