terça-feira, 22 de setembro de 2009

Empresas indianas reforçam segurança

Reuters
Terça-feira, 22 de setembro de 2009 - 07h54


Indianos rezam em frente ao Tah Mahal: ataques a Mumbai incentivaram o governo a expandir os serviços da Cisf, treinada para proteger importantes elementos de infraestrutura como aeroportos e usinas de energia.

MUMBAI - Quando a Infosys Technologies contratou forças paramilitares para proteger o amplo complexo que lhe serve de sede em Bangalore, alguns observadores disseram que se tratava de um exagero.


Mas desde os ataques contra Mumbai no ano passado, os exportadores de software indianos reforçaram sua segurança devido à preocupação com a possibilidade de que os militantes possam tomar como alvo as sedes de empresas vistas como símbolos do sucesso econômico do país, com o objetivo de desestimular investidores estrangeiros.

Entre os principais interessados na contratação de forças paramilitares pesadamente armadas estão as empresas de Bangalore, o Vale do Silício indiano e centro do setor de terceirização de serviços de informática do país, que movimenta 60 bilhões de dólares anuais e oferece serviços como criação de software e gestão de redes de computadores e centrais de assistência telefônica.


"As empresas indianas de tecnologia da informação são os porta-estandartes da próspera economia do conhecimento indiana. Isso as torna alvos de alto valor econômico, com identidade mundial", disse o diretor de pesquisa na divisão indiana da Economist Intelligence Unit, Manoj Vohra.


"Qualquer ataque contra elas não só prejudicaria os interesses comerciais da Índia como faria com que essa mensagem de ameaça se espalhasse com mais rapidez pelo mundo."


A Infosys Technologies, que tem ações cotadas na bolsa Nasdaq, no mês passado se tornou a primeira empresa do setor privado a obter proteção da Central Industrial Security Force (Cisf), uma força paramilitar treinada pelo governo, em suas elegantes instalações, em Bangalore, que abrigam cerca de 20 mil funcionários. Mais de 80 empresas, entre as quais o grupo de tecnologia da informação Wipro, são potenciais candidatas a proteção pela Cisf.


Os ataques a Mumbai incentivaram o governo a expandir os serviços da Cisf, treinada para proteger importantes elementos de infraestrutura como aeroportos e usinas de energia, e torná-los acessíveis a empresas do setor privado, com o objetivo de acalmar investidores preocupados.

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