Por Guilherme Felitti, editor-assistente do IDG Now!
Publicada em 10 de março de 2009 às 07h00
Atualizada em 10 de março de 2009 às 07h42
São Paulo – Nada de WiMax e 3G. Programado para estrear em 2013, LTE se mostra como potencial tecnologia para redes 4G pela velocidade de acesso.
Tal qual o telefone celular, há uma mudança de paradigma em curso para as redes de telefonia móvel: elas já não servem apenas para falar. Cada vez mais, são os dados de chamadas por vídeos, conteúdo multimídia e navegação online que tomam o espectro.Na inversão de papéis entre o consumo de chamadas por voz e o de dados, uma nova tecnologia promete ser a ponte para que a web móvel se torne prioridade dentro das operadoras de telefonia.
Na inversão de papéis entre o consumo de chamadas por voz e o de dados, uma nova tecnologia promete ser a ponte para que a web móvel se torne prioridade dentro das operadoras de telefonia.
O Long Term Evolution (LTE) deverá ser oficializado como padrão de rede para banda larga móvel neste mês, quando o 3rd Generation Partner Program (3GPP) publica as especificações finalizadas em dezembro, e dá um empurrão na adoção do potencial primeiro sistema 4G do planeta.
E porque tanta expectativa a respeito do LTE, que já conta com redes em testes no Reino Unido e planos de investimentos por operadoras nos Estados Unidos e na Suécia? Sem grandes surpresas, a atenção dada ao LTE tem relação com sua capacidade de navegação.
Enquanto os padrões por trás das redes 3G que você usa hoje, como HSPA ou UMTS, atingem velocidades máximas de 14 Megabits por segundo (Mbps), testes com o LTE indicam picos de navegação de até 120 Mbps, quase 10 vezes mais rápido.
“Trata-se de uma quebra de paradigma. Redes LTE são projetadas para a troca de dados”, e não ao redor das chamadas de voz, explica José Geraldo Alves de Almeida, gerente de desenvolvimento e negócios da Motorola.
Movimentações para que o LTE tome a definição no mercado para si não faltam.
Após a confirmação pelo 3GPP que tinha finalizado o esboço da especificação, a Verizon anunciou que começaria a procurar parceiros para estrear a primeira rede comercial LTE dos Estados Unidos entre o final de 2009 e o começo de 2010.
Simultaneamente, a TeliaSonera anunciou em janeiro que selecionou parceiros para desenvolver sua rede do padrão na Suécia, que deverá ser lançada comercialmente também no começo de 2010.
Os prazos, no entanto, são flutuantes principalmente pelo impacto da crise econômica mundial nos investimentos reservados pelas operadoras em novos equipamentos.
Como José Geraldo explica: “cada nova geração (de telefonia) significa duas coisas: mais velocidade pra dados e capacidade de colocar o usuário no sistema; e necessidade de dinheiro para trocar todos os equipamentos de acesso”.
A tendência das redes é essa agora. Mesmo que a voz ainda seja o grosso (do faturamento pelas operadoras), o crescimento futuro está ao redor de serviços” oferecidos seja pelas operadoras ou por desenvolvedores independentes, explica o executivo.
A popularização do 4G, com chances cada vez maiores de ser personificado pelo LTE, fomentará um novo mercado de aplicações e serviços móveis, principalmente que envolvam conteúdo multimídia e aplicações de geoposicionamento.
Mais que isso: o LTE representa a primeira "banda larga móvel de verdade", um conceito que o mercado se cansou de relacionar ao WiMax mas que, pela falta de investimentos no padrão pelo mundo, ainda não chegou a se concretizar.
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