Associated Press
Quarta-feira, 03 de março de 2010 - 15h57
AUGUSTA - Ignorar os riscos do uso intensivo de celular à saúde é um passo para uma epidemia de câncer, afirmaram defensores de um projeto que exige a fabricantes inserir etiquetas nos aparelhos e em suas embalagens.
"Podemos não fazer nada e esperar para contar os mortos. Foi isso que aconteceu com o tabagismo" antes dos alertas exibidos nas caixas de cigarro, disse David Carpenter, diretor do Instituto para Saúde e Desenvolvimento da Universidade de Albany, aos legisladores.
O Comitê de Serviços Humanitários e Saúde organizou uma reunião para discutir uma proposta de lei segundo a qual o Maine seria o primeiro estado americano a obrigar a inserção de avisos sobre os riscos à saúde nas embalagens de cigarro. Críticos argumentam que a pesquisa não tem fundamento e que a questão tem mais a ver com política do que com ciência e saúde.
O responsável pelo projeto, Andrea Boland, disse que os EUA estão muito atrasados em relação a outros países que já exigem medidas semelhantes aos fabricantes de celulares e promovem campanhas de conscientização.
Carpenter, da Faculdade de Medicina de Harvard e pesquisador especializado em eletromagnetismo, afirmou que as principais evidências do perigo que celulares representam vem da Europa, onde os dispositivos são utilizados há mais tempo do que nos EUA. Ele declarou aos legisladores que os EUA "podem vir a enfrentar uma epidemia de câncer cerebral", se nada for feito para alertas consumidores sobre os riscos que correm
Boland, de Stanford, explicou que os riscos diminuem consideravelmente se o aparelho for usado não tão próximo à cabeça.
O comitê analisará novamente o projeto na próxima semana.
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