O pesquisador Peter Weill explica que, em estruturas organizacionais maduras, também existe a tendência de o orçamento de TI ser dividido por áreas de negócio
Patrícia Lisboa, repórter da CIO
Publicada em 01 de outubro de 2009 às 09h05
O pesquisador-sênior do Centro para Pesquisas em Tecnologia da Informação do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Peter Weill, acredita que a governança de TI, da maneira como conhecemos hoje, está com os dias contados.
Defensor ferrenho de que as melhores práticas de atuação são um fator essencial para o desempenho dos negócios, Weill afirma que em corporações maduras existe a tendência de se incorporar todos os controles departamentais - inclusive a governança de TI - em um único modelo de governança corporativa global.
“A expectativa é de que não haja governança de TI no futuro”, diz o pesquisador, que complementa: “Isso porque, com a evolução das normas regulatórias dos mais diversos setores, é esperado que todas as companhias precisem integrar as iniciativas em uma só política”.
Autor do livro “IT Governance: How Top Performers Manage IT Decision Rights for Superior Results” (Governança de TI: Tecnologia da Informação, em português), ele ainda complementa que o mesmo deve acontecer com o orçamento específico da TI.
Na visão do especialista, ao passo que o gestor de tecnologia passará a coordenar ações que tragam resultados práticos ao negócio, em vez de centralizar o budget da área, ele terá acesso a uma parcela dos recursos destinados aos projetos que envolvem a TI de cada departamento.
Na prática, o pesquisador aposta em uma estrutura orçamentária da seguinte maneira: com base nas demandas das áreas de negócio e na condição financeira da companhia, os recursos estabelecidos para o segmento de tecnologia da informação serão divididos e repassados aos demais departamentos. “Assim, quando planejar uma iniciativa voltada à área de finanças, por exemplo, o CIO utilizará os orçamentos específicos que o departamento financeiro possui para as iniciativas ligadas à TI”, explica ele.
Para alcançar tal patamar de integração entre as áreas, no entanto, Weill alerta que as companhias terão de colocar ordem na casa, estabelecendo políticas efetivas e segmentadas de governança. “Não é possível integrar tudo sem que cada departamento tenha cumprido seu dever e organizado projetos individualmente”, conclui o especialista.
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