quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Autobiografia de Assange abordará WikiLeaks

Reuters
Terça-feira, 28 de dezembro de 2010 - 10h03


Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está sob liberdade condicional em prisão domiciliar em uma casa na região rural da Inglaterra
 NOVA YORK - O livro de memórias do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, trará um relato de sua vida e da história do discreto grupo que vem divulgando documentos secretos, disse nesta segunda o editor americano Alfred A. Knopf.


O porta-voz de Knopf, Paul Bogaards, afirmou que Assange e a editora chegaram a um acordo sobre sua autobiografia "pouco antes do feriado" e espera-se que um manuscrito seja entregue em 2011.
Assange declarara ao jornal The Sunday Times, na Grã-Bretanha, que havia feito um acordo sobre um livro por causa de necessidades financeiras decorrentes de questões legais.


O acerto envolverá a quantia de 800 mil dólares da parte da Knopf e outros 500 mil dólares da editora britânica Canongate, ambas parte do grupo Random House, propriedade da Bertelsmann AG.


"Não quero escrever esse livro, mas tenho de fazer isso", disse Assange ao Times, citando uma crescente conta de serviços jurídicos que chegava a mais de 200 mil libras. "Tenho de me defender e manter o WikiLeaks no ar."


Bogaards afirmou que o livro ainda não tem título.


"Em termos de assunto, será um relato completo de sua vida até o momento, incluindo a fundação do WikiLeaks e o trabalho que ele vem fazendo lá", disse Bogaards. "Ainda não temos um cronograma para a publicação das memórias."


Assange, de 39 anos, é um australiano especialista em computadores que enfureceu os Estados Unidos ao divulgar despachos diplomáticos secretos em seu website e fazer acordo com alguns jornais no mundo para amplificar o impacto das revelações.


Ele está agora sob liberdade condicional, em prisão domiciliar em uma casa na região rural da Inglaterra, enquanto luta contra a extradição para a Suécia, onde as autoridades querem interrogá-lo numa acusação de delitos sexuais.

Via INFO

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Você possui um smartphone? Saiba que você pode estar sendo espionado

Caso sua resposta seja sim, eu tenho um smartphone! As chances de você estar sendo espionado são grandes. Conforme informações, os aplicativos baixados e instalados em seu smartphone não só trazem entretenimento mas também um sistema que pode coletar dados pessoais sem seu consentimento e transferí-los para empresas de publicidade.

Conforme investigação do jornal Wall Street Journal, a informação mais transmitida é o identificador único do aparelho, isto é, um número estabelecido por cada fabricante que não pode ser removido como também alterado.

O’Holleran afirma que a Traffic Marketplace possui controle dos usuários dos smartphones conforme sua necessidade. Conforme resultados da investigação do jornal, dos 101 aplicativos, 56 compartilham o número único de identificação, 47 deles passam apenas a localização do aparelho e apenas 5, enviam dados pessoais como a idade e sexo do usuário.

Via Oficina da Net

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Zuckerberg é o mais jovem na Calçada da Fama

Reuters
Quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 - 14h46

SÃO FRANCISCO - O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, se tornou o mais jovem a ser homenageado com o Calçada da Fama Califórnia.


Oferecido por um museu estadual, o prêmio também foi concedido à cantora Barbara Streisand e o diretor de "Titanic" James Cameron, entre outros.

O governador Arnold Schwarzenegger e sua mulher, Maria Shriver, criaram o Calçada da Fama, agora em seu quinto ano, e o concederam a astros de Hollywood e do Vale do Silício, além de homens e mulheres que ajudaram a construir o Estado.


Assim, neste ano o criador da calça jeans Levi Strauss, que abriu sua quinta loja em São Francisco, será homenageado, e o governador eleito Jerry Brown também deve aceitar o prêmio em nome de seu pai, o ex-governador Pat Brown, que construiu rodovias, serviços de água e o sistema de educação superior no Estado.


A atriz Berry White, o investidor John Doerr e a tenista Serena Williams também estão entre os 14 homenageados com Zuckerberg, de 26 anos, cujo site de relacionamentos se tornou um fenômeno mundial.


A cerimônia foi realizada no Museu da Califórnia, onde serão exibidos objetos de recordação dos vencedores.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O que o Wikileaks sabe sobre a sua empresa?

