Para Valdir Arévolo, o CIO tem o papel de traduzir como os ambientes colaborativos podem abrir oportunidades de negócio para as organizações.
Por Tatiana Americano, da CIO Brasil
08 de abril de 2010 - 17h02
Um recente levantamento da consultoria em recursos humanos Manpower apontou que, no Brasil, mais de metade das empresas restringe o acesso às redes sociais. A principal justificativa para essa postura resistente está no medo das organizações lidarem com algo ainda desconhecido, de acordo com o consultor sênior da TGT Consult, Waldir Arevolo.
“As pessoas não entendem o que é, para o que serve e nem como esses ambientes podem ajudar a companhia. Com isso, focam só focadas nas ameaças que eles podem representar”, explica o especialista, ao apontar que essa posição pode ter efeitos negativos para as organizações.
Para Arevolo, quando as companhias restringem totalmente o acesso às rede sociais correm riscos que hoje desconhecem. “A ausência ou o ‘silêncio’ pode representar um péssimo sinal. Pois a empresa deixa de ouvir, de se comunicar, de interagir e de evoluir”, alerta o especialista, que acrescenta: "Isso não quer dizer que as empresas devem liberar totalmente o acesso, mas precisam escolher as redes que fazem mais sentido para o seu negócio."
Boa parte da mudança de atitude das empresas depende do CIO ou do gestor de TI, que deve funcionar como um facilitador, no sentido de traduzir as funcionalidades das ferramentas em oportunidades de negócio para a empresa. Mas a decisão de acesso a esses ambientes, segundo o consultor, precisa do envolvimento dos demais executivos da organização e, principalmente, da criação de políticas claras sobre o comportamento dos profissionais nos ambientes sociais.
Adoção gradual
Quanto ao melhor caminho para tirar proveito das redes sociais, Arevolo aconselha que as organizações tracem uma estratégia de abertura gradual. “Muitos têm optado por, primeiro, fazer um piloto interno”, conta. Segundo ele, ao testar as ferramentas dentro da companhia é possível detectar e ajustar possíveis problemas de comunicação sem grandes prejuízos para a imagem ou para a segurança da informação.
Outro fator fundamental para o sucesso das corporações na Web 2.0 está na motivação dos funcionários para utilizar os ambientes de forma adequada. Uma das saídas é divulgar internamente os resultados obtidos nas redes sociais, como o número de clientes que um determinado funcionário conseguiu conquistar por meio de uma ferramenta colaborativa.
Por fim, Arevolo ressalta que, ao contrário dos projetos tradicionais de TI, as políticas das empresas de acesso às redes sociais dependem da colaboração e do envolvimento de toda a organização e não devem ser tratadas apenas como uma iniciativa da área de tecnologia.
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