Durante evento HSM, prêmio Nobel em economia afirma que recuperação pós-crise será longa nos Estados Unidos
Luciana Coen, da CIO
Publicada em 10 de novembro de 2008 às 13h56
Durante evento HSM, que ocorre em São Paulo até quarta-feira (12/10/2008), o prêmio Nobel em economia Joseph Stiglitz fez severas críticas à política econômica do presidente George W. Bush e avaliou suas conseqüências nos Estados Unidos e mundialmente.
“A política econômica norte-americana encorajou as pessoas a usar cartão de crédito, contrair dívidas e viver além de seus limites por anos e anos”, avalia Stiglitz. De acordo com o professor – o ministro Armínio Fraga foi seu aluno –, a recuperação da economia será muito longa e a dívida americana será bem maior do que deveria.
“A administração de Bush nunca se preocupou com as pessoas. Agora, teremos de redesenhar a governança corporativa e o sistema regulatório”, reforçou. De acordo com ele, o Brasil tem uma política regulatória mais eficiente do que a norte-americana.
Outro grande mérito da economia brasileira, na visão do economista, é a produção de etanol baseada em cana-de-açúcar, enquanto os Estados Unidos têm um sistema muito menos eficiente, baseado em milho.
A solução, em médio prazo, para esta crise será aumentar a proteção ao consumidor nos Estados Unidos e aumentar o crédito para pequenas e médias empresas no mundo todo, de forma que estimule a economia e a geração de empregos.
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