Uma abordagem jurídica sobre transparência e proteção de dados.


Patricia Peck *
Publicada em 16 de dezembro de 2010 às 07h49
 
O mundo corporativo teme queda das bolsas, empresas abertas querem se proteger de possíveis impactos diretos ou indiretos no valor de suas ações devido a um novo tipo de risco sistêmico da “era Wiki” chamado de “vazamento potencial de informação”. Como as empresas devem lidar com o fenômeno iniciado pelo site Wikileaks?

Os setores bancário, farmacêutico e de energia estão na mira da lista de boatos sobre quais serão os próximos vazamentos. Em termos jurídicos, há algo que se possa fazer?

Na série americana “Early Edition”, o principal personagem recebia com 24 horas de antecedência um jornal com as manchetes principais do que iria ocorrer e tinha que decidir o que fazer com a informação – se a usava para ajudar, se tirava proveito de forma oportunista ou se manipulava os eventos.

Agora, na era da independência de suporte físico, a questão que se coloca é: o que fazer com a informação a que se tem acesso? Na era da transparência corporativa, será que tudo deve vir a público? Ou, por outro lado, será que o público está preparado para lidar com isso?

Quem determina o que pode ser publicado?

Por certo há informações que precisam ser protegidas por um período de tempo, até para garantir as vidas de pessoas envolvidas, especialmente no tocante a assuntos governamentais (identidade de espiões, projetos ultra-secretos, outros). Mas quem determina o que não apenas uma pessoa deve saber, mas o que a humanidade deve conhecer, já que quando a informação cai na web ela se torna de conhecimento global imediatamente?

Sob o aspecto jurídico, o que o Wikileaks faz hoje é considerado ilegal na grande maioria dos países, visto que ele não tem legitimidade para publicar as informações e não tem como provar a veracidade e legitimidade das mesmas ou garantir uma situação de discussão com ampla defesa das partes envolvidas, já que não informa qual seria a fonte, que pode existir de fato ou não.

Termos legais

Qual o poder de manipulação que isso pode conter? Estratosférico! Por isso mesmo que em termos legais ele está sujeito a ações de indenização por danos causados a terceiros devido às suas publicações. Mas isso não parece incomodar. Afinal, depois de divulgado, dinheiro nenhum recupera a reputação dos envolvidos, e a credibilidade do Wikileaks só tem aumentado.

A internet trouxe o paradigma das multidões. Deu poder e voz ao indivíduo. Alguém sem amarras pode ter a liberdade de dizer o que pensa. Este é o máximo exercício da liberdade de expressão, mas requer responsabilidade, pois traz consigo certas consequências. Como os efeitos indiretos dos textos nos contextos digitais, associado à Teoria da Cauda Longa, de Chris Anderson, por mínimo que for o ruído, vai se espalhar no público exato que tem interesse sobre aquela informação. Pode ser uma pessoa só que clique; podem ser milhões.

Assim como marchar sobre uma ponte pode derrubá-la, estas conexões todas digitais, hoje, podem derrubar uma marca ou um presidente.

Excesso de exposição

O Direito levou anos para garantir aos indivíduos a liberdade necessária contra a censura prévia. Mas, agora, como segurar o excesso de exposição e o descompromisso de quem publica na era das redes sociais?

Deparamos-nos com uma situação complexa em que, dependendo de qual for a informação, o pêndulo da balança jurídica vai pesar a favor de quem publicou ou de quem é a vítima do vazamento. O Direito Digital tem este desafio atual, que vai desde essa quebra de paradigma do jornalismo investigativo até a questão da proteção de direitos autorais e privacidade (abrange reputação e imagem).

Prevenção

As empresas que temem a ameaça do “vazamento potencial de informação” precisam investir maciçamente em campanhas de conscientização de segurança da informação, monitorar dentro e fora de seus ambientes e ser cada vez mais transparentes com seus stakeholders. Prevenção e atuação ágil são essenciais para a imagem da corporação, havendo um “wikileakincident”.

O trabalho sério de um time de resposta formado por especialistas em redes sociais, comunicação corporativa e Direito Digital é importante nesses casos. Este time tem que estar pronto, treinado e a postos, pois 2011 promete trazer bastante barulho para o meio corporativo.


(*)Patricia Peck Pinheiro é advogada especialista em Direito Digital, sócia-fundadora da Patricia Peck