Os departamentos de TI mundo afora têm sofrido fortes pressões por parte dos usuários para liberação de aplicações em dispositivos próprios, mas não apenas laptop, eles querem acesso via smartphones e tablets, caindo em duas expressões da moda no mercado de TI: consumerização e traga seu próprio dispositivo (BYOD, da sigla em inglês). Na Kimberly-Clark, o departamento de TI tem se atentado para esse movimento e trabalha para se adaptar ao novo momento da tecnologia.
Aos poucos, a companhia libera – além do email – aplicações para, por exemplo, fazer aprovações de ordem de compra, tudo integrado ao sistema de gestão da empresa. A mobilidade só acelerou ou ajudou a facilitar outro movimento, este um pouco mais antigo, que é o de home office. Recentemente, a Kimberly-Clark Brasil liberou o trabalho em casa uma vez por semana, mas, como lembra o CIO Paulo Biamino, não é algo geral. Estagiários, pessoal de help desk e alguns outros que desempenham atividades que ainda demandam a presença física não podem. Para atender a essa demanda, neste momento, o executivo trabalha fechando VPN, mas lembra que tem feito algumas experiências com virtualização de desktop e de aplicação.
“No caso BYOD podemos resolver com virtualização”, aponta o CIO, mostrando que, os testes atuais, podem servir de suporte para a futura política de permitir que o usuário trabalhe no ambiente corporativo com seu próprio equipamento. Biamino, entretanto, reconhece que existem desafios para aplicar esse modelo. “Quando o funcionário trabalha em home Office e perde conexão, ele sempre acha que o problema é na empresa e nunca na ponta (no serviço de internet dele). Existe uma tendência de fazer essa transferência e em BYOD pode ser semelhante, mas é um momento de aprendizado.”
Em linhas gerais, o CIO acredita que é preciso algum tipo de suporte, já que, uma vez liberado o uso de aparelho no ambiente corporativo, não pode simplesmente abandonar o usuário. Outro desafio que ele vê, está na interferência desse movimento em políticas de padronização de hardwares que multinacionais como a Kimberly normalmente têm em vigor. Hoje, se um funcionário quer email no smartphone é possível, mas eles não aconselham usam de aparelhos Android, por entender que ainda existe gap de segurança.
Mas enquanto o BYOD não é uma realidade na companhia, algo que deve ser comemorado pelos funcionários é a padronização do iPhone como telefone corporativo. Hoje, lembra Biamino, muitos funcionários têm esse desejo, embora o padrão principal seja BlackBerry, mas, a partir do ano que vem, todos os colaboradores com celular corporativo terão o smartphone da Apple.
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