Jordana Viotto, de INFO Online
Segunda-feira, 01 de fevereiro de 2010 - 10h28
SÃO PAULO - O secretário-geral da International Telecommunications Union, a agência de telecomunicações da Onu, Hamadoun Touré, afirmou que o mundo precisa de um tratado para se defender dos ciberataques "antes que eles se transformem em uma ciberguerra".
A declaração aconteceu no sábado, em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial.
Touré (foto ao lado) disse que o risco de um conflito entre EUA e China pela internet aumenta a cada ano. Os ataques contra o Google no início do ano e a ameaça da empresa detentora da maior ferramenta de busca do mundo de deixar a China entraram na pauta de discussões do encontro em Davos, que terminou no domingo.
Para ele, "uma ciberguerra seria pior que um tsunami, uma catástrofe" e o acordo proposto seria "parecido com um tratado de paz antes de uma guerra".
China, Estados Unidos e Rússia são parte dos 20 países que se encontram envolvidos em uma corrida armamentista no ciberespaço e que se preparam para possíveis hostilidades via internet, indicou na quinta-feira em Davos o presidente da rede McAfee, Dave DeWalt.
No início do mês, a secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton condenou os ataques sofridos pelo Google. "Países ou indivíduos que se engajam em ciberataques devem sofrer as consequências".
A declaração foi criticada por Jack Goldsmith, professor da faculdade de direito de Harvard, em um artigo no jornal Washington Post. Goldsmith que mencionou os botnets como os principais vilões dos ciberataques e disse que os EUA têm "boa parcela" dos botnets usados para ataques e que é de onde partem um "volume significativo".
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